Solto

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Desculpem a demora, eu esqueci real que tava publicando isso aqui😭

Enfim, espero que goste!


Enfim, espero que goste!

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É que eu minto muito,

meto muito, cedo muito,

penso muito.






   Quintas-feiras sempre foram bons dias para Akane. As aulas eram de suas matérias favoritas — biologia, geometria, história, inglês e geografia —, Nene trazia bolinhos de morango para dividir, era o único dia em que não tinham simulado (isso quer dizer que saiam mais cedo) e o trabalho no grêmio era mais leve. Além disso, significava que a sexta — não era seu dia favorito por possuir aula de música e por ser o dia em que tinha de ajudar Mirai e Kako obrigatoriamente — estava próxima, o que significava que o final de semana estava próximo, o que significava que poderia passar mais tempo com Ao-Chan. Simples assim.

   Mas aquela quinta, em específico, prometia que seria um grande inferno.

   No dia anterior, quando faltou aula, Aoi bateu em sua porta para que fossem juntos — usou a técnica da cortina para saber que ainda se encontrava em casa — até a escola. Akane, obviamente, ignorou e fingiu que não tinha ninguém em casa. Estava tentando evitá-la para não se sentir pior, mas acabou que ficou com peso na consciência por achar que a atrasou de forma indireta — o que não era verdade, já que ela passou apenas cinco minutos ali.

   O ponto é que ainda estava evitando cruzar com a garota, nem que fosse somente uma troca de olhares. Não abriu as cortinas e não respondeu e nem visualizou as duas mensagens que ela mandou de noite — até porquê, estava ocupado com outras "coisas". Só que não conseguiria realizar o mesmo na escola, afinal, estudavam na mesma sala.

   Ainda não tinha se decidido sobre o que falaria para ela, logo, a decisão menos pior seria não dizer nada e ir empurrando o problema até que ele se resolvesse sozinho. Em algum momento ela se cansaria dele, certo? Isso se já não estivesse cansada, pois até Akane tinha cansado de si mesmo.

   Estava cansado de pensar tanto o tempo inteiro.

   Não queria ter de escolher entre Aoi e a si mesmo porque, dessa vez, tinha prometido que iria pensar em uma resposta diferente — uma que não envolvesse o ciclo vicioso de "Ao-Chan, eu te amo!" "Um ponto♡" *muitas lágrimas e muito sorvete* "Vixi rapaz, eu acho que ela é a mulher dos meus sonhos", de preferência.

   Porém fazer isso seria ignorar uma vida inteira dedicada a uma só pessoa! Uma pessoa que, apesar de tudo, ele ainda amava e sentia que nunca pararia de amar.

   E, além do mais, qual era a garantia de que as coisas realmente melhorariam depois que ele — supostamente (palavra licenciada pela Ismeiow) — parasse de gostar dela? Qual seria sua razão de viver? Como levantaria da cama todos os dias sem ter uma razão?

DesobedienteOnde histórias criam vida. Descubra agora