Capítulo XLIII

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— Então vocês não tão se falando? — Grace me pergunta.

— Não enquanto ela não se desculpar — falo dando de ombros. — Eu e minha mãe estamos longe de ter a relação perfeita de mãe e filha, mas isso não dá a Jackie o direito de se meter — completo.

— Vai ver ela só queria ajudar — Grace diz.

— Mas não ajudou, e não consegue admitir que estava errada — falo. — Nunca consegue — concluo.

— Realmente ela tem isso de nunca achar que está errada, no final acaba se decepcionando — Grace diz.

— Eu tive a melhor noite da minha vida e sequer consegui contar a ela — falo me atirando na cama.

— Acha que ela vai pedir desculpas? — Grace pergunta.

— Sinceramente, eu não faço ideia — digo.

— Mas mudando de assunto, quem diria que os dois irmãos perderiam a virgindade no mesmo dia — ela sorri.

— Nem se combinassem ia dar certo — falo rindo.

— Isso é verdade — fala.

— Contou pros seus pais que vocês estão namorando? Quero dizer, já chegaram nesse ponto — falo.

— Preciso preparar o terreno primeiro, eles acham Lee um cara legal, mas acham que somos muito novos — ela diz.

— Ah, sei lá né — falo dando de ombros.

— Pode dar sua opinião — ela fala rindo.

— Não sei, talvez estejam certos, mas não podem impedi-la de ter suas próprias experiências — digo.

— Sua mãe disse o que de Isaac? — pergunta.

— Eu já tive outro namorado antes, mas ele era o completo oposto, com certeza minha mãe ama Isaac por isso — falo.

— Ela nunca disse nada? — questiona.

— Não tivemos a chance de falar sobre — explico.

— Entendi — ela fala. — Preciso ir, Kiley está me esperando no Lark's — diz por fim.

— Tudo bem. Tchau G. — falo.

— Tchau C. — ela fala antes de desligar.

*****

Após falar com Grace eu decido tomar um café preto, estou em casa sozinha, não tenho ideia de onde dona Margareth se meteu, Jackie não deu notícias, Isaac deve estar jogando ou falando com Lee e Danny está com os amigos da juliard.

Fico sentada no sofá com minha caneca de café aproveitando a minha própria companhia, quando alguém entra na minha casa como se não precisasse bater ou avisar que estava chegando.

— Trouxe cookies — Jackie fala pondo eles na mesa de centro da sala.

— Legal! — falo não muito amigável, mesmo sabendo que aquele era seu pedido de desculpas.

— Qual é Clary? Desculpa — ela fala.

— Caiu a língua de pedir? — pergunto empurrando ela.

— Vai a merda antes que eu me esqueça — fala.

— Escuta uma coisa — falo chamando sua atenção. — Você nunca mais vai se entrometer entre mim e minha mãe, não tem esse direito — falo.

— Não tá mais aqui quem falou — ela levanta as mãos em rendição.

— É de quê? — pergunto me referindo aos cookies.

Fronteira - Isaac Garcia Onde histórias criam vida. Descubra agora