04. À Deriva na Estrada

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ㅤA van avançava pela estrada. No interior do veículo, todos estavam preocupados com o estado do braço de Sonny, que ainda sangrava, marcando o tecido da camisa com manchas vermelhas. Ana olhava para Sonny angustiada, Julie mordia o lábio inferior nervosamente, enquanto Leland mantinha um olhar fixo na estrada à frente, embora sua expressão séria denotava a gravidade da situação. Connie, visivelmente preocupada, decidiu verificar o ferimento. Com cuidado, ela se aproximou dele, examinando-o com atenção e expressando sua preocupação com gestos delicados.

ㅤ— Ah, meu Deus... — Sonny continua gemendo de dor, segurando seu braço.

ㅤ— O corte foi muito fundo? — Ana pergunta preocupada, olhando as gotas de sangue que vazam da mão do garoto.

ㅤ— A ferida foi profunda, mas pelo menos não parece ter atingido nenhum osso. — Connie responde, verificando o corte. — Precisamos parar em algum lugar para limpar e fazer um curativo.

ㅤ— Que droga! Nunca devíamos ter dado carona para aquele maluco. — Julie geme angustiada.

ㅤ— Foi uma ideia idiota mesmo, mas como íamos saber que aquele cara era maluco? — Leland ainda olhava para a estrada. — Agora precisamos focar em cuidar do Sonny.

   — Será que aquele posto que ele tinha falado é por aqui? — Ana pergunta, lembrando da informação que o mochileiro tinha passado. — Lá deve ter alguém para ajudar.

ㅤ— E almoço também. — Sonny acrescenta, já que a dor da ferida não disfarça sua fome.

ㅤA van prosseguiu pela estrada poeirenta por mais alguns metros até se deparar com um posto de gasolina à beira da estrada. O posto era uma estrutura velha e precária, com uma placa enferrujada pendurada, indicando o preço da gasolina. As bombas de combustível estavam tão enferrujadas que pareciam não ser utilizadas há anos. A casa do posto estava descascado e a pintura desbotada, com telhas sendo utilizadas como telhado, e portas rangendo ao vento. O posto ainda estava em funcionamento, mas a atmosfera geral era sombria e desolada.

ㅤ— Pronto. — Leland diz enquanto diminuí gradualmente a velocidade da van. — Achamos o tal posto, inclusive precisamos abastecer.

ㅤ— Finalmente! Estou morta de fome. — Julie comemora.

ㅤLeland reduziu a velocidade da van e estacionou ao lado das bombas de gasolina. Um homem de idade avançada emergiu da sombra do posto, seus passos lentos e cansados em direção a van indicavam os anos de vida que ele carregava. Ele tinha cabelos escassos, um pouco calvo no topo da cabeça, e vestia uma camiseta de gola branca já desgastada pelo tempo, combinada com um cinto marrom e uma calça cinza. Seu rosto enrugado expressava um ar de curiosidade misturado com uma leve desconfiança.

ㅤ— Como estão? — o velho pergunta, encarando todos pela janela. — No que posso ajudar?

ㅤ— Boa tarde, senhor. — Ana o cumprimenta. — Por acaso você teria alguns curativos sobrando por aí? Nosso amigo se cortou feio no braço.

ㅤ— Curativos? Eu acho que tenho uma caixa guardada lá dentro. — o senhor responde.

ㅤ— Ótimo. Podemos ir lá? — Connie pergunta aliviada, enquanto tenta limpar o braço de Sonny cheio de sangue.

ㅤ— Podem ficar a vontade. — o senhor responde gentilmente. — Eu os levo até lá.

ㅤLeland olha para o painel do veículo e nota que o indicador de combustível está quase no final, indicando que estão com pouca gasolina.

ㅤ— Enquanto isso, poderia encher o tanque? — Leland pergunta. — Agora que eu notei que estamos na reserva.

ㅤ— Ah, eu sinto muito. Não tenho gasolina.

The Texas Chain Saw Massacre Onde histórias criam vida. Descubra agora