Singular | Narol

04| Nosso caminho

Dentro da noite voraz
Detrás do avesso do véu

Atravessa esse verso
vontade nua

Tua, tua

A leveza era transmitida no enlace dos corpos. As respirações se uniam profundamente junto aos corações que batiam em uma só sincronia.

De olhos fechados e abraçada a sua amada, Natália seguia num rumo de ternura.
Ainda entre pensamentos, de que havia encontrado um novo lar, um verdadeiro e único lar.
Sobre o colo de Carol, ela navegava no momento, nos sentimentos, na verdade. Sua, verdade.
Sorrindo está sua alma, seu ser por inteiro na certeza deste amor.

Suspirando em um murmúrio, Natália devagar inclina o rosto a curva de seu pescoço, onde ali deixa um breve cheiro, acompanhado de um beijo. — Tudo bem? — Sussurrou, analisando com um sorriso de canto o par de olhos antes fechados e, que agora lhe encontram.

Carol arrasta a ponta dos dedos por trás de sua nuca, suspirando lentamente. — Mais que bem.. — arrepios também sente sobre a mão que acaricia sua cintura, reformulando constantemente o clamar inevitável que de seu ser prevalece.
E chegando também a outra mão na silhueta dela, traz ainda mais profundidade ao abraço; e deixando um breve beijo em sua testa antes de dizer. — E você?

Uma risinho rouca ecoou de Natália, está que devagar subia os toques pela cintura dela até as curvas de seu abdômen, mapeando inconscientemente em sua mente. — Estou apaixonada, Carol.. —abrindo um sincero sorriso, chega devagar a palma da mão acima do tecido fino sobre os seios dela. — Estou mais que apaixonada por cada detalhe teu. — umedece os lábios ao revezar o olhar das íris esverdeadas para os lábios carnudos e rubros, que num mesmo gesto, lhe concebe reciprocidade. — Cada, detalhe.. — arrastando a voz, erguer-se um pouco mais sobre ela, repousando um braço ao lado de seu rosto enquanto entre suas pernas ficara. — Disse que te amaria a cada segundo. — Os dedos circulam a visível rigidez dos mamilos, que por seus olhos, entorpecem os sentidos. — Completamente, amor..

Os sentidos de Carol turbulentos se encontram; como uma nova ventania de desejo lhe invadindo ao deixar um riso arrastado escapar. — Se eu soubesse que seria assim, teria abrindo meus olhos pra você há tanto tempo.. — Dissera no percorrer de mãos nas laterais das coxas bronzeadas, os quais suas pernas começam a abraçar.

Natália ri baixinho ao erguer uma sobrancelha e afagar o rosto no cangote da amada, trilhando estalos de beijos ali. — Só os olhos?

Em rubor Carol morde o lábio ao sentir o arrastar da língua quente junto aos dentes sobre seu pescoço.
Inevitável um gemido lhe escapa ao ter o sugar de sua pele, acompanhada da mão ágil que sobre seu seio permanece acariciando.

— E um pouco mais.. — arfa o corpo no sentir do ir e vir da língua que lhe percorre.

Natália suspira ao chegar em seu ouvido, com um passar da ponta da língua no lóbulo dela sobre o arrastar de um risinho. — Você é tão gostosa, Carol.. E eu digo isso com toda a minha paixão. — Um novo encontro das íris se fez, numa límpida intensidade.

Ela trilha os lábios até seu queixo, concebendo o arrastar de dentes na região antes de retornar ferozmente ao contato de sua boca.
Agarrando em seu seio ao afundar-se contra ela, prova mais e mais do libido que nutre seus beijos.

A mão de Carol ergue-se até o rosto dela, afagando nas mãos os fios castanhos somente para depois os puxar, trazendo de Natália um malicioso sorriso.

Magnífica inerência que seus corpos transmitem.

Carol deixou-lhe um selinho demorado antes de devagar sentar-se na cama, recebendo em segundos e sem pausas, outros selinhos afetuosos de Natália, está que se achegando de quatro sobre o colchão, fixamente a lhe admirar.
A mesma companhou os movimentos de Carol ao retirar a última peça de roupa; Tendo em segundos as mechas escuras caídas sobre seus ombros, os seios claros agora visíveis, subindo e descendo contra uma ofegante respiração; seu corpo nu num contraste de sardas e sinais que rubros estão.
Natália umedece os lábios ao apertar as coxas dela no vagar de demasiados pensamentos.