Cap 11: Reencontro indesejado

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— Tem mais alguém para matar? —  Pergunto, com uma expressão fria e determinada, segurando uma adaga de gelo cintilante. Com um movimento rápido e preciso, cravo a lâmina no pescoço de um civil da aldeia do pássaro, que cai sem emitir um som.

Kasumi observa a cena com olhos vazios, suas mãos manchadas de sangue e cinzas das pessoas que ela acabou de incinerar. O ar ao nosso redor está saturado com o cheiro de morte e destruição.

— Sim, ainda tem aquela casa — responde Kasumi, sua voz carregada de indiferença. — Vi várias crianças entrando lá com seus pais para se esconder.

Há apenas alguns minutos, a aldeia do pássaro estava repleta de vida e alegria. As pessoas conversavam animadamente e desfrutavam de um dia ensolarado que poderia ter sido perfeito. No entanto, tudo isso foi arrancado delas pela nossa presença.

Com passos firmes, nos aproximamos da modesta casa, onde as vozes abafadas e os suspiros pesados ecoam do interior. A tensão é palpável, mesmo sem uma palavra sendo dita. Cada suspiro silencioso, cada momento de quietude, parece amplificar o medo que paira no ar.

— Sei que vocês estão aí, não adianta se esconder. — Digo, batendo forte na porta da humilde casa.

Sem hesitar, desferimos um golpe poderoso na porta, que se parte com um estrondo ensurdecedor. Os gritos de pânico irrompem imediatamente, misturados ao som da madeira se partindo.

Dentro da casa, crianças correm de um lado para o outro, chamando pelos pais em meio ao desespero. Os pais, em um ato de coragem, se colocam na frente de seus filhos, formando uma barreira humana na tentativa desesperada de protegê-los.

— O que vocês querem conosco? — pergunta um homem de aparência humilde, sua voz trêmula de medo.

— Pretendemos eliminar todos vocês, por ordem do Hanzo. — Respondo com crueldade, um sorriso sádico se formando em meus lábios.

Kasumi se junta a mim, seu olhar vazio refletindo a mesma malícia. Já havíamos ceifado várias vidas fora daquela casa, e agora restava apenas eles.

— Vamos eliminar um por um... — Kasumi diz, enquanto uma esfera de fogo surge em sua mão.

— Até que não reste ninguém para contar a história. — Conjuro uma adaga de gelo.

Então, avançamos em direção aos civis na casa, mas antes que pudéssemos atingi-los, tudo começou a desaparecer. Era como se estivesse sendo sugado por um vórtice. Em seguida, acordei assustado. Ainda estava na tenda no topo da montanha, mas me sentia muito desorientado. Kasumi estava ao meu lado.

— O que aconteceu, Hayden? — Ela me olha assustada ao perceber como acordei.

— Nada... foi apenas um pesadelo. — Respondo, ainda desorientado.

— Quer me contar sobre isso? — Pergunta Kasumi, acariciando meu rosto.

— Eu iria te contar, mas antes precisamos descer e encontrar nossos amigos. Lembra que íamos partir para a nossa missão logo cedo?

Após desfrutarmos de uma noite perfeita juntos, optei por não estragar o momento ao compartilhar os detalhes do meu pesadelo. Pelo menos não naquele momento.

— Sim, você está certo. Precisamos descer a montanha e encontrá-los.

Nos levantamos, arrumamos nossas roupas que estavam bagunçadas devido à nossa agitada madrugada, e saímos da tenda em busca de nossos amigos. Segurei firmemente a mão dela e descemos juntos, enfrentando os mesmos desafios pelo caminho que percorremos ao subir a montanha na noite passada.

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