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SUMIRE

Meus pulsos ainda tinham marcas das algemas, e eu não via Kawaki e nem Sarada há uma semana.

Eu e todo o resto do pessoal que estava envolvido no plano, fomos afastados de nossos pacientes, como um tipo de “punição”, que durou cerca de uma semana.

Estou deitada em minha cama na parte de cima da beliche, olhando para o teto. Há dois dias haviam devolvido minha pulseira de acesso ao quarto de Kawaki, mas não tive coragem de ir até o quarto do mesmo.

Assim que os alarmes dispararam, guardas apareceram e paralisaram todos, colocando algemas em mim, Kawaki, Chocho e Mitsuki, eu já sabia o que havia acontecido. Sarada e Boruto haviam sido pegos, e o plano havia ido por água a baixo.

Um estridente alarme soou, alertando todas que estava no horário do almoço. Me levantei e desci a pequena escada da beliche, calcei um sapato e peguei meu jaleco e minha pulseira, estava decidida que iria ver Kawaki logo após o meu horário de almoço.

Sai do quarto e me dirigi até o refeitório, chegando lá, encontrei com Kaori, Chocho e Namida, todas comendo silenciosamente. Coloquei minha refeição e puxei a bandeja do balcão, indo em direção a mesa das meninas.

- Oi. - disse com um pequeno sorriso nos lábios.

- Oi Sumi. - Chocho disse.

- Notícias da Sarada? - perguntei e todas negaram com a cabeça.

- Ela já está sumida há uma semana, tenho quase certeza que aquele super visor deu um fim dela. - Kaori disse enquanto remexia uma ervilha em seu prato.

- Ai credo, Kaori! - se pronunciou Namida, empurrando levemente o ombro da amiga - Não vamos pensar assim, ela está bem, e com certeza Boruto também está.

Balançamos a cabeça positivamente, mas nossos pensamentos eram negativos.

- Já retornou a ver Kawaki? - Chocho se direcionou a mim. Neguei com a cabeça.

- Não, mas vou hoje.

- Você está tão determinada, gosto de te ver assim. - Kaori me olhou com carinho, retribuí o olhar com um sorriso pequeno.

- Obrigada meninas.

No resto da refeição ficamos caladas.

Assim que terminei de comer, me levantei e coloquei a bandeja em cima do balcão de recolhimento. Me virei e passei pela mesa dos almoços, pegando a marmita de Kawaki que milagrosamente ainda estava ali.

Durante o período em que fiquei afastada, minha função foi passada para uma garota que eu não sabia o nome, mas ela ainda estava viva, o que me trazia conforto em saber que ele não tinha feito nada com ela.

Enquanto andava pelo corredor do medo, Sarada chamava assim, eu me lembrei da sensação que era andar por ali. Antes eu tinha medo, agora estou ansiosa.

Me aproximei da porta, coloquei minha pulseira no sensor e ela abriu, mostrando um quarto escuro, com apenas uma fonte de luz: a luz do banheiro.

Entrei no quarto e sem querer acabei batendo a porta atrás de mim, o que fez uma voz grossa e potente soar do banheiro.

- Deixe a comida e os remédios em cima da cama, e saia logo após isso. - disse Kawaki de dentro do banheiro.

Eu soltei um riso abafado, lembrando de quando ele usava as mesmas palavras comigo.

Nossa relação evoluiu muito, antes eu não conseguia dizer um “A”, hoje, eu conseguia conversar com ele, mesmo que fosse mínimo os assuntos que tínhamos.

Monster - BoruSara.Onde histórias criam vida. Descubra agora