newark, 03 de dezembro de 2016.
querida karina,
chegamos ontem de viagem.
já passava das 9h da noite e estava muito frio. o assoalho do carro rangia e uma densa neblina tampava quase toda a nossa visão. na estrada, linhas e linhas de carros expelindo fumaça preta reduzidos a superficialidade e mediocridade. nas ruas, poucas pessoas escondiam-se entre agasalhos grosseiros e tentavam espantar o frio entre conversas e abraços. pensamentos desconexos, gestos inconstantes. eu nunca tinha visto um lugar tão cheio. ainda assim, era uma noite vazia. muito, muito vazia. tão vazia que poderia acabar com toda a fumaça e espantar todo esse frio. e até arrancar algumas lágrimas minhas como se eu fosse uma criança. mesmo que a estrada esteja lotada de automóveis. mesmo que esteja fazendo menos de 15 graus. e mesmo que eu odeie mais que tudo chorar por coisas idiotas.
eu sinto sua falta. talvez a veja por ai, em sonhos desconexos, entre momentos desertos e madrugadas frenéticas. ah, sim! eu bem ouvi dizer que tem um tesouro escondido no final da rua 35...
mas como estão as coisas aí em... onde mesmo? são francisco?
com amor,
winter.
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balanchine ☆ aespa
Puisivocê já se sentiu inteiramente feliz ao menos uma vez na vida? karina yu × kim minjeong | aespa 2024