3- Infantilisme?

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𝐍𝐚𝐫𝐫𝐚𝐜𝐚𝐨 𝐓𝐨𝐧𝐢

Vi no olhar de minha prima que ela tinha algo para me dizer e como eu não sou nem um pouco curiosa rapidamente a puxei para um canto da sala.

–Ok me fale, o que você sabe.

Ela suspirou e eu juro que vi seus olhos brilhando.

–Toni, eu acho que ela tem infantilismo.

Parei de raciocinar quando ouvi as palavras que saiam de sua boca e mesmo sem entender nada eu estava..curiosa.

–Infanti o que? Como assim, o que é isso?

–Bom, é quando alguém sofre um trauma muito grande ou nasce com um mecanismo no cérebro, como se fosse uma defesa. –Olhei para ela atentamente - Assim a pessoa acaba regredindo mentalmente como um bebê.

Bom, isso não me parece algo ruim, é até interessante mas de forma alguma isso seria considerado um problema. Então por que ela me escondeu isso? Ela teria medo de mim? Ou de eu não a aceitar na empresa por causa disso?Eu certamente não iria julgar ninguém por ser diferente, não é meu jeito.

Minha mãe sempre me ensinou a ter respeito pelas pessoas e as acolher sempre, sem julgar independente de suas diferenças ou condições. Então pra mim isso está ok. Eu não seria capaz de maltratar ela por isso, ainda mais que ela fica tão....fofa.

Hm..Cheryl foi má?

Voltei minha atenção para a garota ruiva na maca sorrindo em sua direção, já havia me esquecido que ela estava ali. Vendo seus olhos exalando inocência não pude deixar de me derreter mais e mais. Logo fui em sua direção lhe lançando um sorriso acolhedor.

–Não, você não foi má de maneira alguma. -mordi meu lábio inferior tentando estudar suas expressões e novamente ela estava encarando a parede - Cheryl? De onde vieram essas marcas, pode me dizer?

Ela negou freneticamente com a cabeça começando a se alterar e percebi os aparelhos ligados a ela indicarem seus batimentos acelerados.

Não, Cheryl nom pode. Ela vai fica braba e eu nom quero a mamãe braba. Mamãe braba vai bate e vai faze dodói.

Segurei suas mãos geladas tentando acalmar ela que se esquivou de meus toques. Optei por tentar conversar de forma mais calma mas não obtive sucesso, então eu teria que apelar para o que eu achava que a acalmaria.

𝓜𝔂 𝓵𝓸𝓿𝓮 𝔀𝓪𝓼 𝓪𝓼 𝓬𝓻𝓾𝓮𝓵 𝓪𝓼 𝓽𝓱𝓮 𝓬𝓲𝓽𝓲𝓮𝓼 𝓘 𝓵𝓲𝓿𝓮𝓭 𝓲𝓷
𝓔𝓿𝓮𝓻𝔂𝓸𝓷𝓮 𝓵𝓸𝓸𝓴𝓮𝓭 𝔀𝓸𝓻𝓼𝓮 𝓲𝓷 𝓽𝓱𝓮 𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽
𝓣𝓱𝓮𝓻𝓮 𝓪𝓻𝓮 𝓼𝓸 𝓶𝓪𝓷𝔂 𝓵𝓲𝓷𝓮𝓼 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓘'𝓿𝓮 𝓬𝓻𝓸𝓼𝓼𝓮𝓭 𝓾𝓷𝓯𝓸𝓻𝓰𝓲𝓿𝓮𝓷
𝓘'𝓵𝓵 𝓽𝓮𝓵𝓵 𝔂𝓸𝓾 𝓽𝓱𝓮 𝓽𝓻𝓾𝓽𝓱, 𝓫𝓾𝓽 𝓷𝓮𝓿𝓮𝓻 𝓰𝓸𝓸𝓭𝓫𝔂𝓮

𝓘 𝓭𝓸𝓷'𝓽 𝔀𝓪𝓷𝓷𝓪 𝓵𝓸𝓸𝓴 𝓪𝓽 𝓪𝓷𝔂𝓽𝓱𝓲𝓷𝓰 𝓮𝓵𝓼𝓮 𝓷𝓸𝔀 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓘 𝓼𝓪𝔀 𝔂𝓸𝓾
𝓘 𝓭𝓸𝓷'𝓽 𝔀𝓪𝓷𝓷𝓪 𝓽𝓱𝓲𝓷𝓴 𝓸𝓯 𝓪𝓷𝔂𝓽𝓱𝓲𝓷𝓰 𝓮𝓵𝓼𝓮 𝓷𝓸𝔀 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓘 𝓽𝓱𝓸𝓾𝓰𝓱𝓽 𝓸𝓯 𝔂𝓸𝓾
𝓘'𝓿𝓮 𝓫𝓮𝓮𝓷 𝓼𝓵𝓮𝓮𝓹𝓲𝓷𝓰 𝓼𝓸 𝓵𝓸𝓷𝓰 𝓲𝓷 𝓪 𝓽𝔀𝓮𝓷𝓽𝔂 𝔂𝓮𝓪𝓻 𝓭𝓪𝓻𝓴 𝓷𝓲𝓰𝓱𝓽
𝓐𝓷𝓭 𝓷𝓸𝔀, 𝓘 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽
𝓘 𝓸𝓷𝓵𝔂 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽

𝓛𝓾𝓬𝓴 𝓸𝓯 𝓽𝓱𝓮 𝓭𝓻𝓪𝔀 𝓸𝓷𝓵𝔂 𝓭𝓻𝓪𝔀𝓼 𝓽𝓱𝓮 𝓾𝓷𝓵𝓾𝓬𝓴𝔂
𝓐𝓷𝓭 𝓼𝓸 𝓘 𝓫𝓮𝓬𝓪𝓶𝓮 𝓽𝓱𝓮 𝓫𝓾𝓽𝓽 𝓸𝓯 𝓽𝓱𝓮 𝓳𝓸𝓴𝓮
𝓘 𝔀𝓸𝓾𝓷𝓭𝓮𝓭 𝓽𝓱𝓮 𝓰𝓸𝓸𝓭 𝓪𝓷𝓭 𝓘 𝓽𝓻𝓾𝓼𝓽𝓮𝓭 𝓽𝓱𝓮 𝔀𝓲𝓬𝓴𝓮𝓭
𝓒𝓵𝓮𝓪𝓻𝓲𝓷𝓰 𝓽𝓱𝓮 𝓪𝓲𝓻, 𝓘 𝓫𝓻𝓮𝓪𝓽𝓱𝓮𝓭 𝓲𝓷 𝓽𝓱𝓮 𝓼𝓶𝓸𝓴𝓮

𝓜𝓪𝔂𝓫𝓮 𝔂𝓸𝓾 𝓻𝓪𝓷 𝔀𝓲𝓽𝓱 𝓽𝓱𝓮 𝔀𝓸𝓵𝓿𝓮𝓼 𝓪𝓷𝓭 𝓻𝓮𝓯𝓾𝓼𝓮𝓭 𝓽𝓸 𝓼𝓮𝓽𝓽𝓵𝓮 𝓭𝓸𝔀𝓷
𝓜𝓪𝔂𝓫𝓮 𝓘'𝓿𝓮 𝓼𝓽𝓸𝓻𝓶𝓮𝓭 𝓸𝓾𝓽 𝓸𝓯 𝓮𝓿𝓮𝓻𝔂 𝓼𝓲𝓷𝓰𝓵𝓮 𝓻𝓸𝓸𝓶 𝓲𝓷 𝓽𝓱𝓲𝓼 𝓽𝓸𝔀𝓷
𝓣𝓱𝓻𝓮𝔀 𝓸𝓾𝓽 𝓸𝓾𝓻 𝓬𝓵𝓸𝓪𝓴𝓼 𝓪𝓷𝓭 𝓸𝓾𝓻 𝓭𝓪𝓰𝓰𝓮𝓻𝓼 𝓫𝓮𝓬𝓪𝓾𝓼𝓮 𝓲𝓽'𝓼 𝓶𝓸𝓻𝓷𝓲𝓷𝓰 𝓷𝓸𝔀
𝓘𝓽'𝓼 𝓫𝓻𝓲𝓰𝓱𝓽𝓮𝓻 𝓷𝓸𝔀, 𝓷𝓸𝔀

𝓘 𝓭𝓸𝓷'𝓽 𝔀𝓪𝓷𝓷𝓪 𝓵𝓸𝓸𝓴 𝓪𝓽 𝓪𝓷𝔂𝓽𝓱𝓲𝓷𝓰 𝓮𝓵𝓼𝓮 𝓷𝓸𝔀 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓘 𝓼𝓪𝔀 𝔂𝓸𝓾
(𝓘 𝓬𝓪𝓷 𝓷𝓮𝓿𝓮𝓻 𝓵𝓸𝓸𝓴 𝓪𝔀𝓪𝔂)
𝓘 𝓭𝓸𝓷'𝓽 𝔀𝓪𝓷𝓷𝓪 𝓽𝓱𝓲𝓷𝓴 𝓸𝓯 𝓪𝓷𝔂𝓽𝓱𝓲𝓷𝓰 𝓮𝓵𝓼𝓮 𝓷𝓸𝔀 𝓽𝓱𝓪𝓽 𝓘 𝓽𝓱𝓸𝓾𝓰𝓱𝓽 𝓸𝓯 𝔂𝓸𝓾
(𝓣𝓱𝓲𝓷𝓰𝓼 𝔀𝓲𝓵𝓵 𝓷𝓮𝓿𝓮𝓻 𝓫𝓮 𝓽𝓱𝓮 𝓼𝓪𝓶𝓮)
𝓘'𝓿𝓮 𝓫𝓮𝓮𝓷 𝓼𝓵𝓮𝓮𝓹𝓲𝓷𝓰 𝓼𝓸 𝓵𝓸𝓷𝓰 𝓲𝓷 𝓪 𝓽𝔀𝓮𝓷𝓽𝔂 𝔂𝓮𝓪𝓻 𝓭𝓪𝓻𝓴 𝓷𝓲𝓰𝓱𝓽
(𝓝𝓸𝔀, 𝓘'𝓶 𝔀𝓲𝓭𝓮 𝓪𝔀𝓪𝓴𝓮)
𝓐𝓷𝓭 𝓷𝓸𝔀, 𝓘 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽 (𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽), 𝓘 𝓸𝓷𝓵𝔂 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽 (𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽)

𝓘 𝓸𝓷𝓵𝔂 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽
𝓘 𝓸𝓷𝓵𝔂 𝓼𝓮𝓮 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽, 𝓭𝓪𝔂𝓵𝓲𝓰𝓱𝓽.

Olhei para a garota que tinha os olhos fixos nos meus, logo abriu um lindo sorriso que me fez derreter igual manteiga.

–Voz bonita, Cheryl gosta.

–Que bom que gosta pequenina, está mais calma?  - ela assente. Percebi que toda vez que o assunto era sua família ou seus machucados ela ficava meio estérica, tinha crises de pânico. Isso me preocupou seriamente - tudo bem, vamos tentar de novo?

Cheryl não quer fala, quelo ir pra casa poxu?

Ela mexeu as mãozinhas de maneira inquieta então apenas me aproximei sentando ao seu lado na maca a abraçando, ela imediatamente se jogou em meu colo se aninhando ali mesmo sem receio. Sua respiração já estava calma então decidi que não iria tocar nesse assunto por agora.

–Já iremos embora ok? Mas eu não irei deixar você ir para sua casa.

Seus olhinhos voltaram a me encarar.

Puque? Cheryl não podi volta pra casinha dela?

–Você poderá voltar pequena, mas por enquanto preciso cuidar de você ok? Você confia em mim?

Seu olhar veio de encontro ao meu e se desviou para a parede, percebi suas bochechas ficarem um pouco coradas e ela assentiu.

Cheryl confia....hm, canta?

Ri tendo a certeza de que ela adorará me ouvir cantar. E me diz, como negar um pedido tão doce quanto esse?

–Claro pequena, tudo por você.

𝘊𝘰𝘯𝘵𝘪𝘯𝘶𝘢....

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𝘝𝘰𝘭𝘵𝘦𝘪 𝘦 𝘫𝘢 𝘫𝘢 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘰.

𝘖 𝘢𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢𝘳𝘪𝘰 é 𝘮𝘦𝘶 𝘮𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘤𝘦𝘴 𝘨𝘢𝘯𝘩𝘢𝘳𝘢𝘰 𝘦𝘱𝘪𝘴𝘰𝘥𝘪𝘰 𝘦𝘮 𝘥𝘰𝘣𝘳𝘰.

𝐵𝑖𝑠𝑜𝑢𝑠, 𝑀𝑎𝑟𝑗𝑜𝑟𝑖𝑒

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