「II◇」> Bloody Mary <「◆」

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Abri a porta do porão com um rangido arranhado, encontrando o palhaço rindo feito um desgraçado e rolando no chão.

— Bom dia, princesa! — Ele parou de rolar ao me ver, ficando deitado de barriga para cima, me olhando de ponta cabeça. — Dormiu bem, mesmo sem ter dormido comigo?

Me agachei na sua frente, ficando mais próximo. Coloquei a caneca de café do seu lado e tentei levantá-lo denovo.

— Eu vou soltar suas mãos para você comer — eu avisei. — Pode tentar fugir, se quiser, só não te garanto que você consiga chegar vivo até a porta...

— Ain~ gozei! — Ele riu, esperando que eu desatasse suas amarras.

— Dirija-se ao setor de esterco, onde você pertence — eu mandei, o fazendo rir mais ainda.

— Esse é seu jeito chique de me mandar ir á merda? Amei! — Ele riu, alongando seus braços assim que eles foram soltos. — O que tem no cardápio? Bolo de laranja? Piroszhik...? — Ele me lançou um olhar risonho. — Você?

Ele abraçou minha cintura, me fazendo ficar mais próximo dele. Soquei seu coro cabeludo assim que ele se aproximou, o fazendo voltar a cair no chão.

— Ninfomaníaco do caralho — xinguei, entregando a caneca de café novamente, junto com um pacote de biscoitos.

— Só isso?! — Ele questionou, apontando para a comida.

— Você está sendo vítima de um sequestro, não um emperador real — eu respondi, indiferente. — Agradeça que eu sequer me importei em te alimentar.

— Aw~ você se importa comigo? — Ele riu, fazendo cara de idiota. — Dostoy, Dostoy~ awh~!

Dei outro tapa nele, mas o homem provavelmente gostava de apanhar, pois não é possível!

Suspirei e peguei minha cadeira, a posicionando em frente a ele, como na noite anterior.

— Vamos trabalhar, então? — Eu perguntei, mechendo os papeis em frente ao seu rosto. — Você deve estar amando ficar aqui, mas, infelizmente, você precisa ir embora o mais rápido possível.

Mostrei a ele a mesma foto que tinha mostrado na noite anterior.

— Ah, esse é aquele cara lá, o dono da empresa de exportação de Vodka da Rússia... — Ele reconheceu, me surpreendendo, já que não esperava que ele saberia sobre a reputação alheia. — Ele também está envolvido em alguns crimes de intuito mafioso, exportando drogas ilegais, bombas, armas...

Eu me surpreendi, olhando para o velho da foto novamente. Eu, ma verdade, iria matá-lo pois o vi usando o nome de Deus em vão durante um discurso.

— De onde você acha que eu reconheci ele? — Nikolai questionou.

— Ah, estava bem óbvio... — Eu suspirei, irritado. — Voltando ao assunto, ele está localizado em um hotel, no norte da Rússia, resolvendo um de seus assuntos agora mesmo. É um grande leilão de joias... — Eu me aproximei mais do outro homem, sabendo que aquele era o único jeito de chamar sua atenção. — Você não disse que mataria por mim um dia?

Nunca tinha visto um sorriso tão genuíno no rosto do palhaço. Ele me abraçou pela cintura, ainda mirando meu rosto.

— Disse, disse sim! — Ele riu, maliciosamente.

— Ótimo, então! — me afastei bruscamente assim que tive a oportunidade. — Ele aparecera em um leilão, na noite de sábado... ainda temos tempo... — Eu afirmei.

Fechei a porta do porão e deixei o palhaço sozinho denovo.

《¿☆?》

Golpes Com Sabor De Vodka| FYOLAIOnde histórias criam vida. Descubra agora