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Passos discretos foram audíveis atrás dos jovens, enquanto a rainha permanecia na retaguarda. Brevemente, eles olharam para trás e seguiram em direção aos aposentos de Daelyra. Rhanyera experimentava uma intensa sensação de raiva que consumia seu ser, a ponto de conter suas lágrimas, enquanto Daemon ainda se sentia desconfortável com a recém lembrança da espada que estivera próxima ao seu pescoço. O casal observava imóvel a mãe, o filho e a afilhada caminhando juntos, a quem olhasse e conhecesse poderiam ser as piores pessoas a se terem naquela fortaleza.

A criança resmungou ao sangue seco, ela estava faminta.

- Qual o nome dado? - Perguntou cruzando os braços.

- Daenerys II Targaryen. - Respondeu olhando fascinada para a criança.

Daelyra achava incrível a coloração platinada dos Targaryen, e se perguntava aos Sete frequentemente por que não fora abençoada com a mesma condição.

- Mãe, como vamos alimentar a criança? Não podemos servir leite de um cadáver - Perguntou finalmente o príncipe.

- Alguma ama ou bastarda que tenha tido um filho recentemente vai ter que se dar ao desejo de alimentá-la querido - Respondeu a verde.

- Não quero que outra mulher crie laços com minha filha, vossa graça. - Contestou Aegon surpreendendo as mulheres.

- É o que temos ultimamente como opção, Aegon. A criança morrerá de fome. - Rebateu vendo a criança ainda resmungando na cama grande da princesa.

O príncipe já não via mais tanta escolha, mas também não concordou com a dívida que poderia vir mais a frente.

- Não. Tentem um jeito de extrair o leite de Rosalind! Daenerys não tocará outro corpo a não ser o de minha esposa. - Afirmou.

Minha esposa.

Daelyra estava nitidamente a meio termo, não odiava ser sua futura esposa, mas também não acreditava que seu amor poderia ser recíproco.

Como futuro rei, a rainha não viu escolha a não ser aceitar suas ordens. Ela se sentia orgulhosa por finalmente Aegon tomar um rumo em seu reinado, mas sabia que seu rumo levaria à decadência de King's Landing e uma guerra se iniciaria em pouco tempo.

Ela sorriu com seus olhos falsamente felizes e saiu atrás de algum meistre para poder ajudar na escolha do futuro rei.

Aegon se aproximou da menina que brincava com suas próprias mãos minúsculas e gordinhas, ele sorriu e se agachou à frente do pequeno corpo.

O rapaz segurou a pequena mão com o dedo e reparou nos olhos azuis com pequenos traços violetas nas bordas, ele sorriu com tamanho amor.

Ele grudou à sua testa a menina e sussurrou.

- Eu vou cuidar de você, minha filha. -

Ele jurou a si que cuidaria daquela menina como nunca cuidou dele mesmo. Ele brevemente olhou para Daelyra e se guiou até a morena.

Ele segurou as mãos finas da outra, a mulher até tentou recuar, mas seu aperto era mais forte, impedindo qualquer movimento da noiva.

- Eu prometo cuidar de você também... - Prometeu olhando entre os olhos e a boca de Daelyra.

- Você já prometeu isso, e acho que não preciso dizer a resposta, Aegon. - Sussurrou.

- Dae... Por favor... - Sussurrou de volta enquanto se aproximava mais e mais da mulher, ele tentou tocar seus lábios, mas uma tentativa falha.

- Aegon... Não... - Afastou seu rosto.

Mas o rapaz era mais insistente do que Daelyra conseguia se lembrar, mas por respeito a noiva se afastou vencido e cansado.

𝗧𝗛𝗘 𝗩𝗔𝗟𝗬𝗥𝗜𝗔𝗡 𝗗𝗘𝗩𝗜𝗟 - 𝗔𝗘𝗚𝗢𝗡 𝗜𝗜 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora