À Deriva

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Continuação...

Ponto de vista: Charles ❤️

O som das sirenes da ambulância estava perto, um sentimento de angústia e dor que eu estava sentindo naquele momento, antes, com a paz que desfrutamos no barco momentos antes, agora, não era a mesma coisa. Max estava inconsciente, seus olhos fechados, o rosto machucado e sujo de sangue. Eu segurava sua mão com força, o coração batendo descontroladamente no peito. O medo e a raiva se misturaram em minha mente, mas acima de tudo, sentindo uma determinação feroz de mantê-lo seguro.

Quando os paramédicos chegaram, fui forçado a soltar sua mão enquanto eles o colocavam na maca e começavam a cuidar dele. Me afastei um pouco, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam escorrer pelo meu rosto. Jos tinha ultrapassado todos os limites, e agora, mais do que nunca, eu sabia que não poderia deixar Max sozinho. Eu estava determinado a deixar ele seguro, não importava o que acontecesse.

— Por favor, ele vai ficar bem? — falo para um dos paramédicos, com a voz trêmula.

— Ele teve uma pancada forte na cabeça. Vamos levá-lo ao hospital imediatamente para fazer exames mais detalhados, mas parece estável agora. — respondeu o paramédico, tentando me tranquilizar.

Assenti, ainda sentindo a angústia e a dor de antes, mesmo com o paramédico ter falado aquilo, que ele estava estável, eu ainda estava muito nervoso. Subi na ambulância ao lado de Max, segurando sua mão novamente enquanto dirigimos ao hospital. O caminho pareceu uma eternidade, cada segundo prolongado pela preocupação e pelo medo do que poderia acontecer a seguir. —Aquele filho da puta do Jos ainda me paga!— penso comigo mesmo. Começei a chorar durante o caminho e sentia minha mão ficando suada, o paramédico, preocupado comigo, começou a me checar e me dando água, tentando me acalmar e também deixando minha pressão normal.

Quando chegamos no hospital, Max foi rapidamente levado para a sala de emergência, e eu me encontrei sozinho na sala de espera, andando de um lado para o outro, tentando manter a calma. As palavras cruéis de Jos ecoavam na minha mente, a imagem dele atacando Max e eu não saía da minha cabeça. Eu queria fazer algo, qualquer coisa, para garantir que isso nunca mais acontecesse. Jos não poderia interferir tanto na vida de Max, afinal, Max já era um adulto e também tem o controle de sua vida pessoal, profissional e amorosa. Eu não deixarei tão barato assim para esse desgraçado.

Depois de um tempo pensando e refletindo, que pareceu uma eternidade, um médico finalmente veio falar comigo.

-Charles Leclerc? — chamou ele.

— Sim, sou eu. Como está Max? — pergunto ansiosamente, sem nem esperar ele falar algo.

— Ele está estável agora. A pancada na cabeça causou uma convulsão leve, mas não encontramos danos graves nele. Ele vai precisar descansar e ficar em observação por algumas horas, mas esperamos que ele se recupere totalmente. — explicou o médico.

Suspirei um pouco mais aliviado pelo relatório do médico, sentindo o peso da preocupação diminuir um pouco. Pelo menos ele estava bem, e isso era o mais importante.

— Posso vê-lo? — pergunto quase desesperado ao médico.

— Claro, vou levá-lo até ele. — disse o médico, guiando-me pelo corredor até o quarto onde Max estava.

Quando entrei no quarto, vi Max deitado na cama, com os olhos fechados, mas respirando regularmente. Me aproximei lentamente, sentindo um nó na garganta ao vê-lo tão vulnerável. Sentei ao lado dele, segurando a mão dele mais uma vez, e comecei a falar baixinho, rezei por ele e também falei o quanto amo ele e o quão mal estava por causar isso, esperando que ele pudesse me ouvir.

From Hate To Love - Lerstappen ❤️💙Onde histórias criam vida. Descubra agora