"36 mensagens não lidas"
— O que você faria se soubessem disso? — Murmurou Sainz, se deitando lentamente na areia gelada da praia.
— Me mataria.
Eu nunca cogitei a hipótese de estar namorando e sair com meu ex nada, afinal, eu e Sainz nunca tivemos algo estabelecido, éramos muito reservados, ninguém se quer imagina isso.
— Max surtaria se soubesse.
— Por isso ele não vai saber. — Digo, franzindo o cenho. — Espero que ninguém saiba, Sainz.
— Gosto quando você me chama pelo sobrenome. — Regozijou-se.
Qual era a porra do meu problema? Por que eu estava aqui, deitada em uma praia, bêbada, de madrugada ao lado do homem que me fez visitar psicólogos todo o mês?
" Três ligações perdidas. "
— Sabe, quando eu perdi você, meu mundo acabou. — Resmungou baixo. — Quando você se foi, uma parte minha foi junto com você.
Duas coisas se passavam nesse exato momento em minha cabeça, a primeira era que eu tenho a plena certeza que estou me segurando para não beijar ele, e a outra é que estou me segurando para não mandar ele tomar no meio do cu.
Homens tem dessa, eles fodem completamente sua vida e repentinamente voltam dizendo que você era o amor da vida deles e que não se perdoam por ter te perdido.
Eu definitivamente não me orgulho do que estou fazendo, não me orgulho mesmo, mas meu subconsciente quer estar aqui, com Sainz, e não com Max.
— Porra, eu só queria te beijar.
— Nada te impede. — Murmurou, com a voz rouca. — Podemos relembrar o que fazíamos antes, borboleta.
Porra, porra, porra, eu não posso, mas porra, Sainz é um dos únicos homens que eu sinto vontade, mas eu não queria sentir essa vontade.
Ele se aproximou, colocando sua mão em minha cintura me puxando até ele, sua mão estava passando por toda a extensão de meu corpo, até permanecer uma de suas mãos em meu pescoço, me enforcando de uma maneira prazerosa.
— E..eu não posso.
Seus lábios finalmente entram em contato com os meus, eu podia sentir novamente os lábios dele colados nos meus, uma de suas mãos que anteriormente estavam em meu pescoço desce lentamente, me deixando arrepiada a cada toque, uma das varias coisas que Carlos Sainz sabia fazer era provocar, pode ter certeza disso.
" Onde você ta porra? "
Ele é o único, o único homem que eu aceito que mande em mim, ele sabe mandar, sempre soube, Carlos sabia como me fazer enlouquecer com apenas um olhar.
Suas mãos ja tinham encostado em todo meu corpo, o beijo ficava cada vez mais lento, e eu sentia como se naquele exato momento o mundo estivesse parado para que eu e Sainz pudéssemos se pegar sem medo de seja lá o que fosse.
As coisas não iriam tomar esse rumo, mas tomaram, graças a mim, que aparentemente não consigo me controlar com as tentações de Carlos, ele consegue me fazer sentir coisas sem ao menos encostar em mim.
Eu não consigo entender, a duas semanas atrás eu via Max como o amor da minha vida, e talvez ele realmente fosse, eu posso ser apenas uma burra por estar traindo o homem dos meus sonhos.
— Vamos. — Exclamou Sainz. — Vamos para o meu carro.
Eu não posso.
Mas eu quero tanto.
— Sainz, não. — Digo. — Eu nem deveria estar aqui, porra Carlos, você tem noção que tudo isso pode ter fudido com todo o meu relacionamento.
— Espero que sim. — Argumentou ele, em tom de deboche.
— Preciso ir pra casa, me leve pra casa Carlos.
" Porra, amor cadê você. Eu estou preocupado. "
Mais de 100 notificações, Max estava surtando, e eu o entendia completamente.
— Me deixa aqui. — Exclamei. — Se ele sonhar que estou com você, é capaz de vocês acabarem se matando.
— Nem um beijo de despedida?
Vai se ferrar, Carlos Sainz.
Saio do carro, batendo a porta com força, o ar gelado entrava em contato com minha pele, meu rosto já não era mais o mesmo, eu estava com a cara toda borrada de maquiagem, provavelmente estou parecendo uma assombração de filme de terror.
A casa de porta vermelha, toco a campainha da casa de Max, e rapidamente percebo a porta se abrindo, revelando ele com pijama e olheiras mais fundas que qualquer bueiro dessa cidade.
— Onde você estava?
— Eu sai com Charles.
Subo as escadas, deixando minhas roupas por lá mesmo, eu não queria dormir ao lado de Max após ter beijado outro homem, mas eu praticamente não tinha escolha.
Me visto apenas com uma blusa larga e um short de pijama, e me deito na cama macia com lençóis brancos e confortáveis.
— Eu realmente espero ter explicações sobre isso amanhã. — Exigiu Max, se deitando ao meu lado na cama.
Explicar o que? que eu estava traindo ele com seu possível inimigo mortal em tudo? seja em vida ou em corridas, eles se odiavam, e se eu contasse, Max não odiaria apenas a Carlos, mas também a mim, e pode até soar egoísmo da minha parte, mas eu realmente não quero perder Max por conta de Carlos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
﹅ MAL ME QUER, carlos sainz. ( )
FanficA vida de Sabina Diaz era invejada por muitos, milhões de seguidores em suas redes sociais, uma fortuna enorme acumulada, filha de um dos maiores pilotos de formula 1 e o namorado perfeito. Nasceu e cresceu em berço de ouro, tendo tudo e todos ao se...