Capítulo 6

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❀ Nahoya Pov's ❀

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Nahoya Pov's

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Um mês depois

Minha rotina sempre foi a mesma. E nessa mesma rotina meu coração constata algo, uma emoção e tanto sempre quando eu o vejo. Sim, é ele. Ran Haitani, meu servente. O porquê ele me atrai tanto? Sua personalidade? aparência? Não sei. Tudo que sei é que nesse tempo guardei meus sentimentos por ele, tentando parecer só mais um chefe que dá ordens.

Aceitei que eu estava apaixonado por ele, apenas.

Parece que as coisas aconteceram em um piscar de olhos. Nunca escolhemos por quem nos apaixonar. Pode demorar anos até perceber, ou pode ser uma pessoa que conheceu faz poucos dias. Não há tempo nem hora para isso acontecer.

Mais um dia normal como todas as outras. Peguei minhas chaves e abri a porta do meu escritório olhando o quão vazia parece sem ele. Bufei adentrando já pendurando meu casaco. O Ran sempre fica em minha sala conversando comigo quando podia. É tão bom escutar sua risada, suas piadas de humor quebrado, ou até mesmo ler algum livro juntos e escrever por diversão. Estou falando demais dele, né? Isso sim é estar loucamente apaixonado.

Terminei minha última obra há tempo, e agora está em produção das cópias. Nada que possa ocupar o tempo do Ran…Acho que eu poderia fazer todo o trabalho adiantado para passar mais tempo com ele. Só de pensar me deixa animado! Então, vamos ao trabalho!

Saio em um pulo já dando de cara com meu irmão. Ele se assusta fazendo uma careta com a minha aparição do nada, eu ri da sua reação e me recomponho logo depois.

── Meu maninho! O Ran chegou?

── Ainda não, por quê?

── Vou fazer as tarefas adiantadas hoje. Estou me sentindo eletrizado e não consigo ficar parado.

── Okay, né. ─ saiu normalmente indo fazer o trabalho de sempre ─

Horas depois consegui terminar tudo. Foi tranquilo, e por incrível que pareça senti falta de fazer tudo por conta própria. No entanto eu estranhei que nesse tempo eu não vi o Ran, já era para ele ter chegado faz tempo, ou talvez ele chegou e eu não percebi. Vou subindo até chegar em sua sala e abro a porta vendo que está vazia. Fiquei pensativo, será que ele se atrasou?

Ando até sua mesa e vejo uns papéis e materiais fora da sua gaveta. Então eu as pego para poder guardar de volta no lugar, e não ficar tudo jogado e desorganizado. Ao abrir uma das gavetas eu encontro um papel escrito. Como meus instintos curiosos falaram mais alto, eu peguei o papel. Era um poema.

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Amado Escritor


Afogado no imenso mar, tentando procurar uma forma de demonstrar
Esse sentimento preso querendo se libertar
A resposta é você, que me mantém vivo
e salvo desse sentimento agonizante

Cabelos laranjas como o pôr do sol, lindo e belo em qualquer visão
Sorriso marcante, que me encanta e me fascina por onde anda
Lábios macios e rosados que sonho
em beijar, oh meu Deus
como queria os experimentar
Nunca consigo esquecer de como você
me faz enlouquecer

Corpo e pele esculpido por mãos habilidosas, delicado e lisa como uma porcelana
O meu coração só bate por você, e minha cabeça de nenhuma maneira consegue te esquecer

Meu amado escritor, você foi o único que me conquistou
nesse mundo perdido e vazio,
cheio de guerras e conflitos
Meu amado escritor, não se esqueça
que meu amor por você, sempre vai ser infinito

E é esse poema que te entrego
Uma forma de demonstrar
meu amor que finalmente foi liberto

─ Ran Haitani

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Quando eu terminei de ler eu já estava desabando em lágrimas, eu fiquei emocionado por um poema tão lindo. Eu sabia que era para mim pois estava na cara. Então é recíproco. Meus pensamentos estavam alvoroçados tentando de alguma forma ficarem em ordem, minha mão tremia sem parar, minha voz estava presa na garganta não conseguindo soltar uma palavra. Não consigo explicar o que eu estou sentindo nesse exato momento, era algo inigualável. Mas de repente ouço um barulho que me deixa em branco em segundos.

── Smiley? ─ sua voz ecoa na sala me deixando paralisado sem saber o que fazer ─

Enxuguei minhas lágrimas o mais rápido possível tentando guardar a folha de volta na gaveta discretamente.

── Ran! Finalmente chegou, eu estava meio preocupado. ─ minha voz saiu meio embargada. Dou um sorriso nervoso tentando agir o mais natural possível ─

── Desculpe pelo atraso, eu e o Rindou saímos à noite e voltamos bem tarde, nisso eu dormi mais que a cama. ─ riu andando até mim. Sua mão situa sobre minha cabeça fazendo carícias ─

Meu coração chega até a boca, meu rosto queima intensamente, meu corpo inteiro tremia por causa do seu toque gentil. Olho para cima encontrando seu olhar. Esses olhos me hipnotizam tanto…Não consigo desviar um centímetro sequer dele. Sua mão desceu pela minha têmpora chegando em minha mandíbula até segurar meu queixo, seu polegar delicadamente passou em meus lábios. Seus olhos estavam fixados em minha boca expondo seu desejo por beijá-los.

── Eu sei que você leu o meu poema, Nahoya~ ─ Meu corpo se arrepiou inteiro pela maneira que ele pronunciou meu nome, sua voz era suave e ao mesmo tempo sexy ─

── E-eu… ─ não consegui encontrar as palavras para me explicar. Apenas senti sua mão livre adentrar minha blusa para segurar minha cintura. Sua mão era quente contra minha pele acariciando o lugar sutilmente ─

── Shhh, não diga mais nada~ ─ ele sussurra se aproximando da minha boca ─

Sem hesitar eu também levo meus lábios até o seus. Tudo ao meu redor se tornou em câmera lenta. Eu já estava sentindo o calor de sua respiração e o hálito fresco de sua boca. Nossos lábios estavam a centímetros de distância quase se tocando.

── Ran, vou precisar…de você- ─ Souya chega se deparando com a cena. Nós olha para ele assustados por sermos pego de surpresa ─ É…Foi mal, eu já estou indo ─ Ele saiu rapidinho da sala ─

Ran bufa dando-me uma última olhada. Ele se afasta me deixando sem graça com a situação. Que merda! Era minha oportunidade de poder beijar aquela boca tentadora. Maldito Souya que aparece na hora errada.

── Sinto muito Smiley, foi no calor do momento. ─ disse se sentando à mesa. Ele abre a gaveta pegando o poema novamente ─ Eu disse para mim mesmo que iria te entregar quando estivesse preparado. No entanto, você já leu e sabe o que eu sinto por você.

Eu pego a folha lendo o poema novamente. Tudo estava tão embaraçoso que apenas o agradeci e fui saindo. Fiquei tão desapontado pensando que ele iria continuar e finalmente poder selar nossos lábios.

Da próxima vez eu vou conseguir, nem que seja apenas um selinho.

/ᐠ . ˕ .マ

Espero que tenham gostado! Perdoem qualquer erro ortográfico.

Continua...

Meu Amado Escritor (Ranhoya)Onde histórias criam vida. Descubra agora