A dor de amar

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   A tarde caía sobre a cidade quando finalmente deixei a casa do meu pai, ainda perdido em meus pensamentos. O confronto com meu pai havia deixado cicatrizes emocionais, mas a determinação de provar meu valor como piloto queimava dentro de mim. Decidi que precisava de ar fresco e espaço para clarear minha mente, começei a andar por aí enquanto refletia mais sobre o assunto.

  Caminhando pelas ruas movimentadas, meu celular tocou, interrompendo meus pensamentos. Era uma mensagem de Charles, perguntando se poderíamos nos encontrar. Uma onda de alívio e gratidão me inundou. Eu precisava desesperadamente de sua companhia e apoio neste momento difícil.

→Chat (Charles ❤️)←

Max.V. —  Claro que podemos, adoraria passar um tempo com você.

Charles.L.— Ok, te vejo na cafeteria ao lado dos barcos?

Max.V.— Sim, te vejo lá. 😁.

Charles. L.— ❤️😃

  Desligo o celular e logo fui para casa me arrumar e tentar— Apenas tentar— cobrir os machucados que havia me feito. Coloquei logo minha roupa clássica, que era calça jeans e blusa branca, passo um perfume e pego a carteira, antes de ir, me olho no espelho e verifiquei se havia "escondido" bem as feridas, então, logo coloco ração para os meus gatos e sai.

  Enquanto caminhava em direção ao local, senti um misto de nervosismo e antecipação. Charles sempre foi meu porto seguro, mesmo que eu nunca admitisse isso, mesmo que a gente sempre foi "rival" durante toda a nossa infância, ele sempre me fazia bem, de alguma forma, ele me fazia bem, e eu sabia que poderia contar com ele para me ajudar a enfrentar meus desafios.

Ao entrar no café, meus olhos encontraram os de Charles, e um sorriso sincero se espalhou pelo meu rosto. Ele se levantou para me cumprimentar, e apertamos as mãos, queria o abraçar e dizer o quão doloroso foi sofrer com o meu pai durante a agressão, mas lembrei que estávamos em um local público. Sentamos em uma mesa próxima à janela, começando a falar sobre coisas completamente banais.

— E você? Fez o que de bom hoje?- Pergunto.

— Fui comer na casa da minha mãe, falei um pouco com ela sobre minha vida. Depois de almoçar, ajudei Lorenzo a lavar a louça e quando terminamos, fomos jogar videogame com Arthur, que odiou perder para mim.- Rimos- E você? O que fez de bom?

  Nessa hora, congelei e fiquei sem jeito para falar, é claro que queria falar para Charles que meu pai me agrediu por eu simplesmente "existir" na vida dele, mas sabia que Charles não poderia meu ajudar com nada disso.

— Maxy? Está tudo bem?- Charles me perguntou com um tom preocupado.

— Ham? Estou! Sim, estou sim... Bem... O meu dia foi cansativo, treinei um pouco, fui a academia e andei um pouco na cidade, nada demais.

— Maxy.- ele diz rindo- você sabe que a vida não é apenas Fórmula 1 e treinar... Tive uma ideia! O que acha de irmos dar uma volta no meu barco? Não aceito um não como resposta, Max Emilian Verstappen.

— Por que você tem que ser tão insistente?- ri um pouco- Ok, nós vamos, pode ser a hora que quiser.- vejo ele olhar o relógio.

— Ainda são 16:37, podemos ir a noite, ou amanhã, se você estiver muito cansado.

— Hmm, pode ser hoje, sem problemas, eu adoraria ir passear com você.- sorri fraco.

  Enquanto falávamos, uma sensação de paz e compreensão cresceu entre nós. Apesar dos desafios que enfrentávamos, sabíamos que tínhamos um ao outro para apoiar e confortar, em momentos bons e momentos ruins.

  O sol começava a se pôr no horizonte quando finalmente saímos da cafeteria. Caminhamos juntos pelas ruas agitadas de Mônaco, compartilhando momentos de calma e reflexão.

— Obrigado, Charles.-murmurei, sentindo um nó na garganta.

— Pelo o que? Pela tarde de hoje? Ainda temos mais o que curtir, Maxy.- ele sorri fraco.

  Queria dizer para Charles o que realmente estava entalado em mim, o que realmente estava acontecendo.

— Max, o que é esse curativo em sua cabeça?- ele pergunta.

— Eeeer bem... E-eu...- fico vermelho- fui jogar tênis com Lando hoje e acabou que a bola acertou minha cabeça.

— Ué? Mas você disse que não fez nada hoje além de ficar treinando e caminhando...- Charles diz.

  Porra, que Charles usasse o raciocínio dele em corridas, ele já teria ganho vários campeonatos. Penso.

— Hmm? Eu disse hoje? Eu quis dizer ontem, não foi ontem?- Falo começando a suar frio.

— ata, entendi. Tenta fingir melhor na próxima, Max.- Ele diz e anda mais rápido que eu.

Espera, Charles, calma aí.- corri e alcanço ele-  Por que ficou chateado?

— Ainda pergunta?! Eu tô me fazendo de idiota então, porque não tem como sermos amigos ou namorados, seja lá o que for isso, se você não quer nem me falar o que foi esse curativo, eu vi os storys do Lando, ele está com Carlos jogando golfe.- Ele fala chateado.

— Charles, me des-

— Eu já entendi, Max, você não confia em mim, é isso!

— Eu confio, mas é que e-

— Não quero ouvir mais nada, chega!

— EU APANHEI DO MEU PAI, CHARLES!

  Nesse momento, ficamos calados um olhando para o outro, ele com cara de assustado e eu com cara de choro. Não tive reação, mas começei a chorar e ele me abraça com força, sem nem se importar que estávamos em um local público.

— Eu sinto muito, Max... Céus, eu não sabia que ele ainda te batia com essa idade. Me desculpa por ser um idiota com você.

— Está tudo bem, Charles...

— Não, não está.- Ele fala e sinto ele chorar no meu ombro.

— Calma, Charles, não chore.

— Vem comigo, vou te proteger.

  Ele me puxa e andamos mais rápido, logo, ele me leva ao barco dele e entramos junto com um homem, que iria comandar o barco, ele puxa a corda para irmos navegando ao mar. Enquanto ele fazia isso, fico sentado em um sofazinho que ele tinha no barco, refletindo sobre o assunto, logo, Charles aparece e sentou ao meu lado, ficamos em silêncio e logo ele me coloca para deitar a cabeça em seu colo enquanto ele fazia cafuné, ronronei igual um gatinho.

— Seu pai é e sempre será um lixo, eu me sinto péssimo de ouvir ele fazendo isso e eu não puder fazer nada.

— Relaxa, Charles, aproveita o momento e continua fazendo carinho em mim.- digo e ele continua o carinho.

  Vimos o barco saindo de perto do porto, abraço sua cintura e encosto a cabeça na barriga dele, eu sentia o conforto alí, não apenas do lugar, e sim, de Charles. Ele sabia exatamente como me tranquilizar como ninguém.

Daquele momento em diante, prometi a mim mesmo que não iria nunca mais esconder nada de Charles, nem mesmo uma agulha. naquele momento, percebi que ele era de fato o meu porto seguro.

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Oi gente linda! Aqui é a autora que vai matar vocês de tanto tempo que demora para atualizar uma história kkkkkkkk, eu sinto muito msm, as vezes me perco tanto em trabalho de curso e tbm no trabalho, que não tenho tempo para mim msm (estudantes/trabalhadores me entendem como é kkk) enfim, tá aqui o capítulo "fofinho" para vocês, o próximo vou tentar fazer algo mais "hot". Tentei entregar tudo nesse capítulo para vocês, mas não sei se entreguei, Sorry. Enfim, obrigado por lerem mais um capítulo e obrigado a todos que lêem. ❤️

AVISO: tem recadinho lá no meu perfil falando sobre o "imagines F1- piloto com piloto", eu faço pedidos por lá, vocês vão mandar na fic. Um beijo e um abraço.

Autora: @ladyclerc

From Hate To Love - Lerstappen ❤️💙Onde histórias criam vida. Descubra agora