Roier acabou dormindo no colo de Cellbit. O gatinho estava envergonhado e ouvia alguns sussurros de Roier, aqueles murmúrios baixinhos fizeram Cellbit congelar de tanta vergonha. A presença de Roier, assim como os pequenos sons que ele fazia enquanto dormia, despertava uma sensação inexplicável em Cellbit.
O loiro tentou retomar a coragem. Levantou-se cuidadosamente, pegou Roier no colo e, com cuidado, o carregou. Eram por volta das oito horas da manhã. Cellbit levou Roier pelas sombras do Castelo, onde a luz do sol começava a penetrar suavemente através das janelas antigas. Quando finalmente chegaram ao quarto de Roier, Cellbit o colocou na cama com delicadeza.
Sobre a cama, havia um pequeno ursinho, levemente surrado de tão velho, mas ainda adorável, marrom claro com olhinhos de botão. Após colocar Roier na cama, Cellbit gentilmente posicionou o ursinho ao lado dele e o cobriu com o cobertor. O gesto era terno, um reflexo da consideração que ele tinha por Roier.
Enquanto Cellbit se preparava para sair pela janela, Roier sussurrou algo que fez seu coração derreter. Mesmo sendo apenas murmúrios, eram doces demais para ele ignorar.
— Gatinho... meu... é meu só meu... — sussurrou Roier, de forma quase inaudível. Os olhos de Cellbit piscaram muitas vezes, incapaz de acreditar no que acabara de ouvir. A ternura das palavras e o carinho que elas transmitiam tocaram profundamente seu coração.
Cellbit saiu pela janela, com as palavras de Roier ecoando em sua mente. Ele caminhou pela floresta, pensativo e apaixonado, com o coração acelerado. Quando chegou em casa, Foolish o observou com uma expressão confusa ao notar a cauda de Cellbit balançando suavemente e com uma vibração visível de animação. Era óbvio que ele estava animado.
Antes que pudesse subir para o segundo andar, Foolish o deteve, de braços cruzados e um sorriso no rosto. Ele levou Cellbit até a mesa do bar, aproveitando o fato de que ele não abriria a loja naquele dia. Cellbit se sentou e olhou para Foolish, que lhe ofereceu um drink.
— Me fala... — começou Foolish, olhando nos olhos de Cellbit com uma expressão curiosa. — Você parece animado. Alguém te beijou? Ou você está apaixonado? — Foolish foi direto com suas perguntas, e Cellbit ficou sem escapatória.
— Não... quer dizer... foi... mas não exatamente — falava Cellbit, com as bochechas avermelhadas de vergonha.
— Onde esteve ontem à noite? — perguntou Vegetta, olhando preocupado para Cellbit. Cellbit abaixou a cabeça, hesitante.
— Eu... e Roier... — falou baixinho, e Vegetta ficou corado, imaginando cenários indesejados. Cellbit rapidamente olhou para Vegetta, negando.
— Nós dois só passamos a noite juntos conversando! Nada demais! — Cellbit explicou, envergonhado, parecendo que tinha feito mais do que realmente ocorreu.
— Mas tá com cara de quem transou com ele... — falou Foolish, rindo baixinho, e Vegetta concordou com um aceno rápido. Cellbit, agora corado como um tomate, não sabia como se defender.
— Chega desse papo estranho — Cellbit murmurou, virando o drink de um gole só antes de subir para o segundo andar e descansar. Finalmente, ele pode relaxar após a noite tranquila que teve com Roier.
![](https://img.wattpad.com/cover/358887414-288-k427058.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Fugitivo
RomanceUm prisioneiro fugiu da prisão e agora está no reino dos mexicanos/espanhóis. O príncipe Roier acabou se apaixonando a primeira vista pelo prisioneiro.