The start of a game

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2 de janeiro, Las Vegas.

"Será que é certo acreditar em tudo que nos dizem?"

POV Scarlett Lancaster

Flashback on

- Eu preciso ir, Scar - escutei Justin falar enquanto tirava minhas pernas da sua cintura

- Fique a vontade - falei passando os dedos nos lábios, afim de tirar o inchaço.

- Merda. Pare de me tentar. Se você continuar com essa cara e essa mão sobre a boca eu sou capaz de ficar aqui com você e te foder o resto da semana.

- Céus, Bieber, vamos com calma! - falei, rindo.

- Eu vou deixar meu número com você, ok? Qualquer coisa que aqueles dois tentarem contra você, me ligue. - Falou, me dando um ultimo beijo logo depois. Tirou uma caneta de um dos bolsos e escreveu o numero na minha mão.

- Ah, Justin! - gritei, quando o mesmo já ia perto de um carro que tinha acabado de estacionar ali - Você continua sendo um cafajeste pra mim. - Ele riu.

Flashback off

Por Deus, quem era Jeniffer? Logo depois que escutei tal nome decidi que era a hora de parar de escutar por de trás da porta. Minutos depois Blaire desceu, saindo. Josep deveria estar mal demais para fazer o mesmo. Então, eu fui para o meu quarto e tentei a todo custo dormir. Todas as tentativas foram em vão. Eu passei a maior parte da noite em claro, tentando ao menos achar alguma coisa que me lembrasse qualquer que fosse a Jeniffer que tenha passado na minha vida. Por fim, eu tomei a decisão de que ia perguntar á Justin. Ele havia dado seu número pra mim e, bom, eu poderia ligar. Certo?

Assim que os primeiros rastros do sol atravessaram a cortina eu me levantei. Precisava esfriar a cabeça. Eu precisava ver a minha mãe.

Tomei um banho e peguei no guarda-roupa um vestido soltinho e um par de vans. Nada de maquiagem. Assim que terminei procurei pelo meu celular e antes mesmo que eu pudesse checar as horas, uma notificação de uma nova mensagem chamou-me a atenção.

"Seu carro está no seu jardim. Você esqueceu-se dele no estacionamento da OMNIA por dois dias e eu mandei um dos empregados daqui de casa levar pra você, ok? Se cuida, eu te amo

xx Rosié"

Digitei um breve agradecimento junto de um aviso que eu não iria ao clube de estudos hoje e desci para o primeiro andar. A casa estava silenciosa e cheguei a conclusão não havia ninguém ali. Pelo menos isso.

O caminho para o hospital foi rápido. Eu estava em uma velocidade a cima do permitido mas isso era o de menos. Eu só queria a minha mãe e um pouco de paz.

- Bom dia, ou seria boa tarde? - falei, atrapalhada, escutando a risada da moça da recepção. - Eu vim ver a paciente do quarto 405.

- Eu sei querida. Fique a vontade. Você tem 1 hora com ela, tudo bem? - me deu um sorriso, tentando confortar-me. Ela entendia a minha dor. Agradeci de um modo sincero e logo depois peguei o elevador.

Decimo primeiro andar. Eu sabia exatamente a porta. A quarta, do lado direito. Assim que entrei eu a vi. Meus olhos automaticamente lacrimejaram. Nesses momentos eu era uma fraca.

- Oi mamãe - falei enquanto me sentava na poltrona - Eu... - parei - mamãe, eu sinto sua falta. Você sabe de Josep, não é? Eu sei que você sempre me escuta. Eu sinto. Mamãe, eu daria tudo que eu tenho para voltar no tempo, morreria de arrependimento se fosse preciso. Arrependimento por um dia ter me apaixonado perdidamente por ele, que nem mesmo pensou antes de se deitar com aquela vagabunda. - pausei - ele estava me traindo com a Blaire, mamãe. Eu confiava tanto nela e... Céus, eu me lembro de cada detalhe. Aquela cena não sai da minha cabeça. Como ele pode fazer isso comigo? Ele era único em minha vida, mas pelo visto, eu não era nada na vida dele. Minha cabeça arde, pensando nos momentos que tive com Josep, ele seria o homem da minha vida. Mas, parece que o jogo virou. Nem tudo é como queremos. Ver aquilo foi como cometer um terrível suicídio. Eu morri por dentro. - pausei novamente, engolindo o choro - Eu estou sendo uma nova pessoa. Eu nem mesmo sei se ainda sou capaz de amar outro homem, mamãe. Eu queria tento a senhora comigo, eu estou perdida. Eu fiz coisas que nunca imaginei que faria. Tudo por conta de um par de chifres. E, mesmo assim, não me arrependo. Eu me senti viva no momento em que vinguei. Eu sei que isso não seria seu motivo de orgulho mas, mamãe, eu posso sentir que estou só no começo.

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