"Yellow" traduzindo para o português "Amarelo".
Seu "amarelo" é uma pessoa que te salvou. Seu super herói, sua razão de estar vivendo. Ela te faz feliz além do que palavras podem expressar.
Jotapê é o "yellow" de Nicole.
Inicio: 22/03/24
Fim: 28/0...
Os dias se passaram rapidamente, e logo o dia quinze chegou, o dia que Nicole iria embora.
No dia quatorze ela passou o dia inteiro com sua mãe, aproveitando o tempo que ainda tinham juntas, não sabiam quando se veriam novamente.
Nicole acordou cedo na segunda, mesmo que seu voo seja apenas a noite, ela queria aproveitar suas últimas horas em Guarulhos.
As dez da manhã ela se levantou e foi tomar seu banho, colocando um short jeans e um blusão, calçou seus chinelos e saiu de casa silenciosamente.
Foi em direção a praça e mandou uma mensagem para Jotapê.
"pode me encontrar no lugar da paz?"
Enviou e se sentou no balanço, acendendo um cigarro e observando o local, a garota teve o pensamento que talvez nunca mais pisaria ali, mas tentou o afastar.
Logo Nicole teve a visão de João Pedro caminhando até ela.
— Eai. — ele disse e logo deu um selinho nela, se sentando no balanço ao lado.
— Oi. — ela murmurou.
— Você tá bem? — ele questionou preocupado.
— Não quero ir embora. — ela disse com a voz embargada e os olhos cheios de lágrimas.
— Nini, eu sei que não quer, eu também não quero que você vá, mas é preciso, você tem um mundo inteiro para conquistar, e Guarulhos você já conquistou, tem que abraçar a oportunidade. — ele disse pegando nas mãos dela.
— Eu sei, eu vou sentir muito a sua falta. — ela disse apagando o cigarro no chão.
— Eu também. — ele murmurou.
— Pode me prometer algo? — ela questionou o olhando.
— O que?
— Pode ou não?
— Posso.
— Me prometa que vai tentar conhecer alguma menina, me prometa que não vai se prender a mim.
— Mas Nini...
— Me prometa João, eu nem sei se vou voltar.
— Eu prometo.
— Obrigada.
O silêncio reinou no local, ambos presos em sua própria angústia, mas logo Jotapê o quebrou.
— Vou te levar no aeroporto.
— Tá bom. — ela murmurou e o silêncio voltou a reinar.
— Quer ir lá pra casa? — ela perguntou.
— Quero. — ele disse se levantando e oferecendo sua mão para ela.
Logo ela se levantou e segurou na mão dele, e eles foram caminhando em silêncio até a casa da mais nova.
Chegando no local, eles foram direto para o quarto da Menezes, que estava vazio, apenas a cama e as malas dentro.
— Caralho. — Jota murmurou.
— O que?
— Acho que agora que caiu a ficha. — ele riu fraco.
— Pois é. — ela murmurou deprimida e logo se deitou na cama.
— Relaxa Nicole, a gente ainda vai se ver de novo, se o destino nos uniu foi com um propósito. — ele disse se deitando ao lado dela.
— Tá bom. — ela disse não convencida.
Eles ficaram deitados a tarde toda ali, conversando e vendo série, tentando apagar o clima ruim que se estabelecia.
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A noite chegou, eram sete horas quando Nicole entrou no banho.
Assim que ela saiu, vestiu uma calça de moletom cinza e uma regata preta, calçou seus chinelos e saiu do quarto dando de cara com João Pedro a esperando.
Eles desceram as escadas em silêncio, encontrando a mãe da mais nova na sala os aguardando.
E assim os três foram para o carro em silêncio, o clima estava definitivamente ruim.
No caminho para o aeroporto, eles trocaram poucas palavras também.
Chegando no local, Jotapê ajudou Nicole com as malas e eles foram para dentro se sentar enquanto não chamavam o voo dela.
Depois de quase uma hora sentados ali, a chamada para o voo da mais nova veio.
— Eu não quero ir. — murmurou com a voz chorosa.
— Vai ficar tudo bem minha filha, em breve nos veremos de novo. — sua mãe disse se levantando.
— Eu te amo. — Nicole disse após se levantar e abraçar sua mãe.
— Eu também, agora vai se despedir do João. — sua mãe sussurrou.
A Menezes mais nova se virou para olha - lo, e quando o olhou começou a chorar, era inevitável não se sentir extremamente triste com aquela despedida.
— Vai ficar tudo bem meu amor, eu prometo dar um jeito da gente se ver. — ele disse a abraçando e logo em seguida beijando sua testa.
— Última chamada para o voo 433. — a voz robótica soou por todo o ambiente.
— Vai, eu prometo que a gente ainda vai se encontrar. — ele disse se separando do abraço.
— Eu te amo. — ela disse e o puxou para um beijo.
Quando se separaram, Nicole teve que sair correndo para não perder o voo, mas não foi antes de o dizer que o amava mais uma vez.
Assim que pisou seus pés no avião e encontrou seu assento, Nicole colocou seus fones de ouvido e desabou de chorar.
O sentimento de tristeza a consumia por inteira, e ela odiava a incerteza que sentia em relação a João Pedro.
Eles eram uma incerteza, não sabiam se iam se ver novamente, e nem se iam dar certo juntos.
Mas ela sentia que precisava parar de pensar negativo e deixar o universo agir.
"Se for pra ser, será" foi isso que ela pensou enquanto limpava suas lágrimas.
E enquanto Nicole decolava para outro país, João Pedro ia embora do aeroporto ao lado da mãe da garota.
— Vai dar tudo certo. — a mais velha disse enquanto ligava o carro.
— Vai sim tia, eu sei que vai. — ele murmurou enquanto deitava sua cabeça na janela.
O amor é difícil, mas quando você ama você ultrapassa todos os desafios e obstáculos.
E Nicole faria isso, ela foi embora com esse pensamento.