열다섯

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Olha eu aqui de novo

Só seus dias de diferença entre as postagens? Eu hein, que bicho me mordeu? KAKAKAKKAKA

Espero que gostem, boa leitura!!!

🫀

  — É tão frustrante essa porra não parar de balançar. – Tobirama resmungou, olhando o ferro a alguns metros dele. — Nem precisa de música de suspense.

— Como você está? – Izuna segurava o rádio entre as mãos e o apoiava na cabeça. Estava exausto, mas se recusaria a sair dali.

Sinto sua falta. – Foi o que ele respondeu, fazendo o mais novo querer chorar de novo.

— Estou perguntando como você está se sentindo.

Sentindo sua falta. – Continuou, o fazendo rir soprado e morder o lábio inferior. Está de dia? – Provavelmente de tarde, já que estava esquentando ali dentro.

— Não, de madrugada. – Olhou no relógio no seu pulso, piscando algumas vezes já que não enxergava mais pelo cansaço. — Duas e vinte e sete.

Uau. – Franziu o cenho. — Que tal um sorvete quando sairmos daqui, uh? Está tão quente. – Continuou no mesmo tom, tentando secar o suor da testa com a mão que mal alcançava o rádio.

— Como pode pensar em sorvete agora? – Izuna tinha o rosto inchado de tanto chorar, mas não se importou em recomeçar. — Como consegue manter a calma?

Não tem o que eu possa fazer a não ser esperar, sem nem me mover. O que adiantaria se eu me desesperasse, hum? Só deixaria você pior e tô a um tempão tentando te acalmar. – Murmurou chateado. — Por que não está dando certo?

— Porque você está correndo perigo! – Ele soluçou. — Porque você está machucado e com dor e eu não posso te ajudar!

Sabe o que iria me ajudar? Sorvete. Realmente está muito quente aqui, Izu. – Sorriu quando ouviu ser xingado.

— Eu tenho vontade de te bater quando você... Espera... Tobirama, você consegue medir sua temperatura?

Eu só consigo mexer os olhos, Izuna. – Respondeu risonho, mesmo que tentasse fazer o que foi pedido e soltou um som surpreso quando o fez. — Hm... Olha, eu não sou médico e tal, nenhuma faculdade no currículo né, mas... Acho que não devia estar tão quente assim.

— E a tosse? Parou? – Seu desespero começava a gritar.

Tobirama começou a tossir logo depois, gemendo alto de dor enquanto tentava não se afogar com o sangue, seu ombro latejou pela movimentação e mais sangue começou a sair dali. Sentia todo o seu corpo pesado e sua respiração começou a falhar.

Foi só porque você falou... – Sua voz mal chegou até o outro lado. O humor tinha acabado. — Não quero te preocupar, Izu...

— Tobi... – Ele voltou a chorar com força. — Fica acordado, por favor. Estão tão perto de você...

No último dia na praia... – Seu tom era tão baixinho... Seus olhos nem estavam mais abertos. — Eu quis muito largar mão de tudo e ficar com você...

— Não fala isso. Você ama o que faz. Não ouse se despedir de mim assim, ok? – Ele tossiu um pouco mais de sangue, agora nem ao menos se dando o trabalho de virar o rosto para o lado. — Vou cuidar de você. Vai ficar tudo bem.

Aí quando te vi no seu primeiro dia aqui... – Continuou, respirando fundo para não desmaiar. Seu peito reclamava por ele continuar falando. — Pensei que fosse uma nova chance. Para que eu fizesse tudo certo dessa vez... Me desculpa por não ser a melhor pessoa pra você, Izuna.

Coincidências do amor - TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora