Hilda Furacão - Spin off

Capítulo 02

~Hilda~

Eu definitivamente só poderia estar sonhando, eu esperava encontrar Malthus novamente, mas não imaginava que seria em meio a um protesto, e lá estávamos nós.

Nos beijamos como a muito tempo não fazíamos, era um beijo calmo, mas avia tanto desejo envolvido, cada toque seu ainda me fazia arrepiar, meu coração palpitava cada vez mais, até nos afastarmos para recuperar o fôlego.

- Onde você está morando? Eu quero te levar pra jantar hoje às 8 - Ele diz com um sorriso sem graça, o que me faz sorrir também.

- Eu moro na Zona Sul - Pego um papel, anoto meu endereço e entrego o papel a ele.

- Eu preciso ir agora, mas eu prometo aparecer hoje - O sinto segurar minha mão levando até a boca e depositando um beijo nela.

- Eu quero uma garantia.

- Uma garantia? - Malthus ri.

- Deixe seu terço comigo. Sei o quão precioso ele é pra você.

- Cuide dele - Diz me entregando o terço - Mas agora eu realmente preciso ir - Ele beija minha bochecha, se despede e vai embora.

Seguro seu terço e fico olhando, sorrindo igual uma idiota adolescente, eu finalmente tinha meu santo de volta.

19:56 P.M.

Termino de arrumar o cabelo e passo perfume, estou completamente nervosa sem saber o que esperar dessa noite, é meu primeiro encontro com ele, nunca saímos pra algum lugar ou algo assim.

Não fazia ideia do que vestir então fui na minha intuição e usei um vestido vinho de alças finas, alguns assessórios e um Scarpin Louboutin nos pés.

Eu estava nervosa e o som da campainha tocando não ajudou muito, desci as escadas o mais rápido que pude e fui até a porta.

No estante em que abri vi o quanto aquela batina com certeza não me favorecia, Malthus usava um terno preto bem alinhado, em suas mãos tinha um buquê de rosas vermelhas.

- Céus....- É a primeira coisa que ele diz e eu percebo me olhando assim como eu também estava olhando pra ele - Isso é pra você - Malthus sorri e me entrega o buquê de rosas.

- Obrigada Santo - Sorrio e pego o buquê - aqui, seu terço - Devolvo pra ele.

- Malthus, não sou mais santo Hilda - ele pega o terço com um sorriso e guarda no bolso.

- É meu santinho - Rio e entro colocando as flores em um vaso, pego minha bolsa e ando pra porta novamente - Podemos ir - ele apenas sorri e saímos para o seu carro.

O caminho até o restaurante pareceu curto com o tanto que conversávamos, os assuntos fluíam, falamos sobre o que tínhamos feito nesses últimos anos.

Assim descobri que agora ele é gerente em uma cafeteria próxima ao pão de açúcar, contei que trabalhei um tempo como professora, mas que no momento tinha parado.

Chegamos ao restaurante, o local era lindo, tocava uma música calma pelo ambiente e tínhamos vista para o mar. Esperei ele conversar com o recepcionista, andamos até a nossa mesa e nos sentamos.

- Esse lugar é lindo - Sorrio olhando em volta.

- É sim, é linda - Ele diz sem tirar os olhos de mim e tenho quase certeza que não era do ambiente que ele estava se referindo.

- Com licença senhor já sabem o que vão pedir? - um garçom se aproxima com um bloquinho de notas.

- Por quanto pode trazer uma garrafa de vinho.

- E a senhorita?

- O mesmo por favor - Tento engolir minha surpresa com o fato de que vivi pra ver Malthus colocar uma gota de álcool na boca, vejo o garçom saindo e enfim digo - Malthus bebendo vinho?

- É raro mas acontece, não é comum eu beber sempre peço suco, mas a ocasião merece - ele sorri acariciando minha mão.

A noite está apenas começando e eu já me surpreendi o suficiente pra uma semana inteira, eu não sei o que aconteceu mas estou amando cada parte desse novo homem.

Continua...