XII | Um Banho e um Presente Ruim

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Uma semana se passou desde que eu voltei e então chegou meu fatídico dia, meu aniversário. Meu primeiro aniversário sem meu pai, meu primeiro aniversário no acampamento com as novas pessoas que eu já considero minha secunda família, aliás sair para uma missão e não considerar alguém depois de passar tudo que eu passei.

O dia não estava muito propício para nada, a chuva fraca deixava o dia nublado, mas isso não me impedia de fazer o mesmo ritual de aniversário, tomar um banho de mar ou lago como é na minha atual situação. É como uma passagem de jornada, deixo os problemas para trás e foco nas responsabilidades que chegam conforme vou ficando mais velho.

– O que é isso Sr. Rivers? – Clarisse chega ao rio me perguntando

– Resolvi tomar um banho no lago – Aponto para a água

– Estou falando disso – La Rue aponta – o que tá fazendo sem camisa? – Ela voltou a questionar e enquanto ainda aponta para mim. Sinto o ciúmes na sua fala, não me canso de falar isso, mas Clarisse me surpreende a cada dia que passa

– Só tem eu, e pensei em limpar o machucado que eu fiz treinando

– Esse? – Clarisse chegou mais perto e põe sua mão sobre meu machucado me fazendo dar um pequeno grunhido de dor, mas em seguida a mesma dá um beijo em minha nuca o que me faz arrepiar

Clarisse não tinha esse hábito, na verdade, eu nunca vi ela beijar alguém, nem ao menos na bochecha. Clarisse era exatamente a cópia de seu pai, Revoltada, o amor pela briga e o estresse a consumia, então beijar alguém, não importa o lugar era algo completamente inesperado. Ainda havia o fato da mesma estar distante desde que eu voltei, muito escondida e sempre ocupada. Não que ela não seja sempre assim, ela é. Mas pensei que depois do que passamos ficaríamos mais juntos . Estava errado, então pouco nos vímos desde de minha volta.

– Um beijo pra melhorar? Legal

– É bom não se acostumar – Me viro e vejo a mesma sorrir

– Tem algo para fazer? – Pergunto a olhando

– Na verdade tenho, mas vai ser algo rápido, prometo

– Você tá triste, o que aconteceu?

– Nada Julian, e para de tentar usar seus poderes pra ver como eu estou

– Eu não usei nada, eu só percebi – Coloco uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha

– Não foi nada – Ela deitou sua cabeça em meu peito

– Vou confiar – Sorri para garota que me abraçou e sorriu também

– Ok – Ela riu baixo – Eu te amo – La rue põe sua mão em minha bochecha e sorri

Eu apenas a olho, afeto não era o forte da Clarisse, um beijo e um "eu te amo" então, acho que esse foi o máximo que ela disse. E até eu, que por mais que sou filho de Afrodite, não estava acostumado com afeto, não é algo que eu presenciei vindo de alguém além do meu pai. Então eu não sabia o que fazer.

Uma vez eu ouvi de um sábio dizer, "O amor ainda é a droga mais perigosa. O amor ainda é a droga mais saborosa", então querendo ou não até a mais forte filha do Deus movido pela raiva e guerra sente amor.

– Valeu, Guerrier – Sorri e enfim deixei um pequeno beijo em sua testa

*

Assim que voltei do meu banho de lago, decidi por ficar um bom tempo na sacada que havia no meu chalé, lendo e vendo a chuva que mais cedo estava bem fraca agora está forte e eu só conseguia pensar em quem ou com o que Zeus estaria bravo para fazer chover.

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⏰ Última atualização: Mar 31 ⏰

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