Caso de Amor Entre Estranhos

Lover

Nico

Luke sempre fora o que as pessoas chamam de personagem principal e depois que eu conheci ele eu realmente tinha certeza que ele era ou que deveria ser. Ele conseguia ser simplesmente excepcional em tudo que ele fazia, além de ser uma das pessoas mais gentis que eu conheci durante toda a minha vida, a gente se tornou amigos mais rápido do que eu sequer consegui perceber, quando eu me dei conta já estávamos dividindo um apartamento juntos para dividir os gastos.

Ele era uma dos poucos amigos que eu conseguia ficar horas conversando sem cansar, que me fazia rir e que eu queria manter do meu lado para sempre. Mas tudo mudou quando Connor se envolveu no meio de tudo.

Quando eu era criança eu fui abandonado pela minha mãe na casa de uma amiga dela quando eu tinha 1 ano de vida me deixando na porta apenas com a roupa do corpo, um carrinho de bebê e um cartão com 100 dólares, que eu concluí um tempo depois que era o máximo que ela poderia me dar. Fui criado pela tia Violet desde então, junto com meu "irmão" Connor filho mais velho da minha tia, que na época que eu me mudei tinha por volta de 3 anos de idade

Quando crianças, até um pouco depois de Connor entrar no ensino médio éramos praticamente inseparáveis, Connor me levava para todo lugar com ele e eu fazia questão de ter a companhia dele para todo lugar que eu ia também, perto dele eu sentia como se eu estivesse sempre protegido, coisa que pra mim naquela época que eu era magro e fraco significava minha sobrevivência.

Conforme eu ia crescendo, Connor se tornava cada vez mais protetor, fazia questão de me levar em todos os lugares depois que ele tirou a carteira de motorista e minha tia o deu um carro, me cobrava hora para chegar em casa e sempre fazia questão de me perguntar onde eu estava a todo momento. E bem nessa época eu conhecia Natalie, minha primeira namorada

Eu não contei Connor logo de cara quando pedi Nat em namoro, era minha primeira experiência com alguém diferente que não estivesse totalmente no círculo social de Connor e isso me deixava estranhamente feliz. Não era como se eu odiasse conviver com Connor e seu grupo é só que depois de um tempo eu comecei a sentir falta de ter alguém para poder conversar e confiar as minhas coisas, alguém que eu tivesse certeza que não ia direto contar pro Connor como aconteceu diversas vezes nos últimos anos.

Por causa de tudo isso eu namorei com Natalie por quase um ano escondido de Connor, mesmo com a gente estudando na mesma escola. Nat era uma boa pessoa, a conhecia há alguns anos, era carinhosa, cuidadosa, decidida e principalmente linda, tinha os cabelos curtos o que a dava um ar de adulta e forte e ela fazia questão de realmente adotar essa postura, e por isso eu me apaixonei por ela quase que instantaneamente, eu sempre tive uma queda por pessoas maduras e responsáveis. Porém nos últimos meses ela começou a se incomodar com nossos encontros à escondida e em ter que mentir para os pais, as amigas e enganar todos, mas eu sempre a convencia de esperar mais alguns tempo até eu conseguir contar para a minha família. Mas tudo desandou porque naquele mesmo dia Adrian, o melhor amigo de Connor nos viu enquanto passava de carro na rua em que estávamos juntos

— A quanto tempo você vem me escondendo esses tipos de coisa? — perguntou Connor já me esperando dentro do meu quarto assim que cheguei em casa

— Escondendo o que? Não sei do que você está falando— eu não fazia ideia de como ele poderia ter descoberto isso

— Sabe o que é mais engraçado, quando Adrian comentou comigo sobre tudo ele achou que eu já que você estava namorando — naquela época Connor já estava a um tempo no time da escola e frequentava a academia quase todos os dias então ele estava mais alto e mais forte — Ele disse que já tem uns 2 ou 3 meses seguidos que te vê na mesma rua, no mesmo horário, mas que nunca tinha comentado comigo porque achou que eu sabia e que não estava nem aí