O Contrato Esquecido

Capítulo 18

Quase dois meses após o início do novo ano letivo, Dumbledore se viu mergulhado na papelada, quando tudo o que ele realmente queria era encontrar e destruir todas as horcruxes de Lord Voldemort de uma vez por todas. Já se passaram quase quatro meses desde que ele encontrou o anel e o medalhão que agora estavam guardados em um cofre escondido em seu escritório, junto com os restos do diário de Tom Servolo Riddle. Mas ele ainda não estava mais perto de encontrar os outros. Dumbledore estava começando a pensar que seria uma boa ideia destruir aqueles que estavam em sua posse. Pelo menos então algum progresso teria sido feito.

Dumbledore suspirou cansado enquanto começava a pensar em horcruxes. O assunto pesava muito em sua mente porque havia uma Horcrux que ele sabia que não poderia destruir. Destruí-lo seria matar um inocente, e Harry merecia uma chance de uma vida plena. Mas ele tinha uma teoria sobre a Horcrux de Harry. Uma teoria que envolvia o poder profetizado para destruir Lord Voldemort. Amor.

Ele ainda tinha esperança de que Harry e sua noiva, Susan Bones, pudessem encontrar o amor verdadeiro, e isso mataria a Horcrux. Essa esperança se manteve viva quando Harry admitiu sentir sensações estranhas em sua cicatriz, que normalmente não lhe causavam nada além de dor. Dumbledore esperava que à medida que os sentimentos de Harry por Susan ficassem mais fortes, a Horcrux ficasse mais fraca. O mais importante era manter em segredo o fato de que Harry era uma Horcrux. Se Voldemort descobrisse a verdade...

Felizmente, Dumbledore foi sacudido desses pensamentos perturbadores por uma batida em sua porta. Verificando a hora, Dumbledore percebeu que devia ser o Professor Snape. O novo professor de Defesa solicitou uma reunião com o diretor. Ele parecia bastante insistente sobre isso.

"Digitar." Dumbledore disse e Snape entrou. Mas em vez de se sentar, o professor de Defesa foi até o armário onde Dumbledore guardava sua penseira.

"Posso perguntar o que você deixou tão irritado esta noite?" Dumbledore perguntou enquanto observava Snape recuperar a penseira e levá-la para a mesa do diretor.

"Será muito mais fácil se eu apenas mostrar a você." Snape disse enquanto tirava memórias prateadas de sua têmpora e as colocava na pensativa. Quando ele terminou, fez sinal para Dumbledore entrar e seguiu o diretor, colocando seu rosto na bacia de pedra.

As memórias giraram e se formaram ao redor deles até que os dois homens estavam parados em um lado da sala de Defesa contra as Artes das Trevas.

"O que é que eu deveria procurar?" Dumbledore perguntou, parecendo irritado. Snape apenas balançou a cabeça.

"Apenas observe." Snape disse.

Os dois homens ficaram ao lado da sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas enquanto os alunos do sexto ano da Grifinória e da Sonserina se alinhavam frente a frente em preparação para praticar feitiços de escudo avançados. Enquanto os alunos seguravam suas varinhas em punho, a memória de Snape andava ao redor deles explicando o que deveriam fazer, certificando-se de que eles entendessem o quão descontente ele ficaria se eles se desviassem da lição.

Memória Snape pressionou os alunos e continuou seu ritmo lento e metódico. O verdadeiro Snape levou Dumbledore até onde Draco Malfoy estava, enfrentando Lilá Brown, que parecia bastante chateada por ter que fazer dupla com ele.

Dumbledore olhou para a fila e viu Harry Potter emparelhado com Daphne Greengrass. A jovem loira estava sorrindo para Harry, mas Dumbledore notou que não era um sorriso malicioso. Na verdade, quase parecia amigável. Então o sorriso se tornou algo malicioso quando a garota da Sonserina disparou a primeira de uma saraivada de feitiços que Harry conseguiu evitar com seu feitiço de escudo. O escudo avançado ficou mais forte a cada lançamento, e Dumbledore sorriu para Memory Harry.