Na minha janela havia um sabiá.
Ele não piava, vivia a me espiar
Certa vez, não viera a pousar no parapeito
Daquela varanda meio sem jeitoPreocupada, certa vez o chamei
e sem resposta, lá fiquei
Tamanho afeto, tamanho carinhoPor um simples passarinho!
O que havia de errado?
Passaram-se dias, semanas
E aquela história não me descia a garganta.Chegou a um ponto
Do parapeito sentir-se vazio,
Nem o alpiste fazer mais sentido,
E só me restarem preocupações.Ele não voltaria.
E nada podia-se fazer,
Senão ficar na varanda
À espera de um tal sabiá.
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Palavras Desnudas
PoetryUm compilado de poesias por uma menina apaixonada por rimas. Seja bem-vindo ao meu mundinho! • OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL, plágio é crime! • • Período de escrita • 21/05/16 - 24/08/16 • Posições mais altas no ranking "Poesia" • #15 - Set...