O Fugitivo

[06]

Cellbit chegou em casa e Foolish olhou para ele assustado, aquele sangue todo no corpo e seu rosto com uma expressão triste.

- Que porra é essa?! - perguntou Foolish olhando pra Cellbit assustado e indo até ele - você brigou com alguém?!-

- não.. eu matei alguém.. - falava Cellbit se espreguiçando e indo pro quarto

- de quem é esse sangue? - perguntou Foolish segurando o braço de Cellbit com força e com uma expressão de sério

- de um pedófilo que pensa que é divertido mexer com um garoto 20 anos mais novo que ele - falava Cellbit sério e soltando de Foolish

-oh.. está bem.. - Foolish soltou Cellbit que parecia extremamente abalado ainda

- coloque fogo nessa roupa e tome um banho quente.. - falava Vegetta descendo as escadas

- ok..- falava Cellbit indo para o banheiro

Cellbit tomou um banho, ele ficou na banheira olhando o sangue descer pelo ralo enquanto se sentia culpado por ter abandonado Roier naquele momento tão frágil.

Roier estava tão frágil e Cellbit o abandonou. Ele se sentiu tão idiota por aquilo, naquela noite ele mal dormiu. Mas na verdade nenhum dos dois dormiu bem aquele dia.

De manhã Leo queria levar Cellbit para passear pelo vilarejo, enquanto os dois andavam alguns guardas andavam por ele dando uma informação sobre o falecimento do rei.

- Nesta noite houve o falecimento do nosso rei, ele teve um ataque cardíaco à noite.. e por agora o trono passará para Roier o meio filho do nosso rei - falava um dos guardas e em seguida indo embora

- o Roier vai virar rei? - perguntou Leonarda olhando para Cellbit com uma expressão de animada

- Sim.. pelo o que parece.. - falava Cellbit sorrindo para Leonarda que o arrastou para um loja de doce em seguida

Após comprar alguns doces para Leonarda Cellbit comprou um pirulito para Roier, à noite ele foi na floresta e lá estava Roier, sentado numa pedra com os olhos fechados e a lua clareando sua pele.

Uma visão tão linda para Cellbit. Ver Roier com a luz da Lua e seu capuz caindo suavemente com o vento só fazia Cellbit se apaixonar mais.

Cellbit se aproximou e Roier rapidamente olhou para ele com um sorriso, se levantou e pulou os braços de Cellbit com felicidade, ele parecia alegre, isso fez o coração de Cellbit se encher de alegria.

Um sorriso sutil nos lábios de Cellbit se formou, porém por um segundo sentiu gotas de água molharem sua camisa, ele olhou no rosto de Roier vendo uma expressão de choro e solidão.

Os olhos castanhos em lágrimas com uma expressão inocente e de dor. Cellbit agora estava se sentindo mais culpado por tudo, ele não sabia o que estava havendo ou o que ele fez de errado.

- eu pensei que conseguiria mais eu nem sou dessa família - dizia Roier murmurando palavras sem uma conexão na mente de Cellbit

- Roier o que tá falando.. você é digno disso sim - falava Cellbit segurando Roier com medo de ele se afastar

- eu não sou filho dele.. minha mãe nem sequer tinha sangue real, acha que eu mereço essa vida?! Eu nem sei quem é meu pai! - falou Roier desabafando e desabando em lágrimas e soluços altos

- Guapito.. pelo menos você não precisa sentir esse peso de que seu pai era um abusador ridículo..- falava Cellbit rindo meio sem o que dizer - desculpa.. eu não quero te fazer se sentir mal.. eu só não sei oque dizer.. você ainda é tão novo, viu coisas terríveis e por minha culpa - falava Cellbit sentindo seu coração doer mais e mais a cada soluço de Roier

- você fez bem.. você tentou proteger a mim, isso é o suficiente para mim, pelo menos você fez com que menos sofrimento ficasse - disse Roier olhando para Cellbit e vendo sua expressão de incomodado - obrigada.. você me tirou de perto daquele homem horrível - falava Roier beijando a bochecha de Cellbit, e lentamente seu choro foi indo embora

- eu lhe trouxe um presente - falava Cellbit com um sorriso travesso e entregando o pirulito - uma garotinha adorável me disse que você amava pirulitos de maçã verde - dizia Cellbit piscando

- conhece a Leo? - perguntou Roier animado pegando o doce e encarando cellbit confuso

- Os pais dela são meus leais amigos, e também eles me deixam viver na casa deles.. - disse Cellbit vendo Roier ficar animado

- Você conhece o Foolish?! O apa Vegetta me falou tanto dele.. diz que é um homem maravilhoso - falava Roier animado com a nova descoberta

- apa Vegetta? - perguntou cellbit vendo Roier congelar

- bom.. eu considero ele meu pai, ele se importa mais comigo do que qualquer um- falava Roier meio envergonhado por ter que admitir isso tão de repente

- é solitário não é?..- perguntou cellbit se referindo ao castelo vazio de Roier

- sempre vai ser, sem a Melissa esse lugar vira sem cor. Eu me sinto solitário - disse Roier olhando para o castelo e em seguida olhando para os olhos de Cellbit e sorrindo - você pode morar comigo! -

- fora de cogitação, você é um rei agora e eu sou ainda um fugitivo, não pode garantir minha segurança.. e nem eu a sua - falava Cellbit soltando Roier e se sentando no chão e puxando Roier para sentar ao seu lado

- se eu pedir o Vegetta vem morar comigo? - perguntou Roier vendo Cellbit sorrir

- acho que ele iria gostar de uma vida de luxos e o Foolish vivia dizendo que precisava de uns dias de férias - dizia Cellbit fazendo Roier ficar mais e mais sonhador - você pode fazer o que quiser dentro da lei Roier.. ninguém nunca disse que você não poderia morar com quem te ama - falou Cellbit beijando a testa de Roier com carinho

- bom.. você viria me visitar mesmo assim né?..- perguntou Roier vendo Cellbit ficar paralisado por uns instantes

- Claro! - falava Cellbit sorrindo meio envergonhado e gaguejando, a mentira de Cellbit que contará a si mesmo iria machucá-lo até o fim

A noite os dois conversaram tanto que roier conseguiu ver o sol nascer ao lado de Cellbit. Roier estava sentado no colo de Cellbit fazendo carinho e mexendo nas orelhas sensíveis de Cellbit.

- Gatinho.. é tão fofo - falava Roier Fazendo carinho na cabeça de Cellbit que ronronava alto

- u-uh.. Roier não acha que já está bom de carinho por hoje? - perguntou Cellbit meio envergonhado e gaguejando com o rosto avermelhado

- tão fofinho - falava Roier perdido no carinho que fazia no loiro que sentia seu coração se acelerar

As bochechas avermelhadas de Cellbit e o coração acelerado, junto do ronronar alto. Isso tudo deixava Roier tão feliz para brincar mais com aquele gato gigante.

Roier olhou para Cellbit por um instante. Cellbit enterrou a cabeça no pescoço de Roier com vergonha das suas bochechas avermelhadas.

A cada segundo que passava os dois estavam criando mais e mais intimidade, até onde isso tudo iria?