put you on repeat (play you everywhere i go) | l.s

2 ; i've got your face hung up high in a gallery.

"Um girassol nos teus cabelos
Batom vermelho, girassol
Moreno, flor do desejo
Há teu cheiro em meu lençol"

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Sob a luz errante, as peles se encontravam, como buscando se fundir. As mãos do mais alto pousaram sobre os quadris do outro, marcando a superfície bronzeada e arrepiada diante de todas as sensações, desde os beijos desejosos até o jeito como ele o agarrava forte, como se conhecesse cada um dos seus detalhes. Porque, ah, sim, ele conhecia. Sabia cada movimento que devia tomar para levar o dono daquele corpo pecaminoso a conhecer o céu pelos caminhos que os levariam ao inferno; não parecia disposto a parar, entretanto, agora que seus dedos estavam tocando o epítome da perfeição absoluta.

Não pararia porque simplesmente não conseguiria. Não quando o tinha sobre suas coxas e buscando cada vez mais atrito como se fosse necessário, rebolando sobre seu pau como se tivesse energia para o fazer pelos próximos mil anos. E, mesmo após esse tempo, ele ainda soluçaria quando Styles o domasse completamente para recebê-lo cada vez mais fundo; envolvendo sua cintura com um de seus braços fortes, enquanto tinha sua mão apertando seu pescoço contra seu ombro para ter quanta liberdade quisesse para fodê-lo, usá-lo, destruí-lo.

As mãos pequenas ainda fincavam-se sobre os seus dedos, como um pedido para que não parasse, não parasse nunca, já que sua boca estava mais ocupada deixando escapar resmungos baixinhos e manhosos, que estavam em algum lugar entre a dor que se alastrava pela sua pele vermelha a cada choque dos seus corpos e o prazer pela foda bruta do jeito que ele gostava.

Certamente, a rua inteira conseguia ouvi-los a esse ponto, mas Harry era o último a se importar. Principalmente quando ele estava beijando atrás de sua orelha, mordendo sua nuca e marcando seu corpo por inteiro, sendo estimulado ao descontrole por dominar o outro.

Sabendo que estava perto de liberar-se, largou sua cintura para fixar seus quadris juntos, fazendo com que o corpo pequeno se sentasse em suas coxas. Enquanto enchia-o, Harry sussurrou em seu ouvido:

— Eu te amo... te amo tanto — e a palavra que veio em seguida foi arrastada, suave, em um paradoxal contraste que combinava com aquele momento, acompanhada de um beijo em sua têmpora — Louis.

▪︎☆▪︎

Com a mente confusa e sua roupa íntima pegajosa. Foi assim que Harry acordou naquela manhã, olhando para o lado e deslizando o dedo sobre a tela do celular para desligar o alarme. Inferno.

Era apenas mais um sonho erótico de um jovem, não? Harry queria que fosse. Só que, naquele dia, sua mente resolveu pregar-lhe uma grande peça e envolver Louis, alguém doce e inocente demais para ser envolvido nisso.

Ele queria mesmo que fosse só um sonho? Se perguntava, enquanto sentia a água lavar seu corpo. A lembrança do que vira há algum tempo atrás ainda o chocava, e olhar para Louis não era mais o mesmo; olhar para Louis tornou-se querer protegê-lo, envolvê-lo, adorá-lo. Como seu lindo girassol, de pele dourada e lábios vermelhos como cerejas.

Harry estava longe de um príncipe encantado, Louis era mais bonito que a Cinderela e uma tatuagem não poderia ser comparada a um sapatinho de cristal, mas o cacheado havia procurado por aquela marcação em formato de J em todos os corpos. Queria depositar todos os beijos sobre ela, declarar-se e dizer o quanto havia esperado pelo momento em que estaria frente a frente com o dono de seu amor.

Mas, para sua decepção, Louis apenas se afastou de seu toque, confuso pelo olhar cortante que Styles o direcionava. É claro, ele não sabia que Harry sabia e o último não fazia ideia de como abordar o assunto sem soar como um total esquisito.