Apenas funcionários permitidos

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Haviam se passado dois dias desde a tocaia e o máximo que Verônica conseguia fazer para poder evitar Anita, ela fazia, as mulheres trocavam poucas palavras durante o dia e só conversavam unicamente sobre o trabalho.

A detetive se encontrava agora sentada em sua mesa revendo o caso do tal Mago, estava tão concentrada que nem notou Dante se aproximando devagar.

- Eai, vai me contar o que rolou terça? - Pergunta se apoiando na mesa com um sorriso diabólico.

- Ficamos de tocaia e ela quase me matou com as músicas de idosa dela. - Responde mal olhando para o amigo.

- E o que mais?

- Foi só isso.

- Não foi não.

- O que te faz pensar que não foi?

- Amiga, vocês mal se olham e quando isso acontece as duas ficam com uma cara de tacho, ou rolou algo comprometedor ou rolou briga.

- Nenhum dos dois.

- Ah Verônica, quer mentir pra mim? - O mesmo cruza os braços. - Somos amigos à mais de 5 anos.

Os dois ficam em um silêncio ensurdecedor. Dante encarava a mulher com os olhos cemisserrados tentando forçar a morena a falar telepaticamente, ou pelo menos encarar ela até ela ficar desconfortável.

Quando Verônica entrou para a delegacia Dante foi um dos primeiros a lhe dar as boas vindas, nao há muito o que dizer sobre a trajetória de ambos para se tornarem amigos, podemos apenas dizer que a conexão dos mesmo os aproximou. Assim como a amizade deles com Jeiza.

- Aí tá bom! - A mesma quebra o contato visual. - Promete que não vai contar pra ninguém, promete!

- Aí logico que eu prometo, não somos crianças Verônica.

- Nos beijamos, mas foi pra despistar os capangas desse tal de Mago.

Stewart se segurou o máximo para não berrar, ele sabia, conhecia sua amiga muito bem, mais do que ela mesma ousa pensar.

- Eu sabia!

- Ja falei, foi por conta dos capangas, nada mais.

- Aham, ata.

- Ata o que? - Liz aparece com uma caneca quente de café preto em mãos, a morena usava caixas jeans, saltos e uma camiseta de botão branca.

- Verônica beijou a Anita. - Torres escarou o homem com o olhar mais assassino do mundo. - Que? Ela é sua irmã.

- Foda-se?

- Como foi o beijo? - Pergunta a mais nova, com um sorriso largo no rosto.

- Não te interessa e eu já disse que foi para despistar os capangas! - Verônica bate ambas as mãos em sua mesa e fica de pé, todos na delegacia param o que estavam fazendo para olhar para a mesma, o que imediatamente lhe causa uma vergonha imensa, ainda mais ao notar que sua chefe também estava lhe olhando. - Eu vou matar vocês dois.

- Torres. Minha sala. - A voz de Anita estava diferente aquela manhã, parecia mais rouca que o normal sem contar que estava um pouco falha.

Enquanto a morena andava até o escritório de sua chefe, sua irmã e seu amigo lhe miravam com um olhar malicioso o que só irritou ainda mais a pobre detetive.

- Entre e feche a porta. - Ordena a delegada e assim ela faz. - Falei com o pessoal e vamos pegar o pessoal do Mago amanhã.

- Amanhã? Tem...certeza? - Pergunta.

- Porque?

- Bom, você nao parece bem. - Anita estava com uma caixa de lenços em cima de sua mesa, alguns jogados no lixo no canto da sala, um gatorade estava também em cima da mesa sem contar que a pele da mulher estava avermelhada.

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