Capítulo 6

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Jade


É incrível que por mais que a gente esteja ansiosa, tenha medo e vergonha que é o meu caso o amanhã sempre chega, e chegou pra mim. Eu estou tão ansiosa com vergonha e medo do meu chefe, mas eu sou forte e corajosa para enfrenta-lo, e muito linda e gostosa graças a Deus.

Cheguei bem cedo na empresa ainda deve demorar uns trinta minutos pra ele chegar, então fui organizar a minha mesa, mas mal sentei as portas do elevador se abriram revelando a belezura que é Paulo André Camilo  em um dos seus caríssimos terno preto, gravata bem feita e o sapato italiano brilhando.

– bom dia Jade, venha até a minha sala – e foi desse jeito regado de frieza como de costume

– sim senhor – ele fechou a porta atrás de mim – qualquer coisa eu faço como no meu sonho e pronto.

Me enchi de coragem e entrei na sala, e lá estava ele sentado em sua mesa e já mexendo no computador.

– abra as cortinas – ele ordenou e claro cumpri.

Depois voltei onde eu estava em pé esperando ele falar alguma coisa, se eu nunca contei os minutos na minha vida, hoje contei, passaram- se exatamente cinco minutos que eu fiquei em pé como uma tonta a espera do reizinho dizer alguma coisa, até que o seu celular tocou e ele atendeu, ele se levantou deu a volta á mesa e ficou em pé na minha frente ainda falando no telefone.

Eu sempre reparei nele, sempre babava na sua beleza é uma paixão que eu sozinha alimentei sem nenhum sinal positivo dele, ou sequer uma secada vinda dele, mas agora ele está sim olhando pra mim, ele olhou pra mim de cima a baixo e parou nos meus lábios, será que é agora que ele me beija ou eu o beijo.

Talvez foi um acto sem pensar, foi totalmente por impulso mas eu quiz muito fazer isso e eu fiz tal como no meu sonho, a diferença é que ele ainda não disse nada e eu já o agarrei pelo colarinho e o beijei, e tal como no sonho ele relutou um pouco mas depois se entregou ao momento e deu o seu nome tomando o controle da situação, nossa línguas pareciam que estavam disputando e está muito bom com direito a puxão de cabelo e mordida, comecei a sentir o meu corpo todo arrepiar enrosquei os meus dedos no seu cabelo, e como tudo que é bom dura pouco ele parou o beijo me afastando dele.

– me desculpe senhor, eu não sei o que deu em mim – a frase mais clichê do mundo, é claro que eu sei o que deu em mim



Paulo André


Fiquei procurando palavras certas para dizer a Jade sem ser grosseiro, está fora de cogitação ter um caso com a minha secretária sou totalmente contra esse tipo de envolvimento, como secretária ela é ótima apesar de se atrasar algumas vezes ela é comprometida com o seu trabalho não quero demiti-la por não saber controlar os seus impulsos.

Cheguei cedo como de costume e para o meu espanto ela já tinha chegado, ótimo assim eu terei tempo para esclarecer algumas coisas.
Mandei ela vir comigo até a minha sala e propositalmente eu a deixei esperando em pé, eu podia sentir o seu nervosismo como também não deixei de reparar nela.

Caramba essa mulher é astuta, bem na hora que eu ia falar ela me agarrou atacando os meus lábios, me deixou totalmente sem reação até que peguei pensando se aproveitava o momento ou cortava logo as suas asas. Essa mulher tem um plano, preciso para-lá o quanto antes, mas ela beija muito bem, ela sabe comandar, e como diria o Léo abrace o momento, e foi isso que eu fiz tomei o controle ditando o ritmo.

O beijo está muito nós sabemos como fazer por isso e por outros motivos eu preciso parar isso. Afastei ela de mim dei a volta á mesa, não pude conter um riso de cinismo ao ouvir o seu pedido de desculpas.

– você está achando que a gente está em uma novela ou um livro de romance? – soou um pouco rude mas também não me importei – eu não sei que novela está criando em sua cabeça, mas por favor me tira dela, eu não me envolvo com minhas funcionárias, está me entendendo?

– sim senhor – falou baixo mais eu ouvi

– então seja qual for a novela que você está criando na sua cabeça, por favor me exclua dela, isso se ainda quiser manter o seu emprego.– ela nada disse – agora me traga a agenda de hoje.

– um momento senhor.

Pode até ser um exagero da minha cabeça mas ela saiu como se nada tivesse acontecido, algo me diz que ela não vai sossegar...

Jade

Vocês devem estar querendo saber como eu estou, sim eu estou bem, apesar do toco que eu levei mais cedo, esse homem me estressou  um pouco mais eu passo bem.

O dia passou tão lento que dava a impressão que o tempo havia parado, por ser o primeiro dia de trabalho após feriado do carnaval tinha muito trabalho na empresa, reuniões papéis por organizar emails para responder enfim, mesmo com tudo isso o dia parecia não acabar e quando finalmente acabou o expediente eu quiz fugir dali, sim eu estou um pouco envergonhada eu só queria ir logo pra casa e assim fiz não esperei a Nina, aliás eu não a vi hoje.

Já tinha tudo traçado na minha cabeça: chegar no condomínio pegar Manuella e subir para minha casa tomar um banho e dormir, mas foi tudo por água abaixo assim que cruzei com o André no hall do prédio, o que fazia aqui eu não sei, só sei que já me deixou de mal humor.

– tá perdido querido?

– não, minha pedra pedra preciosa – revirei os olhos de ódio – vim acompanhar a Manuzinha e a tia Dora, elas estavam no parque e como eu estava passando por lá minha filha reconheceu o papai, brinquei um pouco com ela agora vim deixá-las.

– já te falei pra não me chamar assim e Manuella não é sua filha idiota. Dá licença

Passei por ele voando, não sei quando mas eu preciso dar um ponto final nas fics de família feliz que o André fica criando comigo e com a Manuella.
Fechei a porta atrás de mim joguei tudo que tinha em mãos na mesa e deitei no meu lindo sofá que agora está podre de tão sujo graças a Manuella Picon, vulgo minha
filha/irmã.

– aíii que cansaço meu Deus – eclamei me espreguiçando no sofá, até que olhei para a Manu sentada no chão concentrada no desenho que passava na TV que estava desligada e ela própria ligou, muito esperta essa criança – Manuella vem cá, a gente precisa conversar

– agola não mamã – respondeu sem olhar pra mim focada no desenho

– Oi, gente cresceu quando? Agora sim Manuella, quem ensinou você a falar assim com a sua mãe senhorita? – tentei ser dura mas ela não deu a mínima.

É com essas pequenas falas da Manuella que eu me lembro que preciso urgentemente colocar essa criança na escola. Mas o problema é que a Manuella as vezes tem problema com a comida, por exemplo hoje minha tia disse que ela não comeu nada e pulou o dia inteiro, ficou apenas no leite e no suco, isso me deixa muito mal, eu sinto que falhei com introdução alimentar dela. Por isso não posso deixar de comprar leite se não a criança passa fome.

– vem aqui no colo da Jade – ela veio peguei ela nos meus braços como se fosse bebezinha que ela é a minha bebê – não tá com fome neném?

– mamã nãoo – cruzou os braços brava focando os seus olhos esverdeados iguais aos meus em mim, desceu do colo voltando a se sentar na sua cadeira

– entendido boss.

Fui catando as roupas espalhadas no chão até o meu quarto, vesti uma roupa mais confortável que é nada mais do que um blusão fui pra cozinha preparar algo para comer. Enquanto via o que fazer enchi uma taça de vinho que eu tô merecendo pra esquecer um pouco o meu chefe, mas não sei porquê e vinho sempre me faz lembrar o meu chefe.

Coloquei uma música pra tocar, dançava ao mesmo tempo que fazia um macarrão com atum e natas, Manuella gosta só espero que ela coma

Terminei o meu show na cozinha fui ver a Manu, está um silêncio muito estranho, e como eu desconfiei ela está caindo de sono, eu não posso deixá-la dormir sem comer nada, mesmo dormindo no meu colo eu fui dando comida na boca e ela comeu muito bem me deixando mais descansada...






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Oi sumidos voltei😅 enfim, boa leitura e comentem muito


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