15 - Momentos Depois

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Luiza

Ler aquela mensagem fez o meu coração palpitar e ficar com uma pulga atrás da orelha em relação a algumas coisas que eu estava reparando desde a minha volta, o que será que essa pessoa quis dizer com o "confiar nas minhas amigas?"

Como a relação dos meus sogros não era lá aquelas coisas e só piorou depois do divórcio e da morte da Valentina, ele só fez uma cerimônia para os íntimos e em respeito ao filho também. Minha mãe apareceu e fez uma cena acusando o Sr. DiLaurentis de ser o responsável pela morte dela.

Dez dias se passaram depois de tudo o que tinha acontecido e eu estava na sala dos professores revisando algumas provas e como sempre, meus alunos foram impecáveis todos tiraram notas boas. Estava meio distraída e nem reparei na hora que a Paige entrou e sentou ao meu lado.

P: Nem parece que nós trabalhamos no mesmo lugar, é tão difícil te encontrar por aqui.

L: Pois é, muito trabalho e pouco tempo pra ficar de conversa fiada.

P: Uau, a Luiza casca grossa dando as caras! Não tá mais aqui quem falou.

Sem esperar eu responder ela levanta e sai da sala irritada, eu não entendo o que essa mulher viu em mim que não sabe me deixar em paz e isso acontecia quando a Valentina ainda estava viva também. Deixo esses questionamentos de lado e decido ir na casa da Duda conversar com ela, não que eu não confie nas outras mas eu preciso conversar com alguém sobre isso.

Ligação On

L: Oi minha gata, tá em casa?

D: Quem é vivo sempre aparece né dona Luiza?

L: Foi mal, correria demais nos últimos dias... Posso passar na sua casa agora ou você está no loft?

D: Tô em casa, passa aqui e aproveita janta comigo com minha mãe, estamos com saudades de você...

L: Chego em 10 minutos, até já amiga!

Ligação Off

Dez minutos depois eu chego na casa da minha amiga que já me esperava na entrada toda animada com a minha presença.

D: Oi minha gostosaaaa - ela me abraça e eu retribuo o abraço bem apertado.

L: Saudade desse abraço e dos nossos momentos juntas amiga!

D: Vem, vamos entrar que a dona Ashley ainda não chegou da tempo a gente conversar.

L: Olha o que eu trouxe - mostro pra ela uma garrafa de vinho que eu trouxe do Chile em uma das minhas paradas na América Latina - esperei um momento certo pra abrir esse aqui e tinha que ser com você!

D: Uau esse é dos bons hein Luiza, amei - ela já entra na cozinha e busca as taças pra gente tomar o vinho e depois nos direciona para a varanda.

L: Senti falta de ficar assim com você, e com as outras também... Mas a nossa ligação sempre foi maior não é verdade?

D: Sim Lu, eu sinto isso também...

L: Sem mais rodeios, olha isso aqui - mostro a mensagem pra ela - recebi no dia seguinte a morte da Sra. DiLaurentis e a destruição do Memorial da Valen.

D: Essa pessoa realmente sabe das coisas - estranho a fala dela - mas realmente teve um motivo, sabe a tal conferência que a Sara precisou ir em Nova York?

L: Sim, ela disse que era inadiável por isso teve que sair às pressas da cidade.

D: Era mentira! O Igor precisou falar com ela sobre algum assunto do Grupo Carissimi e ligou para um dos representantes de Nova York para tentar falar com ela e ela não estava por lá e ainda o maluquinho lá disse que não tinha nenhuma conferência marcada para aquele final de semana...

L: Você tá falando sério Eduarda?

D: Sim, isso não é estranho?

L: E como... Desde que eu voltei e tento marcar alguma coisa com ela é praticamente impossível, ela não me olha mais nos olhos e sempre que nos encontramos ela joga alguma indireta querendo me jogar pra baixo.

D: Isso tá estranho e precisamos averiguar as circunstâncias e ligar os fatos.

L: Também acho! - nisso a Sra. Marin chega impecável como sempre.

A: Boa noite minhas meninas lindas, Luiza é sempre bom te encontrar nessa casa!

L: Eu também gosto muito de estar aqui com vocês, sempre foram a minha família.

A: Saiba que o quarto de hóspedes sempre será seu e no meu coração o seu lugarzinho de minha filha adotiva continua aqui - nisso ela me abraça e eu retribuo todo o carinho naquele abraço.

Conversa vai e vem e acabamos com a garrafa de vinho que eu levei e mais duas garrafas que tinha na adega delas e como ficou um pouco tarde para que eu fosse pra casa eu decido passar a noite lá com elas.

L: Amiga, eu só preciso ir em casa ativar o alarme que eu acabei esquecendo e não estou conseguindo ativar pelo aplicativo, tá dando algum erro aqui.

D: Acho que nós bebemos demais Luiza, eu posso ligar pro Igor ir lá ativar pra você pessoalmente e dar uma olhada nas coisas.

L: Pode ser - nisso ela liga pro namorado e nem ele consegue ativar o alarme remotamente e se dispôs a ir lá ativar pessoalmente.

D: Amiga, ele vai lá relaxa... Vamos tomar um banho e dormir?

L: Vamos.

Igor

O que eu não faço pela minha namorada e pela minha cunhada hein? Sim, eu ainda chamo ela de cunhada pois eu não acredito que minha irmã esteja morta, e nesses 6 meses que se passaram eu continuei fazendo a minha investigação particular e descobri algumas coisas em relação a uma das amigas delas e eu só vou falar uma coisa concreta quando eu tiver mais provas.

Como eu mesmo projetei o sistema de segurança das nossas casas eu tive que ir pessoalmente ver o que estava acontecendo com o alarme da minha antiga casa, que agora é da minha cunhada. Um dos aparelhos que precisa estar ligado sempre, estava desligado e isso já me acendeu um alerta que pode ter sido desligado propositalmente. Eu ligo para a Duda e aviso que já estava tudo certo com o alarme aqui.

Estou no caminho para o loft quando eu recebo uma mensagem no meu celular, por eu estar dirigindo e ser um pouco certinho para tudo eu resolvo verificar a mensagem só quando eu chegar em casa.

Assim que eu chego verifico as notificações e leio a tal mensagem que chegou:

"Você se acha muito espertinho, pare de procurar ou uma das suas amiguinhas irá sofrer as consequências".
- A



Eita, o que será que vem por aí? 👀

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