Capítulo 9

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Capítulo não revisado

(...)

Estela

Fiquei surpresa ao saber que Adam também é de origem brasileira, mas senti um pouco de inveja que ele ainda se lembra de seus pais e de sua irmã.

Eu era muito nova quando fui levada pelo o meu pai adotivo, então não lembro se tenho irmãos ou se fui abandonada pelos meus pais.

Fico feliz que Adam teve sorte com seus pais adotivos, já eu...

Meu pai adotivo era como o meu dono e eu era o seu animalzinho que estava sendo adestrada desde pequena para seguir todas suas ordens, e se desobedecesse eu era punida da pior forma possível.

Graças a ele perdi tudo que era essencial para ser uma humana, por fora até posso ter uma aparência humana, e por dentro sou vazia igual um monstro que não tem sentimentos e muito menos arrependimentos.

Depois do almoço Adam me levou de volta para casa, e quando cheguei tomei banho e após terminar, fui ler, já que com os pontos na mão não posso mexer na terra.

Adam me deu livros de fantasia e ficção científica, mas que tenha romantismo na história, diz ele que irá me ajudar a entender o que significa o amor.

Mas o livro que estou lendo, a mulher era espancada pelo marido e ainda foi abduzida e colocada numa gaiola pelo rei do planeta alienígena, estou na metade do livro e não consigo entender como sequestro pode ser algo romântico.

Não entendo.

Algumas cenas o alienígena a prende na cama, por ela não obedecê-lo, e a tortura de um jeito um tanto estranho, que faz ela implorar por mais.

Ele a beija, a morde, toca em suas partes íntimas e até puxa seus cabelos e da tapas nela. Algo que ela deveria implorar por parar e não pedir mais.

Outra coisa que não entendo.

Vincent me beijou e tocou nas minhas partes íntimas, em vez de fazê-lo parar ou matá-lo, meu corpo simplesmente não reagiu e ainda queria por mais.

Será que o que está acontecendo com a garota do livro é o mesmo que aconteceu comigo horas atrás?

Droga! Ser humana está sendo muito complicado para mim, mas tenho que aprender e não desistir, eu fiz uma promessa de nunca mais ser usada como arma e nem tirar vidas desnecessariamente.

De repente batem na porta, me levanto do sofá e vou com o livro até a porta e ao abrir, vejo Andrew com uma caixa na mão.

"O que aconteceu com sua mão?"

"Cortei com a tesoura de jardinagem e Vincent deu pontos," - ele segura a minha mão e fica olhando. - "Não foi nada." - olho para ele. - "Que caixa é essa?"

"Eu estava fazendo uma ocorrência num petshop e tinha esse filhote," - Abre a caixa e olho e vejo que é um filhote de cachorro. - "Você sempre está cuidando do jardim, mesmo não sabendo e se machucando, então achei melhor te dar um cãozinho que dá menos trabalho."

"Você está dando ele para mim?" - pergunto surpresa e ele só sorri. - "Ninguém nunca me deu nada." - coloco o meu livro no chão e tiro o filho da caixa. - "Ele é tão pequeno e peludo."

"Gostou?" - olho para ele e sorrio e balanço a cabeça que sim e vou até o sofá e sento e ergo o filhote na frente do meu rosto. - "Você precisa dar um nome para ele.

"Bunny. Esse será o nome dele."

"Coelhinho. Sério?"

"É pequeno, peludo e indefeso. Combina com ele," - olho para ele e vejo que está com o meu livro. - "O que ele come?"

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