Babytela- Capítulo 8

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Ana Flávia

Ainda estávamos esperando os resultados dos exames, eu grudada no Gustavo o tempo todo, e vira e mexe ele deixava alguns beijinhos no topo da minha cabeça ou no meu rosto, sussurrava que ia ficar tudo bem e tentava me acalmar. Quando vi a médica cruzando a sala e vindo até nós, apertei a mão do Gustavo e ele olhou pra mim tentando me acalmar.

– Podem me acompanhar, por favor. — a médica disse apenas isso a voltou a andar.

E assim levantamos e fomos. Olhei pra trás quando notei que minha mãe não tinha levantado junto conosco e ela falou que esperaria a gente lá e me acalmou dizendo que estava tudo bem. Seguimos por um corredor e entramos em uma sala, sentando de frente para a médica.

– Ana, querida, tá tudo bem com você e a Aurora, pode ficar tranquila. — quando ela disse isso parece que um peso saiu das minhas costas, soltei um ar que eu nem sabia que estava segurando.

– Graças a Deus, mas sabe o por que das cólicas fortes? — Gustavo perguntou preocupado.

– Sim, eu sei. Quis fazer alguns exames pra ter certeza de que não era nenhum episódio com descolamento de placenta, mas são só cólicas que a gente chama de contrações de treinamento.

– E isso é normal? – pergunta aflita.

– É bem normal nessa fase da gravidez. Essas contrações fazem os músculos do abdômen endurecer lembrando as cólicas menstruais, às vezes vem mais leve e às vezes mais fortes, iguais a essas que você teve. Mas tá tudo bem sim, ainda pode ser que aconteçam outras vezes.

– Que bom, doutora. — sorrio aliviada e agradeço a médica saindo da sala.

Expliquei tudo para minha mãe que logo ficou mais calma.

– Essa mocinha da vovó já vai chegar dando susto em todo mundo. - ela fala sorrindo e passando a mão na minha barriga.

Como eu já estava bem fomos embora, chegando em casa fui direto tomar banho, não via a hora de tirar aquela roupa e toda a sujeira do hospital. Me despi com um pouco de dificuldade pelo tamanho da minha barriga e entrei no chuveiro, não demorou muito e senti umas mãos acariciarem minha barriga e uma boca que eu conhecia muito bem, deixar alguns beijos no meu pescoço. Inclinei a cabeça pra trás e deitei no seu ombro coloquei a minha mão sobre a dele que continuou o carinho.

– Tem certeza que tá tudo bem?

– Sim gatinho, foi só um susto e eu fiquei com medo do pior acontecer.

– Eu também. Me desesperei quando o Igor me contou que estava mal, só pensava em largar o show e ir correndo pra casa ver você.

– Mas agora tá tudo bem, graças a Deus. — falo me enrolando na toalha e saindo do banheiro.

Me troquei e deitei na cama esperando o Gustavo sair do banho o que não demorou muito ele aparece na porta do closet sorrindo e vindo em minha direção se deitando do meu lado.

– Sua filha não vai querer ser cantora como a gente. — falo e ele me olha curioso. — Ela deve tá treinando pra ser lenda do futebol, porque o tanto que tá se mexendo.

Ele ri, leva suas mãos na minha barriga e abaixo o rosto o aproximando da minha barriga.

– Oi, meu amor, vamos ficar calma? Eu sei que você deve tá amando se remexer todinha aí dentro, mas tá machucando a mamãe. – ele diz dando beijinhos na minha barriga.

E por um milagre quando ele falou ela parou de chutar na hora e eu fiquei indignada, puxa saco do pai.

– Não é possível!

In Your Eyes • MiotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora