"Temporal"Cemitério Santa Carta, NYC.
14:07h.Pov's Ana.
Eu definitivamente não me sentia bem em enterros des da minha mãe. Era estranho e muito, muito triste.
Minha bisa, mãe do meu pai Srta Raquel Ayers morreu de Arritmia Cardíaca pelo que eu estou sabendo ela tinha uma idade boa e a causa da morte não foi nenhum mistério. Seu corpo foi velado e seria queimado em seguida, como o da minha mãe.Mas mesmo todos os corpos da família Ayers sendo cremados por tradição havia um mural que era idêntico a uma casa só dos meus antepassados e lá estavam todos.
A cerimônia ja havia terminado e eu sentida pela falta da minha mãe decidi ir nesse mural a porta estava aberta e eu entrei nesse lugar frio. Havia velas e parecia estar bem cuidado até que de centro eu vi, ela."Chloe Sanchez Ayers
29.06.1987 - 08.09.2019."Eu me lembro dessa foto, a foto que ela amava dela mesma. A chuva drasticamente começou e eu pude sentir a presença dela, era reconfortante. Até hoje eu não sei o por que disso tudo, não sei quem a matou as investigações pararam e meu pai se afundou nisso até o momento que eu fui embora. Não digo que eu sair do país teve um impacto bom nele ou no meu irmão mas agora eu entendo e vejo o quanto foi necessário. Os olhos da minha mãe são claros como o meu, o cabelo dela era negro como o meu... Todos os traços que eu tenho de beleza são dela.
E me lembro o quanto meu pai chorava no enterro cada vez que olhava pra mim, até mesmo dentro de casa o quanto ele ficava me olhando triste. Via Brian acariciar meu rosto com lágrimas nos olhos naquelas duas semanas horríveis que eu tive naquele tempo. O bullying que eu sofri o que Anessa falou dela naquele dia do bolo.
Minha mãe era do tipo calma, mas eu não sei o que ela faria se me visse naquele estado.Segurei o colar enquanto encarava o seu mural com lágrimas nos olhos sentindo o vento gelado junto a chuva que percorria o local quase rasgando minhas bochechas de tão gélido que estava ali, mas logo fazendo um contrate com a lágrima quente que caia sobre meu rosto inconscientemente. As velas se apagando o local ficando mais escuro e o silêncio que ainda sim era tão assustador e me causava um leve arrepio.
Era como eu me sentia por dentro, era como eu era realmente me sentia sem essa marra de durona que eu moldei por anos. Era gélido. Era escuro. Era triste.Será que esse era o tipo de mulher que ela queria que eu me tornasse?
A pergunta que eu fiz e faço todos os dias quando eu lembro de tudo. Quando me lembro que minha mãe foi esquartejada e levada direto para a cremação. Um caixão fechado e vazio sem ela para me dar um adeus.
De repente eu ouvi paços pisados em folhas secas e olhei para trás. Era Hidalgo.
— Estão te procurando. - Ele avisou entrando aos poucos e ficando do meu lado. — Ela era incrível. - disse olhando para o mural da minha mãe.
— É, a mais pura Chloe. - Limpei meu rosto e funguei o nariz.
— Que falava mal de todos no encontro das grandes famílias. - ele riu. — Eu amava quando ela xingava a Srta. Smith.
— Tinha motivo, essa velha gosta de se aproveitar dos novinhos. - eu gargalhei com isso e o silêncio reinou até eu quebrar. — Podemos ir?
— Claro, mas antes...
Ele pegou de um dos bolsos um isqueiro prateado e acendeu as velas grossas que ficava ao redor do mural. Por ironia o vento forte parou e as velas continuavam acesas e agora iluminando todo local. Ele me abraçou de ombro e levantou o guarda chuva, por que ainda sim chovia.
Nos saímos do local juntos andando entre os túmulos e indo para onde todos estavam.
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𝑨𝑹𝑪𝑨𝑫𝑬, amar você é um jogo perdido.
RomanceApós um grande trauma em sua vida, e o bullying sofrido durante anos, Ana volta para sua cidade natal Nova York, depois dê quatro longos anos mudada e mudando um coração de um certo alguém. Damon é o chef da gang mais violenta de NYC, frio, sem comp...