Prólogo

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— Aurora — como sempre minha mãe entrando no meu quarto de maneira doce e delicada — Levanta, seu pai quer falar com você!

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— Aurora — como sempre minha mãe entrando no meu quarto de maneira doce e delicada — Levanta, seu pai quer falar com você!

— Pode ser depois? Estou estudando — falei sem me dar o trabalho de olhar minha mãe nos olhos, a matéria chata e extremamente sem graça era muito mais importante do que qualquer coisa que venha dela.

— O que prefere? Que seu pai venha buscar você a força? — Argh como eu odiava quando ela usava chantagem emocional.

Larguei a caneta com raiva encima dos livros, arrastei a cadeira foi força para trás e sai do meu quarto com todo ódio possuindo meu corpo. Que inferno de vida, eu nunca terei paz enquanto viver embaixo do mesmo teto dessa gente.

Caminhei em passos largos com minha mãe tagarelando coisas que eu não fazia questão de escutar. Era difícil ela ficar quieta por cinco minutos? Não, com certeza não, por que ela continuava falando e falando e falando e falando...

Abri a porta do escritório do meu pai com força, e vejo que ele conversava com mais dois homens que eu não fazia questão de saber quem era, e muito menos agora que os dois me olhavam de cima a baixo.

Era só o que me faltava!

— Vossa majestade — fiz a reverência e eu sabia que ele ia ficar puto comigo por usar a minha arma mais poderosa e ainda por cima na frente de seus capangas, o meu deboche.

— Rapazes, continuaremos essa conversa em uma outra hora — meu pai disse e eu revirei os olhos.

— Essa é sua filha, Eduardo? — um deles perguntou e eu passei a mãos em meus cabelos impaciente.

— Não, eu sou a mãe dele. Não percebeu nossa diferença de idade? — perguntei e o outro homem segurou para não rir.

— Ah entendi, pelo visto tem a boquinha suja!

— Sabe o que vai ficar suja? A minha mão com o seu sangue escorrendo nela de tanto que eu vou te socar, mais alguma pergunta? — falei na maior naturalidade vendo os dois arregalarem os olhos na maior supressa.

— Christopher, já falei, conversamos uma outra hora, agora tenho assuntos pendentes com a minha filha super educada — vejo meu pai me lançar um olhar de repreensão e eu apenas finjo bocejar de tédio — Diogo, me traga os documentos do banco para que possamos prosseguir negócio, agora se me derem licença.

Meu pai conduziu os dois até a porta e que o voltou, ocupou o seu lugar no trono sagrado me encarando. Eu já imaginava que não ia vir coisa boa por aí.

— Aurora, você poderia agir como uma mulher da sua idade e parar com essas infantilidades sua?

— Vai direto ao assunto, pai. O que você quer? — cocei meus olhos impaciente.

— Preciso que tome a frente no cassino que irei abrir.

— Ah, não! Sem essa! Por que eu? — falei sem paciência— Poxa, pai, estou na minha semana de provas, por que não coloca a Naiara para cuidar dos seus negócios?

— Sua irmã ainda não tem maturidade para lidar com um negócio dessa dimensão, Aurora! Naiara é ambiciosa, atrapalhada e só sabe correr trás de homens, gastar com futilidades em shopping.

— Isso tudo é culpa sua, se não tivesse mimado como faz até hoje, ela teria criado algum tipo de responsabilidade, mas como sempre a merda toda precisa cair em cima do meu colo, não é pai?

— Escute aqui, Aurora — meu pai deu meia volta na mesa ficando de frente para mim — Quantas vezes vou ter que te dizer que eu que mando nessa merda toda, você é a mais inteligente daqui, só precisa mudar esse jeito grotesco. A partir de amanhã você vai tomar a frente daquele negócio para mim com toda maestria — sinto ele pegar meu braço com força — Não me faça tomar atitudes que eu não gostaria de tomar perante a você, garota!

— Eu não gosto de você! — soltei meu braço do seu aperto com rapidez.

— Acredite, o sentimento é recíproco! Você não tem para onde ir, não tem como se sustentar, sem uma decisão minha você não caminha nessa cidade, então seja boazinha e faça o que o seu papai manda!

— Por que você me obriga a fazer esse tipo de coisa? Por que não procura alguém que faça o que você quer? Você sabe muito bem que odeio essa vida, eu quero ir embora daqui, ficar longe de vocês, mas tudo o que você faz e me maltratar — falei batendo com força na mesa — Eu odeio, odeio tudo isso aqui!

— Amanhã você vai para lá com o pessoal, fique pronta a partir das sete da manhã e vou te avisar de uma coisa Aurora — ele disse com o seu olhar mais sombrio — Você sabe o que acontece quando você sai da linha comigo, não sabe?

E como não saber? Essa família que diz ser sangue do meu sangue só sabe me odiar com força e maltratar o meu psicológico como se fosse um lixo. Vindo de Eduardo Keller, só vinha violência e as marcas que carrego tanto na alma quanto no corpo comprovam o quanto eu odeio tudo isso aqui!

Virei as costas com ele dando gargalhadas altas atrás de mim, segurei o choro quando entrei no meu quarto batendo a porta com força, eu me recusava a derramar uma lágrima se quer por esse tipo de pessoa, eu só sei que preciso ir atrás da minha liberdade, já são anos aprisionada.

Quer saber? Foda-se! Eu quero que tudo isso se exploda, vou fazer aquilo lá bombar, enfiar tanto dinheiro no rabo do meu pai que ele vai ser obrigado a me deixar ir embora.

Ou não me chamo Aurora Keller!

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Espero que esse livro esteja no gosto de vcs!

Aurora será uma personagem fora da curva, então se preparem pra darem muitas risadas!

DONA DO JOGO • Perigosa e Linda Onde histórias criam vida. Descubra agora