Prólogo

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Era o primeiro dia de aula de Kim Taehyung na grande Universidade Nacional de Seoul, e neste exato momento, uma expressão desgostosa formava-se ao rosto do Kim enquanto ele escutava as os crimes em forma de palavras que saíam da boca de um dos vet...

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Era o primeiro dia de aula de Kim Taehyung na grande Universidade Nacional de Seoul, e neste exato momento, uma expressão desgostosa formava-se ao rosto do Kim enquanto ele escutava as os crimes em forma de palavras que saíam da boca de um dos veteranos favoritos da faculdade, Son Hyun-Woo.

12 de Dezembro de 1979 e 17 de Maio de 1980 foram dias marcantes para os cidadões sul coreanos. Conhecidos por dois grandes Golpes de estado.

O assassinato do ex-presidente Park Chung-Hee criou uma liberalização política que acabou virando uma ditadura, onde Chun Doo-Hwan tomou a frente como ditador. A Coreia do Sul enfrentou um processo de luta pelo começo da democratização do país e manifestantes foram as ruas de Gwangju, sendo a cidade mais afetada do sudoeste coreano, tendo aproximadamente 600 vítimas e causando ainda mais revolta ao povo quando o atual governante liberou os ataques militares aos protestantes presentes nas vias públicas.

Passados seis anos, a Coreia do sul ainda sofria as consequências causadas pelo ainda presidente do país. Com o desenrolar do tempo, os protestos diminuíram quando a população se deu conta de que não venceriam as ordens do ditador, e com isso, discutir sobre o feito se tornou algo irrelevante para vários; mas não esquecido.

Quando o tema foi posto em sala através do professor, Taehyung se encontrava devidamente sentado em uma banca qualquer próximo ao fundo da sala. Aquele assunto chamou a atenção do moreno, que estranhou a escolha do velho Sr. Park, já que os conservadores mais velhos defendiam as ações do governo. Mas não demorou muito para que ele saísse da sala, dando uma desculpa qualquer para xavecar alguma mocinha que passeava pelos longos corredores do lugar. E isso foi um dos motivos para o Kim relaxar em sua cadeira, pronto para rabiscar algo em seu caderno.

Até que sua atenção é tomada quando uma voz arrogante preenche a sala cheia.

- O 'bafafá todo aconteceu porque decidiram desobeder o governo! 'Qual é. O que esses pentelhos esperavam? - Por trás da fala prepotente, havia uma postura presunçosa e uma aparência ainda mais imodesta, acompanhado de um sorriso orgulhoso. E isso fez Taehyung exibir um risinho desacreditado o que fez Son Hyun-Woo encará-lo de imediato. - 'Tá achando graça, novato?

O sorriso do Kim não pôde crescer mais. Ele permaneceu sentado na cadeira, mantendo o risinho nos lábios bonitos e deslizou a caneta em sua mão facilmente pelos dedos longos, ignorando brevemente a pergunta do loiro á sua frente, até que um suspiro impaciente dele pôde ser ouvido; junto a alguns murmúrios dentro do espaço. Então ele decidiu falar, despretenciosamente, é óbvio.

- 'Cê tá de 'bode hoje, cara? Só 'tô achando meio hipócrita defender uma ideia que prejudica algo que você preza ser tão importante.

- Do que você 'tá falando?

-- O maldito Chun mandou matar pessoas dizendo que seria por proteção. Milhares de pessoas desapareceram para que um filhinho de político viessse falar essa merda toda seis anos depois?

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