Geleia de frutas vermelhas

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Oii, gente, eu sei que a última vez que eu apareci o Twice ainda estava aqui na sua terra natal Brasil com S (ainda não acredito que vi a Mina ao vivo com aqueles cabelos lindos sedosos enormes........) mas este capítulo tem SETE MIL PALAVRAS então quero ver comentários quero aplausos altos senão eu surto de novo e apago Camélias – não vou não. Esse capítulo está muito bom e merece ser ovacionado.

(Michaeng dando seus primeiros suspiros de vida).

E ESTAMOS DE CARA NOVA!!!
A querida da minha melhor amiga, parceira de fila de show e dupla para ficar sem voz quando a Jihyo aparecia laumoow  me presenteou com essa linda magnífica e sensacional capa nova pra Camélias no Inverno (mesmo eu insistindo em pagar). O trabalho dela é maravilhoso como podem ver, acompanhem tudo no perfil do Instagram dela @laumo_ow! ( E @rayssamonteiropr se quiserem me acompanhar lá também!). Muito obrigada por tudo, irmã!

Esses dias estava vendo alguns tweets que vocês fizeram sobre a fanfic e fiquei tão mexida 💔, fico feliz que seja tão importante pra vocês quanto pra mim. Já compararam até com Dickinson... DICKINSON!

Enfim, borboletinhas, curtam bastante esse capítulo!

🩰

Myoui Mina, quinze de dezembro de 1956.

Eu estou me apegando à Inglaterra mais do que deveria.

Isso significa que não sei mais como não acordar todos os dias e ajudar Alice no preparo do café da manhã aprendendo receitas que eu nunca aprenderia sozinha, sair pelas ruas movimentadas do centro de Kensington ou ficar conversando sobre o novo capítulo da novela com Miso. A questão é que a vontade de voltar para casa já não é a mesma de antes e nem mesmo sei se ela ainda existe.

Ou pelo menos o que algum dia eu pude chamar de casa.

É complicado porque sei que uma hora eu vou ter que voltar a morar com a mamãe, o que, de certa forma, me deixa apavorada. Uma coisa é você viver em um ambiente ruim e só ter essa opção para se contentar, mas depois de experimentar o extraordinário, o caloroso, é difícil voltar para o que sempre fora tão gelado.

Aqui nessa cidade sinto um conforto imensurável, não só quando sinto o cheiro de avelã torrada no fim da tarde ou quando Sana e Momo vêm em casa e ficamos comendo besteiras e fofocando alto sobre as meninas do balé até tarde da noite, mas são justamente nesses momentos que me lembro que aqui é um lar, um bom lar. Sem contar que todos os nossos momentos em "família" são bem mais alegres do que qualquer interação que já tive em Paris, somos só quatro nessa enorme casa, não contando com as demais funcionárias que vão embora após o expediente. Miso me trata como uma irmã mais nova mesmo sendo minha madrinha e Hector é quase como um pai, tão rabugento que chega a ser engraçado, caladão, diferente de Alice que o tempo todo está tagarelando me dando incentivo pra falar mais dentro da casa. Essa união faz eu me sentir bem de uma maneira da qual eu nunca me senti estando com a minha família de sangue.

Muitas coisas me prendem emocionalmente nesse país, incluindo o balé.

Apesar da Legacy não ser nem de longe o melhor lugar em que treinei e a senhora Minatozaki ser uma péssima professora, as poucas memórias que já construí aqui me impedem de querer voltar tão cedo para a rigidez do balé clássico no meu país de origem. Ter meu potencial como bailarina valorizado, apesar de tudo, é uma grande felicidade para mim e sei que posso mostrar do que sou capaz com as meninas ao meu lado.

Camélias no Inverno - Michaeng | Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora