11- Sentimentos confusos

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~Minji~

Acordo com uma fresta do raio solar em meu rosto e o som do despertador.
Assim que me desperto, sinto o peso do corpo de Hanni sobre o meu.

Ela dormia tão serena, podia até comparar essa cena com uma obra renascentista. Nunca parei pra analisar com calma todos os detalhes do rosto angelical de Hanni. Ela é realmente muito linda.

Quando a vejo se contorcer, rapidamente pego o celular e desligo o alarme, voltando a afagar seus cabelos. Essa noite não dormi tão bem por ainda estar preocupada com o bem estar de Hanni.

Então decido voltar a dormir, mas logo sou interrompida pelo toque do meu celular. Era meu pai. Logo o atendo e lembro que tinha avisado que ia me buscar antes do trabalho.

-Bom dia, Minki. Me passe o endereço da casa de sua amiga.- Ele inicia a chamada.

-Bom dia, appa. Eu vou perguntar à ela e te mando mensagem, tá bom?-

-Tudo bem. Não demore muito, não quero me atrasar pro trabalho e nem você pra escola.

'Merda, hoje é segunda.' Pensei assim que lembrei.

-Certo appa, vou ir me adiantando.- Desligo a ligação.

Hanni, Haerin e eu somos da mesma escola, então tenho que acorda-la também pra não se atrasar.

-Hannie, bom dia. Hoje é segunda, temos que ir pra escola.- Disse balançando levemente seu corpo e acariciando seu longo cabelo castanho escuro.

Logo vi a mais nova se contorcer em meus braços com o cenho franzido, deixando sua cabeça no meu pescoço e suspirando contra o mesmo fazendo ele se arrepiar com o ar quente.

-Ah mamãe, só mais cinco minutinhos.- Disse se agarrando ainda mais a mim.

-Não é a mamãe, Phampham. É a Minji.- Falei tentando conter a risada.

Hanni se desvencilhou dos meus braços rapidamente, me encarando com os olhos arregalados.

-D-desculpa... unnie.- Disse envergonhada brincando com os dedos. -Bom dia.- Levantou da cama.

-Desculpa por quê?-

-Hum... por ficar assim com você e por te obrigar a dormir aqui comigo por um medo bobo.- Mais uma vez, disse envergonhada encarando o chão e passando a mão na nuca.

-Para com isso. Não precisa se desculpar por nada. Você não me obrigou a nada. E isso não é um medo bobo, é compreensível. Sempre que precisar conte comigo. Toda vez que chover vou me certificar de passar aqui com várias besteiras da loja de conveniência.- Disse tentando amenizar o clima.

-Yah! Pare de ser tão legal! Não precisa se incomodar com isso.- Ela empurrou meu ombro levemente.

-Não vou discutir com você sobre isso de novo. Já falei que não me incomoda. Agora vamos nos arrumar, meu pai está vindo me buscar. Tudo bem se você passar lá em casa antes de irmos pra escola?-

-Tudo bem. Já são 06:47, vamos nos apressar. Pode ir tomando banho enquanto eu faço o café. Acho que suas roupas já estão secas, pode olhar na máquina de secar.-

Assenti com a cabeça e peguei minhas roupas na máquina e fui em direção ao banheiro.
Quando senti a água morna percorrer meu corpo, repensei toda a noite anterior. Tanto quando ela cochilou em meu ombro no ônibus ou quando ela se jogou em meus braços e até mesmo hoje na hora em que acordamos.

My Trainee - Bbangsaz Onde histórias criam vida. Descubra agora