Capítulo Onze

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Na manhã seguinte, Jihyo ainda não tinha nem mesmo tido tempo de tirar seu pijama quando ouviu a campainha. Enquanto descia as escadas correndo, refletia sobre a noite anterior. Ela havia dormido muito mal, chorando até dormir. Agora, sentia-se meio tonta e muito envergonhada por ter sujeitado S/n àquela erupção emocional, e arrastado-a consigo. E então, havia o beijo que nunca aconteceu. Ela nem sabia se poderia olhá-la nos olhos.

Foi até a porta e a abriu.

"Você chegou cedo", ela disse, sorrindo, tentando agir normalmente.

"É", S/n disse, um pouco sem graça. As mãos bem fundo em seus bolsos. "Pensei que podíamos, talvez, tomar café da manhã?"

"Claro", Jihyo disse, dizendo-lhe para entrar na casa, com um gesto.

"Não, eu quis dizer... em outro lugar, lá fora?" Começou a esfregar a nuca, meio envergonhada.

Jihyo apertou os olhos enquanto tentava entender o que ela estava dizendo. Então, ocorreu-lhe, e um pequeno sorriso começou a surgir em seus lábios. "Você quer dizer, como um encontro?"

"Bem, sim", S/n respondeu, se contorcendo um pouco, desconfortável.

Jihyo sorriu. Ela pensou que S/n parecia incrivelmente fofa de pé em sua porta, daquele jeito, tão acanhada.

"Você não está só me convidando porque sentiu pena de mim pela carta?" ela perguntou.

S/n fez uma expressão de espanto. "Não! De jeito nenhum. Estou lhe convidando porque gosto de você e eu..." Suspirou, suas palavras sumindo em sua garganta.

"Estou brincando", Jihyo replicou. "Adoraria sair com você".

S/n sorriu e assentiu, mas continuou lá parada, meio desconfortável.

"Você quer dizer agora mesmo, neste momento?" Jihyo disse, surpresa.

"Ou depois?" S/n disse, apressadamente. "Poderia ser um almoço, então, se você preferir? Ou sexta à noite? Você preferiria sexta à noite?" Ela parecia nervosa.

"S/n", Jihyo falou, rindo, tentando salvar a situação, "agora é perfeito. Nunca me convidaram para um encontro no café da manhã. É fofo".

"Eu estou fazendo tudo errado, não estou?" S/n perguntou.

Jihyo balançou a cabeça. "Não", ela garantiu. "Você está indo muito bem. Mas precisa me dar tempo para me maquiar e pentear o cabelo".

"Você está bonita do jeito que está", S/n disse, e então ficou imediatamente ruborizada.

"Posso ser uma mulher moderna", Jihyo replicou, "mas não quero usar meu pijama num encontro". Ela sorriu timidamente. "Não vou demorar".

Então, ela se virou e subiu as escadas correndo, sentindo-se muito mais bem disposta.

*

O material da cabine de plástico estava grudando na parte de trás das pernas de Jihyo. Ela se remexeu na sua cadeira, passou as mãos pelo tecido da sua saia, e se lembrou do momento, há vários meses, em que estava sentada na frente de Daniel, num restaurante chique de Nova York, desejando que a pedisse em casamento. Só que agora ela estava sentada diante de S/n, na mais nova lanchonete de Sunset Harbor, um lugar chamado Joe's, em silêncio e meio sem jeito, enquanto Joe arrumava o café da manhã deles sobre a mesa.

Agora e Para Sempre - Imagine JihyoOnde histórias criam vida. Descubra agora