Aquele das provocações

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Pov: Wanda Maximoff

Eu estava no carro de Natasha, entramos nele e ela deu partida, só perguntou em que lado da cidade eu morava.

Não entendi o que aconteceu, para qual caminho nossa conversa estava indo e nem o que o Diretor possa ter falado que fez ela me expulsar da escola.

- Não vamos falar do que aconteceu? - eu quebrei o silêncio.

- O que aconteceu?

Eu a encarei tentando entender se ela se fingia de sonsa ou realmente era uma, mas aquela mulher era inteligente e sabia ter o controle das coisas. Então, eu entendi que com ela não teria as respostas tão facilmente.

- O que Fury disse pra você?

- Ele apenas disse que não devíamos ficar até tarde da escola.

- Tarde? Não são nem 18h ainda.

- Sabe como esse povo mais velho é, né...

- Natasha. - ela me encarou, e seus olhos verdes brilharam com o pôr do Sol.

- Ele disse que estávamos muito perto, queria entender o que estava acontecendo. - ela disse voltando a atenção para a rua.

- E o que estava acontecendo? - pergunta perigosa.

- Ué, nada.

- Nada?

- É.

- Você deve se fingir mesmo. - eu disse me movendo no banco, prestando atenção na janela.

- Como?

- Nada, Senhorita Romanoff.

- Não seja uma criança, Wanda.

- Criança? - eu me virei para ela - Me acha uma criança?

- Quando você faz esse biquinho aí? Sim, acho.

- Eu não faço biquinho!

- Faz sim, sempre que as coisas não são como você quer, é até fofinho.

- Eu não faço biquinho!

- Você segue bem a carreira de atriz. - disse abrindo um sorriso.

- Eu não faria biquinho se você parasse de mentir.

- E sobre o que estou mentindo, biquinho?

- Não me chama assim, e você sabe.

- Não, não sei... - eu me recusei a responder, e Natasha pelo visto não gostou, pois parou o carro e se virou para mim.

- Ainda falta umas ruas.

- Eu sei, mas temos que passar isso à limpo.

- Achei que fosse nada.

- Isso! Não é nada e eu quero deixar claro que não é nada.

- Tá forçando a barra. - eu disse agora olhando pra ela, me ajeitei no banco e aproximei meu rosto do dela. Talvez eu esteja gostando de fazê-la morder seus lábios quando eu me aproximo - Mas já que insiste. Ce n'est rien, professeur (Não é nada, professora).

Natasha guiou seus olhos aos meus lábios no seu idioma tão familiar, me encarando de novo e voltando ao volante. Ela seguiu o caminho até minha casa, mas não trocamos mais palavras.

》❈《

Entrei em casa sendo recebida por Amy com uma bola de pelos, conhecida como Félix, em seus braços.

Mon Cher Professeur ࿐ WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora