Capítulo 7

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Nem mesmo o fato de ter acordado com uma terrível dor de cabeça a fez ficar na cama. Acordou sentindo-se insuportavelmente ansiosa, sem entender por que tanta pressa para começar o dia. Culpar a noite passada em claro, perdida em rabiscos mentais para um novo plano, foi sua primeira reação. A frustração a atingiu quando percebeu que nada do que pensara durante a insônia parecia ter valido a pena.

Decidiu que um banho frio seria a melhor opção para ajudá-la a lidar com seu estado deplorável de sono e sua mente bagunçada.


– Urgh – Murmurou entre dentes ao sentir a água fria batendo contra suas costas ainda quentes. – Péssima ideia – Resmungou, mudando a temperatura do chuveiro. Suspirou satisfeita ao sentir a água agora morna abraçar seu corpo, relaxando os músculos antes tensos. Apanhou o shampoo, despejando o conteúdo em sua mão, levando-o em seguida para seus cabelos.


Enquanto esfregava os cabelos, seus pensamentos vaguearam novamente para a loira que tem atormentado sua vida nos últimos dias. Com seu plano inicial descartado devido à gravidez, Regina se viu completamente frustrada e aborrecida consigo mesma. As coisas agora se tornariam mais difíceis e demorariam muito mais do que ela havia planejado. Não tinha conseguido pensar em nenhum outro plano que não envolvesse violência. Apesar das circunstâncias, seu objetivo ainda era o mesmo: manter Emma Swan longe e, consequentemente, de sua maldição. Mas como iria garantir isso? Como poderia garantir que Emma nunca descobrisse a verdade sobre seu passado?

O que poderia fazer para garantir que Emma nunca descobrisse a verdade sobre seu passado? Pensou no que a manteria ocupada a maior parte do tempo, em algo que a faria prender-se em um só lugar, sem tempo para pensar em mudanças ou fazer pesquisas sobre seu passado duvidoso.

Arregalou os olhos quando uma ideia a atingiu.


– É óbvio! – Sussurrou. – Um filho, Regina! – Bufou com sua própria lentidão.


A criança certamente precisaria de todo o seu tempo e atenção. Então, ela não teria tempo nem mesmo para pensar em outra coisa, nem disposição nem tempo para enfrentar mudanças ou curiosidades sobre seu passado.

Com um sorriso satisfeito no rosto, desligou o chuveiro. Era perfeito, o plano era perfeito porque já estava praticamente completo. Só tinha que se certificar de que Emma ficasse com o bebê, pois não seria surpresa alguma se ela quisesse optar por dá-lo para adoção.

Com a ideia borbulhando em sua mente, deixou o banheiro e caminhou em direção à mala com sua roupa. Ao terminar de se arrumar, apanhou sua bolsa antes de sair do quarto, dirigindo-se ao elevador do hotel enquanto conferia as horas no relógio em seu pulso.

Quando finalmente chegou ao salão do hotel, apressou-se em direção à recepção. Mas antes que chegasse ao recepcionista que ali estava, pensou por um momento em uma nova abordagem. Estava acostumada com sua maneira de comunicar-se com as pessoas, que se resumia em dar ordens e não em ser simpática. Porém, pelo pouco tempo que passou na cidade, percebeu que sua personalidade marcante não agradava as pessoas por ali. Normalmente, não ligaria para isso, mas no momento isso estava dificultando as coisas para si mesma. Ao que parecia, era quase uma ofensa começar uma conversa com um cumprimento informal por ali.

Regina respirou fundo, decidindo fazer um esforço para se adaptar ao ambiente desconhecido de Boston. Ela sabia que sua abordagem habitual não seria bem recebida ali. Com um sorriso cuidadosamente ensaiado nos lábios, aproximou-se do balcão da recepção.


— Bom dia! — Cumprimentou, tentando soar o mais calorosa possível. — Gostaria de saber se poderia me ajudar com algo.

MASTERMIND (SWANQUEEN)Onde histórias criam vida. Descubra agora