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A van não pode ir busca-los na escola hoje. Alguma coisa aconteceu com o motorista, algo relacionado a sua saúde, e ele deixou na mão muitas famílias, mas não tinha o que fazer.

Madara foi avisado em cima da hora. Ligaram para ele e disseram um "se vira". Ele ficou apavorado, porque não tinha como buscá-los já que estava no meio do serviço e precisava terminar. A sua saída foi ligar para Tobirama.

- Hey. - A voz linda do Senju foi capaz de acalmar um pouco o peito acelerado de Madara. - Aconteceu algo?

- Hm, sim. - Ele suspirou. - Não tenho como buscar os meninos na escola e a van me deixou na mão. Você conseguiria?

- Claro. Só que não tenho carro, tudo bem andarmos a pé?

- Você tem carteira?

- Tenho.

- Ok, na garagem tem meu outro carro. Pode pegar ele. As chaves estão no porta-chave na cozinha. - Ele informou e Tobirama correu pegar as coisas de Sasuke, caso ele precisasse. - Me informe quando chegarem em casa, por favor.

- Claro, será a primeira coisa que farei quando chegar. - Ele deixou claro e Madara sorriu com isso.

- Obrigado, Tobirama. Você realmente é um anjo na minha vida.

Tobirama sorriu contido, ficando levemente vermelho. Não soube o que responder, o que fez soar uma risada gostosa e arrastada do outro lado da linha, o fazendo fechar os olhos e apreciar.

- Até depois, Madara. - Ele sussurrou.

- Até, anjo.

Tobirama ainda estava com os olhos arregalados quando Madara desligou a chamada. Aquilo de certo não era o jeito comum de seu chefe o chamar. E isso fazia ele se sentir extremamente iludido, mas queria se sentir firme em não fantasiar demais. Por Obito.

Desceu na garagem com uma bolsa de maternidade no ombro e Sasuke chupando chupeta nos braços. O carro que Madara tinha de reserva era simplesmente todo o dinheiro que Tobirama ganharia na vida. Assobiou impressionado e ficou levemente assustado de fazer sequer um arranhão sem querer na lataria.

Deixou Sasuke bem preso em sua cadeirinha e a bolsa no banco do caroneiro. Abriu o portão da garagem e ligou o carro, sorrindo porque era um carro e tanto e só teria aquela chance de pilotar.

Dirigiu extremamente bem, até porque era bom nisso. Parou na frente da escola dos meninos alguns minutos depois, vendo Itachi chorando agarrado no irmão mais velho.

- Hey. - Ele desceu depressa do carro, correndo até os meninos que não puderam vir até ele porque a professora não o conhecia. - Hm, tudo bem? Eu sou o baba deles. Madara mandou um áudio para confirmar minha identidade.

A professora pareceu desconfiada, mas foi averiguar. Depois, ela sorriu e os deixou ir. Itachi correu para o colo do Senju, se agarrando nele enquanto chorava mais alto.

- Calma, meu amor. Tá tudo bem, estou aqui. - Ele disse baixinho, fazendo carinho em suas costas suadas pelo nervosismo de ser abandonado. - Só aconteceu uns imprevistos, mas ninguém vai te deixar sozinho.

Itachi não respondeu, apenas se agarrou mais nele, sujando a roupa do pai que Tobirama ainda usava, com suas lágrimas e coriza.

O Senju olhou para Obito, que parecia triste pelo irmão. Tobirama esticou uma das mãos para fazer carinho na bochecha dele e os chamou para irem para o carro.

Itachi só aceitou se afastar de Tobirama, porque Obito disse que ele podia o agarrar até o caminho de casa. O trajeto todo foi com Tobirama fazendo palhaçadas para melhorar o clima e deu certo até certa medida.

De repente pai - AU MadatobiOnde histórias criam vida. Descubra agora