Boa Leitura
**********************************Um sentimento reprimido chamado amor.
É esse o sentimento que há mais de vinte anos venho a carregar escondido em meu coração; poderia ser simples, ou talvez negável.
Bom, negável já houve de ser, pois esse mesmo sentimento, não é aquele que compartilhamos tão facilmente. Não é o tipo de sentimento que eu compartilho com qualquer um; e ela. Somente ela, foi capaz de permanecer dentro dele.
E dentro do meu coração.Depois de vinte e cinco anos, tive de confessar.
Confessei para mim, toda a paixão que tenho por minha melhor amiga. Por minha Carol; Por minha Ana Carolina: a que ainda não é minha.O convite para um jantar em sua casa não é estranho, tão pouco frequente; Mas, esse em específico, pode ser diferente.
E também, saber do fim de mais de seus relacionamentos, egoistamente me fez sorrir; fez rir baixinho meu interior.
Ciúmes, sim. Medo, claro.Ter de suportar outro alguém ficando com ela, outro alguém tendo seus toques, outro alguém tendo o privilégio de sentir o gosto dos seus beijos. Outro alguém dando a ela o que eu sempre sonhei em dar; isso torna machucados do nosso passado, reabertos neste presente.
Minha covardia em omitir, negar, disfarçar. Só me trouxe dor. Uma dor que passou por esse mesmo ciclo de negação.◆❃◆
Agora, essa mesma negação surgi por saber que ela irá embora para outro país; cresce mais rápido do que os bagunçados pensamentos que turvam minha mente e minha visão.
Um impulso..
Um clamor extremo de exaltar meus sentimentos se fez.Ela desviou o olhar dos meus, e eu pude sentir sua confusão. — O que você tá falando? Natália.
Não posso mais esconder. — Que eu te amo, Carol. — Levanto do sofá sentindo toda uma euforia invadir meus sentidos, vendo ela agora também de pé a minha frente. — Eu te amo. E não é amor de amiga, não. — Admito com clareza. — É amor! — Gesticulo com as mãos através de minhas falas. — Amor mesmo, sabe.. Amor! — Sorrio breve.
— Mas, Natália eu-
— Pera aí, calma, deixa eu terminar de falar agora que eu tomei coragem. — A interrompi. — Antes que eu perca a coragem, tá bom!? — Pisco algumas vezes ao respirar fundo.
Mesmo no leve reprimir de seu olhar, ela tenta sorrir com leveza, dando-me a atenção necessária. — Tá bom.. — meiga responde.
Talvez o tempo tenha parado em longos e rápidos segundos; e aqui, somente no sentir de meu coração batendo contra o peito, tomo a verdadeira e intensa coragem para dizer. — Carol.. Você é a pessoa que eu sempre sonhei pra mim. — Busco o ar em meio às palavras. — Eu quero passar o resto da minha vida.. Com você! — Admito com um largo sorriso. — Pra sempre! — Minha garganta seca, mas meu coração infla. — Eu amo tudo em você, tudo.. — O rubor em seu rosto é visível mais que a mim; e por ainda nisso, o exaltar de meus sentimentos se tomam em emoção. — Eu amo o jeito que você fala, o jeito que você se cala.. O jeito que você anda, o jeito que você para.. — Meus risos em contentamento saem sem controle algum. — E-eu amo tudo! Eu amo o jeito que você dança.. — Passo as mãos em meus cabelos, sorrindo ainda mais ao também vê-la sorrir. — Eu amo tudo em você, Carol.
— Eu nem sei dançar.. — sussurrou tímida.
— É isso! É isso que eu amo. — Dou uma palminha no ar ao rir mais alto. — Eu amo esse seu jeito meio desengonçado de dançar assim, sabe.. — Em minha demonstração faz ecoar nossas risadas.
— Para.. — Disse ela, ainda mais ruborizada.
Obedecendo em extremas constelações de alegria, cobri meu rosto com as mãos a fim de amenizar um pouco de minhas lágrimas.
Caminho em sua direção, passando breve as mãos em meus cabelos, no admirar de seu semblante rosado, o destaque de suas sardas e o brilho mágico das íris azuis de encontro a mim. — E tem coisa mais lindo que esse sorriso!? — Aos seus lábios entreabertos, o detalhe mais lindo que só a ela pertence. — Não tem..
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Singular | Narol
FanfictionCena alternativa sobre a declaração de Natália para carol.