Sweet revenge (part 1)

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1 de Janeiro, Las Vegas.

"Até que ponto o ser humano é capaz de ir para obter seu orgulho e honra de volta?"

POV Scarlett

"Party girls don't get hurt

Can't feel anything, when will I learn?

I push it down, push it dow..." - Scarlett on twitter (@ScarLancasterr)

Dor de cabeça. Muita. Céus, eu nem mesmo havia bebido tanto ao ponto de não lembrar o horário que eu havia chegado em casa. Mas foi o que aconteceu. Depois que eu sai do carro do, hum, Austin? Eu não lembrava o nome dele, não agora. Depois que sai daquele bendito carro, não lembro de simplesmente nada. Se é que eu esbarrei com um dos cretinos quando cheguei em casa, puf, esqueci.

Fazia alguns minutos que eu tinha acordado. Ainda estava deitada, mexendo em um ou outro aplicativo no celular. Eu poderia ficar ali até a hora de visitas no hospital que minha mãe estava mas eu tinha que ir a faculdade, havia um grupo de estudos me esperando. Cursar direito não é fácil. Mesmo com as aulas começando somente em março, eu estava fodida, lotada de coisas pra fazer.

Depois de um banho e com uma ressaca curada pela agua fria, eu me troquei. Vestia uma calça jeans e um cropped, nos pés um par de vans. Passei um pouco de rímel e meu inseparável batom vermelho. Segui para fora e antes mesmo de chegar no corredor, escutei barulhos. Eu tinha companhia, uma ou duas, nada que eu gostasse. Desci as escadas devagar e avistei Josep, de costas, mexendo em algo que estava no fogão. Seria ótimo empurrar a cara dele naquelas chamas.

- Bom dia - falei, enquanto puxava uma das cadeiras para sentar.

- Bom dia, Scarlett - soou frio - você tem algo pra me contar, querida? - Deus, ele era péssimo com ironias.

- Eu sou capaz de falar o que você quiser ouvir, meu bem. - sorri, fria.

- Você realmente acha que eu não te vi saindo daquela porcaria de carro hoje de madrugada, Scar? Pelo amor de Deus, eu não sou otário, ok? Quem estava lá dentro? É algum amigo meu?

- Você é realmente um grande babaca, Josep Williams. -levantei ficando de pé, na sua frente - amor, chifre trocado não doi, certo? - ele ficou pálido por um instante - Isso é por ter transado com uma vadia, de baixo do mesmo teto que eu, entendido? - e antes que eu pudesse medir meus atos, a minha mão direita tinha ido de encontro a seu rosto. Um belo soco. Tapas não são meu forte.

- Scar, eu... diabos, do que você está falando? - riu nervoso - eu não seria capaz de te trair, eu amo você. Só você. - se aproximou, fazendo- me gradativamente ir pra trás.

- Mantenha suas mãos imundas longe de mim, agora! - berrei quando senti ele me tocar - eu nunca mais quero ver você, suma da minha vida, porra!

- Você é realmente uma descarada, Scarlett! Sabe por quanto tempo você me deixou sem sexo? 3 malditos meses. Isso porque sua mamãezinha estava internada. Se liga, ela vai morrer ali, e logo. Isso é pra você aprender que não se deve deixar um homem necessitado, uh? - e então ele fez algo que eu nunca pensei ser possível. Ele me esmurrou. No rosto. Logo em seguida suas mãos desceram para o meu pescoço, me sufocando. Eu queria chorar, mas não aqui. Não na frente dele.

- É isso que você vai fazer, querido? Então vamos lá. Me espanque. Eu sou capaz de aguentar um sofrimento por algumas horas. - tossi pela falta de ar - Mas, será que você é capaz de aguentar um pelo resto da sua vida? - senti suas mãos afrouxarem e vi ali minha oportunidade. Contrai o joelho esquerdo, acertando de um modo perfeito seu pequeno brinquedinho. Corri para o jardim, eu precisava sair dali. Peguei em cima do sofá a minha bolsa de aula, uma chave reserva da porta da frente e alguns trocados que estavam na mesinha. Belo momento pra ter deixado o carro naquela boate, Scarlett Lancaster. Você é realmente uma idiota. O desespero tomou conta de mim e quando eu vi já corria feito louca pelas ruas. Eu queria sumir.

Criminal LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora