8. Acabado

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-Lucas... desculpa mas nós temos de acabar.- chego na mesa dele depressa.

-O que raio é que estás a falar?

-Temos de acabar.

-Assim de repente? Isto só pode ter a haver com o Alvin. Já entendi. Então eu sou só mais um?

-Tu não és só mais um. Este mês foi incrível. Mas tu mereces alguém que te ame.

-O quê? Tu não me amas?

-Conheces bem o meu bloqueio emocional. Foste o único que soube que eu apaixonei-me pelo Alvin. Eu contei-te a verdade.

-Não. Tu não me contaste a verdade. Se tivesses contado a verdade não tinhamos sequer começado a namorar. Eu amo-te. Desde o sexto ano. E aqui estamos nós. No décimo primeiro ano. Tu nunca me deste bola. Só querias a minha amizade. Agora consegui ter alguma coisa contigo e tu dizes-me que estás apaixonada por outro.

-Eu não disse que estou apaixonada por outro.

-Não é preciso dizeres. Os teus olhos já dizem tudo. Não sei se sabes. Mas os olhos são a única coisa na mulher que não mente. Não sei como fui burro ao ponto de acreditar naquilo que essa boquinha linda dizia. Sempre soube que os "eu te amo" eram mentira. Agora tinha certeza. Devia ter reparado que não me olhas da mesma forma que ele. Acabou, tudo. Aqui. Até a nossa amizade.

-Mas... Lucas nós eramos melhores amigos. O que é que estás a dizer?

-Tu dizeste bem, eramos. O verbo está no passado.- ele começa a arrumar as suas coisas na mochila. E eu mal podia acreditar naquilo que fiz.

-Lucas, espera...- fui tarde de mais. Mas foi o correto. Eu acho.

Bem uma parte do plano está concluída. Agora já só falta acabar com a vida do Alvin. Sim que a culpa disto, é toda dele.

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