Estava eu andando pela floresta como sempre faço, com tudo pronto, o cercado de meu alce já estava pronto e tínhamos saido.
Avistamos homens esquisitos andando, dois com uma tocha segurando e no meio de todos aqueles homens havia um homem que chamava atenção.
Sua aparência era velha, um olho com uma cicatriz que aparentava ser de algum rasgo que ele fez, sua barba grande com 3 tranças e seu cabelo grande e encaracolado chamava bastante minha atenção.
Não sabia o que eles estavam fazendo ou queriam fazer, entrei na floresta com medo e fiquei até a noite.
Percebi que meu alce estava muito esquisito, se mexendo muito, até que percebi seus chifres lentamente diminuindo e ele diminuindo, e em quase um piscar de olhos... Boom! Ele tinha virado um humano real! Com chifres de Alce. Ele era muito mais alto que eu, seus cabelos era um tom de marrom meio escuro e eram grandes, estavam presos, seus olhos era uma cor azul pastel claro muito chamativo, sua pele era extremamente branca, como se fosse um boneco de neve, e sim, ele tinha um rabinho.
Estava espantado, como? Por que? Essas perguntas não paravam de passar por minha cabeça.
Até eu ouvir aquela voz meio rouca e de jovem ao mesmo tempo falar
-Eles.... vão destruir o vilarejo!!! Precisamos impedir!!!!!!!!
Então, duvidando dele logo perguntei
-Como sabe disso??
E ele nervoso e parecendo estar com pressa falou
-Eu sou um ancestral!! Seu idiota!!! Eu já tive que lidar com eles em uma guerra pela vida da minha antiga vila!!!!!!! Agora sem tantas perguntas, precisamos ser rápidos!!! Vou me transformar no alce de novo e vamos pro vilarejo!!!!Confuso e meio nervoso, afirmei com a cabeça e vi ele se transformar naquela animal gigantesco novamente. Subi em suas costas e fomos rapidamente para o vilarejo.
Chegando lá vi quase todas as cabanas queimadas, e alguns tentando lutar com aqueles homens, era uma cena de tristeza e terror, aquele local já não era mais o mesmo, sabemos que nunca mais ele será o mesmo.
Apesar de tudo, a única coisa que veio a minha mente foi
-MAMÃE!!corri rapidamente como um pequeno inseto foge de uma grande aranha, e quando cheguei na minha cabana... Não pude acreditar no que vi.... Minha mãe estava gritando por ajuda, estava sendo queimada em chamas por um homem que gritava e a chamava de "bruxa".
A fúria me deixou submisso e como um monstro entrei naquela cabana, soquei tanto aquele homem que foi como se ele tivesse feito uma plástica que não ocorreu com êxito.
Estava tão irritado que mesmo o homem sendo mais alto e mais forte que eu, que era apenas um jovem de 17 anos e ele aparentava já estar na casa dos 47, consegui derruba-lo em um local com madeira, peguei aquela tocha maldita dele e taquei em ele mesmo.
Minha mãe tossia e gritava com uma voz rouca
-PARE!!! PARE!!! ONDE ESTÁ MEU FILHO?!
com lágrimas nos olhos percebi o que eu fiz.
Peguei minha mãe no colo rapidamente e a levei pra fora e a levei para um local mais seguro onde eu conhecia bem que era dentro da floresta. Chamei o meu alce e a levamos.Ela olhou a gente com os olhos brilhando e com lágrimas e falou
-Meu filho, está na minha hora, cuidei de você com todo meu amor, e peço que este alce que com certeza vai te acompanhar cuide de você como eu cuideiCom os olhos quase fechando ela disse suas últimas palavras
-Alce, te dou meu filho, e filho, eu te perdôo por tudo que você já fez, eu te am-
Não conseguiu completar sua frase, pois por eu quase nunca estar em casa não conseguia cuidar da saúde dela, e havia me esquecido totalmente da doença dela, que já estava bem elevada, e a fumaça que ela sentiu e o fogo tocando em sua pele tão branca, a deixou em seus prantos.Sim irmãos, minha mãe foi a óbito naquele momento. Chorei até amanhecer abraçando seu cadáver já sem vida.
O grande alce me consolava, quando amanheceu e vi que os homens ruins já haviam ido embora levei minha mãe nos braços até sua cabana, fui até o jardim e coloquei ela sobre a terra, e com uma velha pá que ainda não havia sido queimada, fiz um buraco lá mesmo e a enterrei.
Era muito triste, voltei a floresta pra me reconciliar. E por fim eu fui até o jardim antigo onde minha infância estava guardada e peguei a última rosa branca que ainda não tinha se queimado em chamas ou murchado. Coloquei sobre o túmulo de minha querida e amada mãe para que ela nunca se esquecesse dos momentos que passamos juntos. Desabei a chorar lá mesmo. Minhas lágrimas caiam sobre a terra que ficou molhada do túmulo de minha mãe. O grande alce já estava em sua forma humana, me abraçando e me consolando ele falou para eu entrar na cabana. Entrei dentro da cabana antiga onde ainda haviam fotos e coisas antigas da minha infância e peguei tudo que havia naquele antigo local tão lembrado por mim, coloquei tudo que pude em minha grande mochila e dormi lá, ainda fiquei uma semana para me lembrar o quão bom era estar naquele local tão lembrado que estava muito destruído por culpa dos ataques que tiveram o no vilarejo. Até que durante uma semana vi que uma pequena planta havia crescido na terra do túmulo de minha mãe, era uma rosa também branca, muito mais linda do que qualquer rosa que se possa imaginar, peguei ela mesmo pensando que ela iria murchar e fui embora daquela tão boa cabana aonde já fui abrigado um dia. Depois de 4 semanas andando com aquela linda rosa dentro de um vidro que havia achado, percebi que ela não murchava de maneira alguma, então deixei ela dentro de minha mochila.
E então o alce, para que eu pudesse reconhecer ele, me disse seu nome.
Takeru.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A última das Rosas brancas
Mystery / ThrillerUma história de drama e suspense. Daqui você terá muitos sorrisos e algumas lágrimas Sobre um garoto que dês de sempre amou rosas, principalmente brancas, e a história de seu tataravô, que foi um samurai, e seus ancestrais...🌟