"Perdi o controle"2019.
Mansão Ayers, 6:20hHavia se passado duas semanas dês do enterro da minha mãe, e esse era o limite de tempo que a escola dava para o luto e com isso meu pai também havia voltado para o trabalho, tudo voltando ao "normal".
Eu estava me arrumando para ir a escola, meu maior pesadelo. O uniforme não servia muito em mim por eu ser um pouco acima do peso, e aquilo me encontrava demais, vesti meus óculos e desci. Hoje era um dia ensolarado mas não para mim, eu sempre vestia o maior moletom possível para esconder ao máximo meu corpo. Coloquei meus óculos prendi meu cabelo curto e respirei fundo olhando para a foto da minha mãe que ficava na penteadeira, passei os dedos sobre sua face diante a foto e me bateu a mesma vontade de chorar o que eu sentia todas as noites sem descanso. Desci as escadas e Alba, servente fiel da família preparava a mesa do café da manhã. Meu irmão e Elijah comiam.
Me sentei na mesa esperando por eles, já que quem levava era a mãe de Elijah. Todos os dias ele vinha tomar café da manhã aqui. O conheço dês que eu nasci, ele literalmente foi um dos primeiro que me viu quando eu saí do hospital.
— Não vai comer nada querida? - Alba perguntou. — Fiz seu bolo preferido, cenoura com chocolate!
— É... Não... O-obrigada Alba. Eu estou sem fome. - Menti. Eu estava faminta, mas eu já sabia o que podia acontecer depois.
— Então deixa que eu coloco em um pote e se você sentir fome você come. Pode ser? - eu concordei com a cabeça baixa e ela foi pegar o pote e eu comecei a mexer no celular e mesmo com duas semanas da morte da "Lady Ayers" - era assim que chamavam minha mãe. Ainda sim se comentava em todos os sites de notícias e redes sociais, meu celular literalmente só servia para ouvir música. Coloquei os fones no último volume e comecei a ouvir minha play list de conforto.
Meu irmão e Elijah continuavam conversando e rindo. Eu encarava Elijah, ele era lindo demais. Seus cabelos eram escuros e sua pele era branca, seus olhos profundos eram mais lindos ainda. Sempre fui apaixonada por ele. Mas é claro que ele não sentia e não sente o mesmo por mim, sem chances. Éramos diferentes em tudo, ele era descolado e tinha centenas de amigos. Já eu era tímida e queria sumir e não ser vista ou lembrada.
— Abelhinha, ei! A Alba está falando com você. - Meu irmão me chamou tirando os fones do meu ouvido.
— Ah, oi Alba. - vi ela colocando os potes dentro da minha mochila. — E pra comer viu dona Ana. - concordei com a cabeça e ela me deu um beijo na bochecha.
Nós saímos e Tia Rose já estava dentro do carro esperando por nós. Entramos e ela seguiu viagem.
(...)
Pouquíssimas pessoas sabiam que Brian era meu irmão, pois nós éramos totalmente diferentes um do outro em muitos aspectos, tanto físico quanto de personalidade. E mesmo não estudando na mesma escola, o colégio dele não era tão distante e ele conhecia bastante pessoas.
— Vê se fica bem no primeiro dia de aula, pirralha. - Elijah disse batendo no meu ombro enquanto eu saia do carro. Meu coração palpitou e eu fiquei nervosa.
— Você está muito vermelha abelhinha, acho melhor tirar o casaco.
— N-nao! - me afastei saindo. — Até mais tarde. - bati a porta e segui para dentro.
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𝑨𝑹𝑪𝑨𝑫𝑬, amar você é um jogo perdido.
Lãng mạnApós um grande trauma em sua vida, e o bullying sofrido durante anos, Ana volta para sua cidade natal Nova York, depois dê quatro longos anos mudada e mudando um coração de um certo alguém. Damon é o chef da gang mais violenta de NYC, frio, sem comp...