Capítulo XLVI

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Isaac's point of view

Hoje era o dia do plantio, tio George acordou Lee e eu bem cedo, para que fossemos para o campo. Clary estava na casa da Grace, elas teriam dificuldade para sair de casa nos próximos dias, enquanto os pais de Grace não pegarem confiança em Clary.

Levanto após ele chamar e vou tomar um banho gelado para acordar, mas acabo me perdendo nas minhas lembranças da tarde anterior.

Grace e Clary chegaram no Lark's, mas eu não conseguia tirar meus olhos da minha namorada, ela usava uma blusa preta e uma saia vermelha, sim, uma saia, estava linda.

Clary estava sentada ao meu lado na mesa, enquanto Lee estava na minha frente e
Grace do seu lado, tomávamos café e conversávamos, meus pensamentos intrusivos começaram a tomar conta.

Coloco minha mão sobre o joelho de Clary e começo a acariciá-la, conforme a conversa entre nós quatro continua, minha mão começa a subir por sua coxa, sinto que Clary se arrepia, mas ela não se esquiva, então continuo. Quando estou perto da barra da saia ela segura minha mão com força, se aproxima do meu ouvido e diz.

— Você esquece que está em local público — sinto meus pelos arrepiarem.

Sinto uma dor no meu pé que me tira das minhas lembranças, quando volto para a realidade vejo que derrubei o sabonete enquanto me levava.

Estou escovando meus dentes, desço em direção a cozinha, ainda descalço pois minhas botinas estavam do lado de fora da casa. Tio George já estava com o café pronto e Lee a recém entrara no banheiro. 

*****

— Bom dia, filho, dormiu bem? — ele pergunta.

— Bom dia, dormi sim — falo pegando uma xícara.

— E como estão as coisas? Como foi em Nova York? — ele pergunta.

— Nova York é linda, mas prefiro aqui — conto. — Tio George — o chamo.

— Sim? — pergunta dando um gole em seu café.

— O que você faria se soubesse um segredo que magoaria uma pessoa? — pergunto.

— Não entendi — ele fala.

— Por exemplo, se Benny quebrasse algum brinquedo que Parker gostasse muito, eu deveria contar a ela, mesmo sabendo que isso a magoaria? — questiono.

— Não é sobre um brinquedo quebrado, é? — ele pergunta e eu nego com a cabeça enquanto tomo o café.

— Depende, se Parker realmente gosta muito desse brinquedo, é importante que ela saiba que não o terá mais, mas se ela nem se importa tanto, não fará falta, então, nesse caso, pra que chateá-la? — ele responde hipoteticamente.

— Eu não sei se entendi — falo.

— Por que não me conta a situação real e eu vejo se posso ajudar? — ele pergunta.

Penso em falar a situação de Cole e Alex, mas Lee entra na cozinha me impedindo.

— Bom dia, desculpa a demora — ele fala entrando na cozinha. — Vamos? — pergunta olhando pra nós.

— Vamos! — tio George fala.

*****

Estou suando feito um porco debaixo desse sol, estamos plantando Tifton e alfafa para que possamos largar os cavalos aqui para pastarem depois de crescer. Logo após terminarmos esse piquete, nós fomos para o piquete das árvores frutíferas, como essas são perenes, só repomos os adubos e nutrientes para que elas continuassem crescendo.

Fronteira - Isaac Garcia Onde histórias criam vida. Descubra agora