𝗧𝗛𝗘 𝗩𝗔𝗟𝗬𝗥𝗜𝗔𝗡 𝗗𝗘𝗩𝗜𝗟 - 𝗔𝗘𝗚𝗢𝗡 𝗜𝗜 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡

01

Já refletiu sobre a possibilidade de não pertencer à própria família? Esta era uma inquietação que afligia Daelyra desde os seus treze anos, época em que tudo parecia desmoronar diariamente. E, de fato, desmoronou. Seu meio-irmão perdeu um olho, sua irmã foi para Dragonstones, e a partir desse ponto, tudo pareceu mergulhar em sombras. Seu pai definhava a cada dia, e a jovem parecia quase inexistir perante seus irmãos. Heleana era a única considerada verdadeira irmã da princesa Daelyra, e as duas tornaram-se inseparáveis. Helaena poderia não compreender plenamente a irmã mais velha, mas esta última compreendia bem a caçula. Sentiam-se completamente ignoradas. Tal era o sentimento compartilhado entre elas.

Inegável é que ambas contavam com seus protetores: Aemond protegia Helaena com unhas e dentes, enquanto Aegon estava presente apenas para afirmar seu apoio à irmã. O defeito do meio-irmão jamais incomodara Daelyra, pois aprendera a se defender por conta própria.

Entretanto, passou a incomodá-la quando percebeu o olhar de Aegon direcionado a ela de forma diferente em certos eventos familiares, culminando em um momento de mútua entrega durante o funeral de Laena Velaryon, quando ambos se encontravam visivelmente embriagados e por pouco não foram surpreendidos pelo Ser. Criston que patrulhava o castelo em busca do príncipe e da princesa.

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As costas de Daelyra eram machucadas na rocha em que estava apoiada, enquanto Aegon se movimentava de forma mediana, lento para apreciar e rápido para de alguma forma lhe trazer mais prazer.

- Aegon... - Gemeu baixo.

A adrenalina que o meio-irmão lhe causava fazia a morena ansiar por mais e mais a cada estocada bruta. Aegon não ficava de fora quando se tratava de gemidos, parecia até mesmo que estavam em uma competição.

- Shhh! - Colocou o dedo na boca de Daelyra que se contorceu mais jogando a cabeça em direção a parede quando sentiu o ápice formigando toda a sua intimidade.

Aegon parecia ter sido atingido igualmente, já que beijou a meia-irmã com brutalidade e bateu suas mãos fortemente na rocha.

Os dois naquele ponto pareciam tão experientes que poderiam causar inveja em muito adulto que os vissem.

- Príncipe Aegon! Princesa Daelyra! - A voz do Cole ecoou por todo mar. E aquilo apreciou e apressou o orgasmo dos jovens que não tiveram tanta escolha e se vestiram rapidamente e correram para uma parte aleatória do mar. - Onde é que vocês estavam? - O moreno disse assim que chegou perto dos jovens.

- Eu estava pegando conchas Ser. Criston e Aegon veio atrás para me proteger. - O homem parecia ter acreditado naquela bela desculpa e levou os jovens novamente para a proteção.

E horas depois, Aemond perderá seu olho.

- ONDE É QUE VOCÊS ESTAVAM? - Gritou Alicent ao filho e a afilhada. E obviamente os dois não responderam, o que causou muita raiva na ruiva, essa que fortaleceu um tapa do rosto de Aegon. E quando ela pensou em fazer o mesmo na morena:

- Não pense em encostar um dedo nela, Alicent. - Ordenou Daemon. Ela abaixou as mãos e começou a discutir com seu marido.

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E tal situação perdurou até os dezesseis anos de ambos, quando decidiram encerrar o relacionamento para evitar que Alicent não os descobrisse.

Alicent Hightower.

Uma mãe exemplar, inclusive para Daelyra, que a tinha em alta consideração. A princesa compreendia o modo como Alicent cuidava dos filhos, inclusive dela própria, após a morte de Aemma. Daelyra reconhecia quão desafiador era para uma jovem amadurecer rapidamente para gerar herdeiros para o rei de forma contínua, tendo que desenvolver-se precocemente para servir de bom exemplo aos filhos.