(LIVRO NÃO SERÁ TERMINADO, NÃO COMECE A LER!)
FRIENDS TO LOVERS - SLOW BURN - EMPRESÁRIO - HERDEIRA - AGE GAP DE 7 ANOS - COMÉDIA ROMÂNTICA - IRMÃ DO MELHOR AMIGO - MESMO QUARTO - UMA CAMA - VIAJEM DE VERÃO
"Ela é a minha melhor amiga. Meu fruto p...
"Eu estou assustada Eu nunca caí de tão alto Caindo em seus olhos de oceano Esses olhos de oceano" — "Ocean Eyes" by Billie Eilish.
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Sinto a aspereza da casca da árvore contra meus braços, enquanto descanso minha testa em seu tronco, deixando um suave beijo na madeira.
Talvez abraçar árvores não seja lá a coisa mais convencional, mas no momento, é a menor das minhas preocupações.
Hoje de manhã, meu irmão anunciou que viajaria para o México durante um mês junto aos nossos pais, isso tudo pois ele recebeu uma proposta imperdível de trabalho.
Resumindo, isso significa que vou ficar sem os três por um longo tempo.
Para escapar da realidade, decidi acompanhar Ivy e Emy em um luau na praia. Bebemos como se estivéssemos no deserto, mas logo depois, elas saíram com uns caras e me deixaram aqui sozinha, como sempre fazem.
Com a mente turva pelo álcool, decidi trocar energias com a árvore, apelidada carinhosamente de "Senhora Verdinha", na esperança de superar a depressão pós-notícia.
Essa é a justificação que tenho para estar fazendo o ato mais idiota que uma pessoa pode fazer.
Eu avisei a Aaron que estaria aqui, e provavelmente tenho uma dúzia de chamadas perdidas dele no meu celular agora.
Descanso meu queixo na árvore, admirando suas folhas verdes que se estendem como um cobertor, assim como o nome que lhe dei.
— Galera, olhem! Uma artista em performance! — ouvi uma voz masculina carregada de um sotaque italiano gritar. — Você é uma artista, não é?
Que merda é essa?
Eu só estou abraçando uma árvore e isso é o suficiente para os turistas iludidos deduzirem que isso é um espetáculo ou uma peça teatral?
Soltei uma risada discreta, incrédula com os comentários surreais que ecoavam atrás de mim.
Mas e se eu aproveitar isso? Estou entediada de qualquer forma, afinal, o que tenho a perder?
— Ah, sim! Estou no meio de um espetáculo! — declarei, virando meu rosto para encarar o homem que perguntou, sem tirar os braços envolta do tronco grosso da árvore, deparando-me com cerca de dez pessoas com câmeras penduradas no pescoço.
— O povo da Flórida é tão icônico! — Uma mulher de cabelos ruivos falou, batendo palmas baixas.
Sem muita consideração pelas minhas ações, decidi me entregar ao personagem. Comecei a murmurar palavras indistintas, como se estivesse em um transe profundo, me comunicando com a natureza. Os turistas observavam fascinados enquanto eu girava lentamente, os braços estendidos como galhos em busca do sol.
A trilha sonora era composta pelo som do oceano, os murmúrios das pessoas e o dedilhar dos violões que alguns homens tocavam à beira-mar.
À medida que girava, sentia o vento se chocar ao meu rosto como uma carícia suave, dançando sobre minha pele, que se arrepiava a cada toque da natureza.