26 - A Filha Perdida

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Já haviam se passado meia hora desde que o meu sogro e meu cunhado tinham me contado toda a história e as desconfianças deles. Vivian seria a irmã gêmea da minha noiva que "faleceu" ao nascer? Pego meu telefone e ligo para ela.

Ligação On

Vivian: Como que você sai daquele jeito do restaurante Luiza? Tá maluca? O que eu fiz pra você hein???

Luiza: Desculpa Vi, não queria ter sido insensível mas é que eu vi uma coisa e me senti sufocada naquele lugar... Você pode vir aqui no loft? Precisamos conversar, e é sério!

Vivian: Claro que precisamos, ta na cara que eu te fiz alguma coisa, e eu não gosto de nada inacabado ou mal resolvido, tô subindo aí!

Luiza: Ok, sua entrada já foi liberada, o número do loft aqui é B26. Tô te esperando, ah! Trás um suco pra mim? Na correria acabei esquecendo...

Vivian: Folgada hein, que sabor você quer?

Luiza: Desde que não seja de uva - dou risada e consigo ouvir um risinho do outro lado da linha.

Vivian: Ok, já já chego aí.

Ligação Off

Vivian

Luiza saiu que nem foguete daquele restaurante que eu acho que ela até esqueceu de pagar a conta, caloteira.

Ela me ligou pra ir lá no loft e ainda eu ia ter que levar suco pra bonita, vê se pode uma coisa dessas? O que eu não faço por uma mulher bonita hein?!

Sua voz estava um pouco estranha, resolvi ir logo e acabar de vez com essas situações, aquilo já estava me incomodando e me deixando desconfortável. Eu sei que eu pareço com a noiva dela que morreu, mas gata bora virar a página e viver a vida? A Valentina se foi, ela deveria se permitir mais, viver um novo amor e por aí vai. Hoje era meu aniversário, e eu não gosto de comemorar essa data por não saber de onde eu vim.

Será que essa semelhança toda quer dizer alguma coisa? Será que eu sou uma ovelhinha perdida dessa família? Eu não sabia nada do meu passado e ficava sempre com aquela dúvida de onde eu poderia ter vindo e quem seria a minha verdadeira família.

Bom preciso tirar isso a limpo, Igor abre a porta pra mim e seu semelhante é de quem estava chorando, e muito por sinal seu pai tinha o mesmo semblante.

V: Alguém morreu? Que cara de velório é essa de vocês dois?

I: Oi Vi, entra aí... Eu e meu pai precisamos falar com você.

V: Eu também preciso falar com vocês. Primeiramente, quero te pedir desculpas Luiza se em algum momento eu fui invasiva, eu só estava querendo ajudar.

L: Fica tranquila Vi, desculpas aceitas. Senta aqui e fica a vontade, vou deixar vocês à sós.

K: Luiza, não sai... Essa conversa também te envolve, fica aqui.

V: O que vocês tanto querem falar comigo?

O Sr. DiLaurentis me contou tudo que ele tinha desabafo com o Igor e aquilo me deu uma certa angústia. Nesses meus 25 anos nunca fui procurada por algum parente da minha verdadeira família, eu tive amor no meu lar de criação mas, não era a mesma coisa... E agora eles estão aqui na minha frente.

L: Eu vi a sua marca de nascença e liguei uma coisa a outra, é mais um detalhe que vocês tinham em comum.

V: Então basicamente a única pessoa que pode confirmar se isso é verdade e dar a certeza do que aconteceu comigo é a minha falecida e desquerida mãe?

Nothing Breaks Like A Heart 💔Onde histórias criam vida. Descubra agora