Capítulo 13 - Sutileza

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Após um longo beijo no estacionamento do aeroporto, Silvia se despede de Vitor, que lança aquele sorriso, e nem consegue acreditar que finalmente conseguiu sair dos braços daquele monumento envolvente. Estava anestesiada, passando os dedos nos lábios sentindo o toque sedoso depois de serem lubrificados com aquela demonstração de beijo. 

Subiu as escadas do aeroporto e foi direto para a sala do embarque. Olhou para todas as cadeiras na espera, e nada do Jorge. Será que ele não vem? Pensou preocupada, afinal ele não tinha o perfil de quem perde algum compromisso, mas pensando bem... O que ela realmente conhecia dele? Já tinha perdido outo compromisso importante, esse era somente mais um.

Começou a chamada para o embarque... Blim bom! Senhores passageiros, prestem atenção, essa é a chamada para o voo LATIM 239 com destino a Belo Horizonte - aeroporto de Pampulha, dentro de instantes estaremos iniciando o embarque. Blim blom! Senhores passageiros que forem prioridades, gestantes, idosos, passageiros com criança de colo, ... Formem fila na lateral, mantenham o ticket e documentos com foto em mãos. Silvia olhava o relógio e não acreditava que ele não iria aparecer. Começou a pensar, gente o que aconteceu? Começou a esquecer o toque sedoso que estava no lábio e de preocupação, começou a morde lo, até deixar uma marquinha dos seus dentes, a leve dor a fez voltar aos pensamentos. Será que isso e para me evitar, afinal a ultima reunião só não foi desastrosa por causa do Vitor. E voltou a morder o lábio inferior, pensando no que poderia ter acontecido com o seu companheiro de viagem pois ainda não tinha aparecido. Três minutos se passaram chamada no auto falante novamente, passageiros do voo LATIM 239 d do grupo 1, formem a fila, mantinham ticket e documentos com foto em mãos. Bem, agora já não tinha mais tempo para se preocupar com ele, afinal a chamada era do grupo dela, já estava chamando pela segunda vez, levantou, e começou a ficar aliviada para entrar no avião. O "pavor" de Silvia já estava passando. Silvia pensou... Já estou mais que acostumada a conduzir palestras e mesas redondas sozinha... Começou a pensar que ele iria atrapalhar. Sorriu para o horizonte e agradeceu por ele não ter aparecido. E finalmente entrou na aeronave. Se acomodou em sua cadeira, colocou os cintos de segurança, desligou o celular, pois não queria ser incomodada nesse momento, afinal iria aproveitar para relaxar, respirou fundo, abriu a bolsa pegou um relaxante e engoliu "guela" abaixo, no seco, queria ficar sossegada, então fechou os olhos e em 5 minutos já estava na escuridão da terra dos sonhos.

Tripulação, preparar para o pouso. Estamos a 5 minutos do aeroporto de Pampulha, o tempo está fechado, com muitas nuvens, chuva intensa, e a temperatura local e de 20ºC, mas faremos um pouso tranquilo. Por gentileza não tirem os cintos mesmo que luz do painel se apague. Mantenham sentados durante o pouso. Silvia despertou do sono pesado, ouviu a mensagem do piloto, mas estava com preguiça de abrir os olhos, pensou, já! Nossa não deu tempo de descansar. Passou a mão nos lábios e sentiu a leve dor incomodar, e lembrou das mordiscadas que deu por estar preocupada com o seu companheiro de viagem que não tinha aparecido... Quando colocou o braço no encosto da poltrona sentiu um calor familiar tocar a sua mão. Sem se mexer, abriu lentamente os olhos e se deparou com um sorriso seco de Jorge, mas não se incomodou de tirar a mão, apenas deixou e ficou encarando aqueles olhos de mistério, e pensou, o que vou fazer agora?

Desembarcaram sem trocar nenhuma palavra, mas o calor da mão de Jorge ainda deixava o rastro quente na sua pele. Olharam o painel para o próximo voo, e nada. Todos voos haviam sido cancelados ou remarcados por causa da chuva forte, como dizia no auto falante, não tinha teto para decolagem. Finalmente, depois de minutos paralisados e incomodado pelo silencio que cortava o ar pesado do saguão do aeroporto, Jorge decide falar: - O que vamos fazer? Já avisei a organização do evento o que está acontecendo, e eles transferiram nossa palestra para a amanhã, mas não tem condições da gente ficar no aeroporto esperando. Acho melhor procurar um lugar para ficar. Silvia simplesmente balança a cabeça e começa a procurar hotel perto do aeroporto. Tentou, um... sem vaga, tentou outro... sem vaga, tentou o terceiro.... nada, seu dedo frenético, e desesperado não parava de procurar. Todos estavam ocupados, com os voos cancelados, os hotéis ficaram cheios e eles demoraram a decidir, portanto, ficaram sem um local perto do aeroporto para passar a noite. Bem o que fazer? Isso essa pergunta, fazia a cabeça de Silvia ficar quente, e começou no momento de desespero ou desesperança, Silvia começou a rir freneticamente, descontroladamente, até que a barreira da gargalhada foi quebrada pela pergunta do Jorge com o olhar reprovador em relação aquele comportamento. 

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⏰ Última atualização: Mar 27 ⏰

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