✴︎ ▎Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ

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‧ Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ ⋅

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‧ Cᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴜᴍ ⋅

๋࣭ ๋࣭⭑Grécia, séc V a

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๋࣭ ๋࣭⭑Grécia, séc V a.c.

𝕯𝖊𝖘𝖊𝖏𝖔.

     Não era uma palavra comum para aqueles que conhecessem os sete irmãos. Perpétuos, seres mais poderosos que qualquer deus, mas não melhores que os humanos. Depois de tanto tempo no mesmo universo, era difícil dizer se eles se pareciam com os humanos ou se os humanos se pareciam com eles. De qualquer forma, por terem sentimentos o destino no universo esteve à beira de um colapso, mas falaremos disso depois.

    Como eu estava dizendo, Desejo era um dos mais perigosos dos irmãos. Não se deixe enganar pelo seu cheiro de pêssegos recém colhidos. A mente dele estava sempre a um passo à frente dos irmãos, era traiçoeiro igual o coração de um mortal. Por isso, em uma noite fria ele desceu até a Terra, e no meio de um morro esverdeado ele deixou que o símbolo de seu irmão, Destino, caísse sobre a grama alta.

      Desejo sorriu com satisfação ao notar o manto monástico do irmão e um novo plano foi traçado naquela noite estrelada. O livro nas mãos de Destino se fechou assim que o acordo foi selado e uma nova alma, quase perfeita, foi criada. Desejo tinha planos para seu irmão Morpheus.

       Décadas se passaram até que alma límpida como um riacho encontrasse um corpo. Assim que completou seus vinte e cinco anos, Destino voltou a aquela terra árida. A alma agora se chamava Psiquê e era uma das mais belas filhas de um rei, homens e mulheres iam todos os dias até sua casa despejando orações e tributos, mas nenhum cidadão se atrevia a aproximar-se da bela moça. Diziam que ela era quase tão bela quanto Afrodite e isso afligia os homens que temiam ser amaldiçoados pela deusa.

      Destino abriu o livro novamente notando as inscrições feitas a apenas algumas décadas atrás. Aquele seria o dia e assim como surgira, ele desapareceu pelas sombras como um mero vulto.

     Em seu domínio, Morphus ergueu-se do trono, notando que havia algo de errado. A atenção dos mortais parecia destinada a outra coisa, mal se ouvia mais adorações que, noite após noite, os cidadãos clamavam como se fosse sua única saída. O senhor do sonhar se remexeu atordoado e, em um simples piscar de olhos, desceu até a terra dos mortais. O corvo, de peito branco, empoleirado na na janela bateu as asas erguendo voo até as terras quentes junto ao rei.

Ego 𖥳 𝕾𝖆𝖓𝖉𝖒𝖆𝖓 Onde histórias criam vida. Descubra agora